sábado, 29 de junho de 2019

EXCELENTE ARTIGO DE OPINIÃO DO ENF. JOÃO PAULO CARVALHO

EXCELENTE ARTIGO DE OPINIÃO DO ENF. JOÃO PAULO CARVALHO
PRESIDENTE DA SECÇÃO REGIONAL DO NORTE DA 
ORDEM DOS ENFERMEIROS



Apesar de ser um artigo de opinião publicado no "Observador", portanto, público, partilho aqui no meu blog, com conhecimento e autorização do autor, Enf. João Paulo Carvalho, distinto Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.



Qualifico como um excelente artigo de opinião do Sr. Enf. João Paulo Carvalho, que retrata com autenticidade a realidade e o que vivemos de forma transversal, em Portugal, em particular na Saúde e especialmente na Classe de Enfermagem.

Um artigo a ser lido por todos, mas todos mesmo, sejam Enfermeiros ou não!

Parabéns Sr. Enfº. João Paulo Carvalho e um grande obrigado pela clarividência, oportunidade e reflexão que nos transmite.



LINK  DO ARTIGO:

quarta-feira, 26 de junho de 2019

INCONGRUÊNCIA DE AFIRMAÇÕES? DESCONHECIMENTO DA REALIDADE? OPORTUNISMO POLÍTICO E ECONÓMICO?

INCONGRUÊNCIA DE AFIRMAÇÕES? DESCONHECIMENTO DA REALIDADE?
OPORTUNISMO POLÍTICO E ECONÓMICO?

Tem sido notícia estes últimos dias, o encerramento de maternidades, a falta de médicos obstetras e a agudização e capacidade de resposta destes serviços, agora, para a época de Verão. Só época de Verão? O Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos preocupado com a situação, já se manifestou relativamente a esta carência, desmentiu a Srª. Ministra da Saúde e colocou logo em cima da mesa a questão económica e a necessidade de contratar médicos para o período de Verão, pelo valor que os privados oferecem.

Não tenho dúvidas que os serviços estão em rutura, mas há claramente incongruências nas afirmações de hoje do Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos, em contraste com as proferidas há cerca de 2 anos atrás.

Há 2 anos atrás (2017) o movimento de Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetricia (EESMO) despoletaram a reivindicação e luta dos Enfermeiros e alertaram para as carências que já se viviam, particularmente, nos Serviços de Obstetrícia e Blocos de Partos. Naquela altura, o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos, falando da sua “cátedra”, referiu várias alarvidades, entre as quais, que os médicos podiam colmatar claramente a falta de Enfermeiros Especialistas nos Blocos de Partos. Era tanta a “abundância” de médicos que estas “faltas” eram facilmente colmatadas.

Passados 2 anos, para onde foram tantos médicos obstetras? A fartura deu em “fome”? Haviam assim tantos médicos? Não me digam que a maioria se reformou ou saiu da função pública?
Não haveria na altura (há 2 anos) muita ignorância e desconhecimento da realidade por parte do SR. Bastonário da Ordem dos Médicos? Haverá agora um oportunismo político para esta confrontação com o Ministerio da Saúde? Verificamos uma incongruência grande, confrontado as declarações de antes e de agora, do Sr. Bastonário.

Verificamos, infelizmente, que os Enfermeiros, mais uma vez estavam certos, face às dificuldades e carências destes serviços, mas não foram ouvidos nem escutados nem valorizados. Mas a realidade é que há mesmo carências nos serviços, entre as quais, de recursos humanos (Enfermeiros e Médicos).

E perante esta realidade e actualidade qual a opinião dos EESMO?

Num país onde é urgente aumentar a natalidade e particularmente no interior, para a fixação de pessoas e desenvolvimento destas regiões, é precisamente aqui, que mais fácil e rapidamente se encerram maternidades e por isso se deixa de investir e de criar riqueza nesta zonas do país! Isto é modernizar Portugal? É dar oportunidade a todos?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.06.26 – 07h30

terça-feira, 25 de junho de 2019

O DESTEMIDO CAOS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE DESTE GOVERNO


O DESTEMIDO CAOS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE DESTE GOVERNO


Estamos todos os dias a ser surpreendidos com más notícias, relativas a carências, encerramento de serviços, maternidades e adiamento de cirurgias devido às medidas que o Ministério da Saúde e das Finanças deste Governo vem tomando.

O alarme é geral nos Hospitais e Centros de Saúde, com o encerramento e rotatividade de Serviços de Urgência de Obstetrícia/maternidades a Sul e presentemente no Norte. Com o aproximar das férias de verão, população flutuante, turistas e emigrantes, tudo se vai agravar, provavelmente!

A Srª. Ministra da Saúde diz que não há obstetras. O Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos desmente a Srª. Ministra. A Srª. Ministra nega que haja caos no SNS! A mentira e a desculpa estão sempre presentes.



Viu-se o “avança e retrocede” do Governo relativamente à isenção das taxas moderadoras nos Cuidados de Saúde Primários. Então anuncia-se esta medida sem se estudar o impacto orçamental de tal “façanha”? E a pergunta que se coloca, é simples: para o Estado deixar de arrecadar entre 100 e 150 milhões nestas taxas moderadoras, onde vai compensar/buscar esta receita? Afinal passou a ser gradual essa isenção! Óh Srª. Ministra da Saúde, decida-se, mas com base sustentada e sem ser medidas eleitoralistas, porque dessas já estamos fartos. E o Sr. Primeiro-Ministro diz que não há dinheiro para acabar com as taxas moderadoras? E para a banca há dinheiro?


Com a carência e encerramento de serviços, onde se nota mais esta carência? Onde passa a haver falta de resposta? No interior do País, claramente! Com estes encerramentos e obrigar grávidas a fazer 80 kms, adiamento de cirurgias e consultas, etc., é tratar todos os Portugueses e Cidadãos da mesma maneira? Há igualdade? Há equidade?


Perante este descalabro no Ministério da Saúde, por andam os partidos da oposição? Nada tem a dizer? Está tudo bem? Só vão falar nestas questões em campanha eleitoral, lá para depois do Verão? Penso que desconhecem a realidade e por isso é preferível estarem calados a dizerem inverdades e asneiras, como no fundo o têm feito no passado, relativamente aos Enfermeiros, aos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e à realidade que se vive no SNS!



Entretanto entrou em cena outro actor, não menos “interessante” de seu nome Mário Centeno, Ministro das Finanças. O Sr. Ministro da Finanças fez declarações sobre o SNS que são imprecisas e manipuladas. Assim, para demonstrar estas imprecisões, transcrevo as declarações da Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, para ter-mos uma real noção do que se passa, em parte:

“O ministro das finanças veio dizer que o SNS nunca teve tantos Enfermeiros. É mesmo de rir. Portugal tem uma taxa de absentismo nacional em Enfermagem que ronda os 12%. Para substituir as baixas prolongadas o Governo faz contratos de substituição com Enfermeiros que depois despede e vêm outros. A vaga é a mesma, é só uma pessoa mas que conta como 10 ou o número de vezes que preencher essa vaga. Tem razão para se rir sim. O País que em 2016 tinha 4.2 Enfermeiros/1000 habitantes no SNS e em 2017 passa para 4.1. Mais Enfermeiros? Sim, tem razão, é de rir. A média de Enfermeiros/1000 habitantes dos países da OCDE é de 9.3, mais gargalhadas. 18 mil Enfermeiros emigraram, outros tantos abandonam a profissão ou fogem para o privado. Não há novas contratações. Tem motivos para rir, já enganou o povo. Sem o número de Enfermeiros suficientes, a taxa de mortalidade aumenta, sim leu bem, morrem mais pessoas, mais um motivo para rir.”


Infelizmente, estamos a viver um momento muito negro da nossa democracia, onde para além das manipulações, inverdades, autoritarismo e prepotência, temos a corrupção que assola a nossa Sociedade. Leiam-se e ouçam-se as declarações do Sr. General Ramalho Eanes, ex-Presidente da República, sobre a Administração Pública, os partidos e a corrupção!


Depois, como se tudo isto não bastasse, temos situações como as relatadas pelo Tribunal de Contas, onde uma falha na lei (intencional ou não?) permite que 200 ex-políticos possam acumular as "belas" subvenções vitalícias e reformas que representam muitos milhares/milhões de euros!


Termino com uma frase lapidar de Eça de Queiroz:

“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”

Humberto Domingues
Enfº. Espec. Saúde Comunitária
2019.06.25 – 22h00

quarta-feira, 19 de junho de 2019

ENFERMEIROS PORTUGUESES NÃO PODEM ACREDITAR EM ANTÓNIO COSTA

ENFERMEIROS PORTUGUESES NÃO PODEM ACREDITAR NO 
DR. ANTÓNIO COSTA PRIMEIRO-MINISTRO DE PORTUGAL
E DA GERINGONÇA

Vivemos num período pré-férias mas de início de pré-campanha eleitoral, com vista às Eleições Legislativas de Outubro de 2019. As fake promessas já começaram!


O Dr. António Costa já veio prometer que a função pública vai ter aumentos se ele for eleito Primeiro-Ministro e o PS ganhar as eleições de Outubro.

Eu pela minha voz e com certeza, os Enfermeiros Portugueses, não podemos acreditar no Dr. António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal e da Geringonça, porque em 2015 dirigiu uma mensagem aos Enfermeiros (ver link no final do texto) e não cumpriu. 


Curiosamente, quem ouvir agora a mensagem de 2015, pode dizer-se que é precisamente o resumo do que o Governo do Dr. António Costa não fez em favor dos Enfermeiros nem do SNS. O DR. ANtónio Costa e o seu Governo agrediu-os, forçando a emigração, não respondendo às necessidades da Saúde Familiar, Cuidados Continuados e Domiciliários. Prometeu que os Enfermeiros seriam os mais beneficiados no descongelamento da carreira e não aconteceu. Antes pelo contrário, temos uma carreira recentemente publicada, que é bem pior que qualquer fraco resultado que se pudesse imaginar. Esta “nova” Carreira agora publicada, apenas introduz pequenas alterações à anterior, continua a ser redutora, não satisfaz, não traz valorização aos Enfermeiros e ainda por cima, não dignifica nem a própria carreira, nem a profissão. E através dela, os Enfermeiros sofrem a mais desagradável desvalorização remuneratória, profissional e até social. Para além disso, não dá resposta às inúmeras e justas reivindicações dos Enfermeiros e necessidades do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS).


Para além da má Carreira de Enfermagem publicada, os Enfermeiros foram insultados e desrespeitados pela Ministra da Saúde e pelo Governo do Dr. António Costa, que apelidou a greve dos Enfermeiros de “selvagem e absolutamente ilegal”. Decretou a requisição civil dos Enfermeiros, com desvirtuação da realidade, manipulação de dados sobre cirurgias e num pleno exercício do autoritarismo, prepotência e desonestidade política e intelectual, para sustentar esta requisição. A Ordem dos Enfermeiros e a Sua Bastonária foram perseguidas e houve tentativa de vilipendiar esta instituição em praça pública. As contagens de pontos para as progressões têm sido surripiadas. Portanto, Os Enfermeiros Portugueses não podem confiar nem acreditar no Dr. António Costa nem no actual nem num possível Governo da Geringonça.


A realidade, da espuma dos dias, vem pondo a nu diversos acontecimentos, fragilidades e realidades do SNS, que, no entanto, os Enfermeiros e a sua Ordem Profissional já os têm relatando e alertando há muito tempo. No entanto a Srª. Ministra da Saúde teima em dizer que a "Saúde não está um caos". Vejamos: São alguns casos, entre outros, de:
  • Baixo investimento na Saúde, agora denunciado pela Comissão Europeia;
  • Maternidades em rutura e encerradas por falta de recursos;
  • Serviços superlotados;
  • Falta de Recursos Humanos, nomeadamente, Enfermeiros;
  • Equipas em exaustão, onde o risco potencial de erro é uma constante. E estamos a falar de tratar pessoas e vidas humanas;
  • SNS sub-financiado;
  • Serviços encerrados ao fim-de-semana por falta de especialistas;

Apesar de toda esta realidade, apesar das promessas, a palavra do Dr. António Costa não foi honrada.

Com indignação verificamos que o Governo não é isento nem imparcial a tratar as diferentes classes profissionais. Veja-se o caso da dualidade de critérios com o aumento do estatuto remuneratório para com os juízes e procuradores do Ministério Público versus Enfermeiros e Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica. A uns aumenta para além do vencimento do Primeiro-Ministro (temendo as suas sentenças?), a outros não reconhece a dignidade da profissão, do trabalho e da responsabilidade de tratar de pessoas, não valorizando o estatuto remuneratório nem a carreira profissional.

Por tudo isto, os Enfermeiros Portugueses só podem ter queixa deste Governo da Geringonça, não confiar nas promessas eleitorais do Dr. António Costa, por toda a tentativa de desvalorização da classe e do desprezo que protagonizou.


Infelizmente a campanha eleitoral e a política faz-se com fake promessas, fake aparências e fake apoio e aproximação por um fake governo e Primeiro-Ministro, à Classe de Enfermagem.

Link: 

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.06.19 – 23h00

SIMPLES REFLEXÃO.... SUCESSO....

SIMPLES REFLEXÃO.... SUCESSO....


Numa reflexão, olhando a nossa Sociedade, o quotidiano, recordando um escrito de 2014.
Manter-se-á actual?

SE ALGUEM SE SENTE INCOMODADO COM A TUA PRESENÇA, É PORQUE CONHECE O TEU BRILHO, SABE DA TUA FORÇA, INVEJA O TEU CARATER E TEME QUE OS OUTROS VEJAM O QUANTO TU ES MELHOR E O QUANTO A TUA ALMA É EVOLUÍDA...
NÃO É A APARÊNCIA... É A ESSÊNCIA..!
NÃO É O DINHEIRO... É A EDUCAÇÃO..!
NÃO É A ROUPA... É A ATITUDE..!
 A IGNORÂNCIA GERA INVEJA...!!!
PORQUE O SUCESSO DÁ MUITO TRABALHO... E QUEM QUER TER TRABALHO?

Humberto Domingues
2019.06.19 - 07h30

terça-feira, 18 de junho de 2019

CARTA ABERTA DIRIGIDA AOS LIDERES PARLAMENTARES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

CARTA ABERTA DIRIGIDA AOS LIDERES PARLAMENTARES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

A minha "Carta aberta" dirigida a todos os líderes parlamentares da Assembleia da República, publicada hoje no Jornal "Correio do Minho" de Braga.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

ENFERMEIROS LIDERAM LISTA DE CONFIANÇA DOS PORTUGUESES

GRAU DE CONFIANÇA DOS PORTUGUESES 
NOS PROFISSIONAIS
ENFERMEIROS LIDERAM LISTA DE CONFIANÇA 

 Fonte: Ordem dos Enfermeiros 

Com base num estudo publicado no JN, transcrevo de seguida o seguinte texto, tendo como fonte a Ordem dos Enfermeiros:

"Os Enfermeiros são os profissionais em quem os portugueses mais confiam. A revelação é de um inquérito da Pitagórica para o Jornal de Notícias (JN), publicado por este jornal na última semana sob o título ‘Portugal ao Espelho’. De acordo com este inquérito, os Enfermeiros surgem no topo das profissões mais respeitadas e com maior grau de confiança, seguidos dos médicos, professores, polícias e militares."

                                               Fonte: Jornal de Noticias

"A sondagem da Pitagórica para o JN mostra que 70 por cento dos inquiridos têm muita ou total confiança nos Enfermeiros. Os resultados dos Enfermeiros são os melhores entre todas as profissões, não só porque apresentam a maior percentagem relativamente à total confiança como, por outro lado, apresentam a menor percentagem, apenas quatro por cento, sobre a falta de confiança.

Este é mais um dado que vem demonstrar a importância dos Enfermeiros para os portugueses, o que reforça a sua importância no SNS mas também socialmente.

A sondagem da Pitagórica surge dois meses depois de um estudo da Universidade Nova, Índice de Saúde Sustentável, ter revelado que os profissionais de saúde representam, na óptica dos utentes, o ponto mais forte do SNS, com uma avaliação de 78,3, na escala de 1 a 100."
Fonte: Ordem dos Enfermeiros 

quarta-feira, 12 de junho de 2019

A RUTURA DOS SERVIÇOS, O DESAPARECIMENTO DA MINISTRA DA SAÚDE E PRIMEIRO-MINISTRO E A PASSIVIDADE DA OPOSIÇÃO

A RUTURA DOS SERVIÇOS,  O DESAPARECIMENTO DA MINISTRA DA SAÚDE E PRIMEIRO-MINISTRO E A PASSIVIDADE DA OPOSIÇÃO

Há notícias, relatos e testemunhos de que vários serviços de Saúde estão em rutura efectiva, nao recebendo mais doentes, desviando grávidas, cancelando cirurgias, etc.

Os serviços estão deficitários em recursos humanos, material de consumo clinico e instalações degradadas e exíguas. Vivem-se momentos difíceis no seio das Equipas e Serviços.

Perante este cenário, não se houve falar nem se vê a Sra. Ministra da Saúde e, o Sr. Primeiro-ministro Dr. António Costa, lá anda entre a festa da conquistada taça das Nações e acompanhando o Sr. Selfie, Sua Excelência o Presidente da República nas comemorações do 10 de Junho. Assuntos da Saúde, Educação, Justiça/Ministério público,  nem falar!


E por onde anda a oposição? O PSD E O CDS/PP ainda andarão a lamber as feridas das Eleições Europeias? Ou andarão pelas praias do Brasil? É que não se houve falar, nem fazer oposição. Não se conhece agenda. Não tomam posição nem de apoio às questões,  mais urgentes da Saúde,  da mal fadada Carreira dos Enfermeiros, dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, da agendada greve dos Médicos, tempo dos Professores,  etc.

Enfim, um vazio! Um deserto!

Assim vai ser fácil ao PS ganhar as Eleições Legislativas.

Humberto Domingues
Enf Espec Saúde Comunitária
2019.06.12 - 07h30

segunda-feira, 10 de junho de 2019

QUE PRIORIDADES PARA O SNS? QUE PRIORIDADES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA PORTUGAL?


QUE PRIORIDADES PARA O SNS? 
QUE PRIORIDADES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA PORTUGAL?



O Serviço Nacional de Saúde (SNS), comemorando 40 anos, vive, nesta idade adulta, momentos aflitivos por falta de investimento devido às cativações, por não ser uma prioridade do Governo, pela falta de recursos humanos face às necessidades reais de atendimento, tratamento e reinserção de todos os Cidadãos doentes. As dívidas dos Hospitais a aumentarem, sempre. Os desafios são múltiplos!

Há instalações degradadas em hospitais e centros de saúde. Houve durante demasiado tempo crianças a receber tratamento oncológico em corredores e contentores. Os doentes amontoam-se nas urgências perdendo dignidade e privacidade. Falta roupa hospitalar, mobiliário degradado. Os profissionais, apesar de exaustos, apesar de desmotivados, apesar de estarem em burnout, continuam a prestar os melhores cuidados de saúde aos Cidadãos doentes e às Famílias.

Onde se verifica, claramente, “falta de humanização” é nos decisores políticos, que continuam a decidir agarrados a números, transformando profissionais e doentes em meras médias aritméticas, parecendo até que o prémio anual para os gestores e administradores é o mais importante!

A vida de Profissionais de Saúde e Cidadãos é dificultada diariamente, com casos que vêm descritos na imprensa e testemunhado por uns e por outros. Aos cidadãos são-lhes adiadas as suas consultas e cirurgias por falta de médicos nas diferentes especialidades, falta de camas, falta de material de consumo clínico, material avariado e obsoleto, serviços de urgência e internamento superlotados, poucos enfermeiros para dar resposta a todas as solicitações, quer de tratamento e atendimento dos doentes, quer para assegurar os horários de 24 sob 24 horas. Nos cuidados primários a situação é idêntica. Unidades funcionais (USF’s, UCSP’s e UCC’s) desfalcadas de recursos materiais e humanos, essencialmente falta de Enfermeiros e médicos, o que dificulta a visitação domiciliária, a reabilitação no domicílio e o acompanhamento em cuidados paliativos.

Se olharmos para os números, na última década, excepto no ano de 2012, a execução orçamental da despesa do Estado em Saúde, tem vindo sempre a diminuir. Esta mesma despesa em função da percentagem do PIB, também desce sempre na mesma década. Depois, se compararmos com os financiamentos para a saúde dos países da OCDE, verificamos que em Portugal, apesar de um baixo financiamento, consegue os mesmos ou melhores indicadores em saúde que esses países. O que faz a diferença? São claramente os Enfermeiros, Médicos, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica/Recursos Humanos, que são de altíssima qualidade e o seu maior património. Mas que no entanto o poder político, partidos e governo tem tratado com os pés, desvalorizando a sua importância profissional, remuneratória e social, de legislatura em legislatura.


Verificamos uma dualidade de tratamento e de critérios, para pior, com os Enfermeiros do que com outras classes profissionais. A gestão, por parte do Ministério da Saúde e do Governo, das greves feitas pelos Enfermeiros e por outras classes profissionais versus, por exemplo, médicos anestesistas, também são diferentes. Nos primeiros não era possível fazer greves sectoriais nem self-service, nos segundos já foi possível e nem se pediu parecer à PGR, nem houve “passerelle” de declarações à Comunicação Social!

O pensamento do Governo e no Ministério da Saúde é ancestral, vive no mundo dos estudos longos, inconclusivos, reformas inacabadas, e está longe da realidade, não corresponde às necessidades que efectivamente no terreno são exigidas, necessárias e urgentes. Concomitantemente, temos os Presidentes das ARS e dos Conselhos de Administração que não têm voz própria, estão condicionados pela nomeação política e pela conservação do “penacho” do lugar para onde foram nomeados. Com a ausência de concursos ou eleição pelos seus pares, para Directores de Serviço, Enfermeiros Chefes/Gestores, muitos deles não ocupam o lugar por mérito próprio, mas sim por nomeação, o que enfraquece a linha de pensamento e de actuação que se deseja em favor do serviço, em defesa dos Profissionais e dos Cidadãos doentes e contra a linha economicista dos Conselhos de Administração e dos Ministérios da Saúde e das Finanças.

Nestes últimos tempos foi do conhecimento público a alteração de listas de espera, com nomes apagados, protagonizada pela actual Ministra da Saúde, enquanto Presidente da ACSS. Listas de espera intermináveis, para cirurgia. Anestesistas em greve, provocando adiamento de cirurgias. Maternidades encerradas por falta de médicos obstetras, obrigando as Senhoras grávidas a fazer 80 e mais quilómetros, para outros hospitais. Irregularidades e corrupção no INEM. Uma lista infindável destas situações irregulares, mas apesar disso, apenas houve a requisição civil para parar a greve cirúrgica dos Enfermeiros e a sindicância à Ordem dos Enfermeiros. Processos de inquérito por arrasto, só depois destas notícias serem do conhecimento da opinião pública, porque até aí o Ministério da Saúde esteve quedo e mudo. Só interessou perseguir os Enfermeiros.

E é isto, uma dualidade de critérios, uma falta de respeito pelos profissionais, particularmente pelos Enfermeiros, que tanto dão ao País, ao SNS e aos Cidadãos. 
A gestão eleitoralista, enganadora, manipuladora, com falta de definição de prioridades e de modernidade, faz com que a agonia do SNS se sinta de dia para dia. Apesar das últimas mensagens do seu criador, Dr. António Arnaut, pedir à sua família política e ao Primeiro-Ministro Dr. António Costa para salvar o SNS, é precisamente o Partido Socialista e os seus dirigentes que estão a matar uma das melhores conquistas que a democracia deu a Portugal.
Esta falta de opções políticas e de financiamento em favor do SNS, a falta de reconhecimento e de valorização dos seus Profissionais, as cativações permanentes com imenso prejuízo e o adiar de escolhas estruturais para o SNS vão fazer Portugal mergulhar nos piores indicadores de saúde, coisa que não acontecia e nos tem catalogado como um País desenvolvido e na linha da frente no combate às infecções e doenças, como é o caso da cobertura vacinal que possuímos.

Perante o deserto de ideias, intervenções e seriedade do Ministério da Saúde e do Governo, neste vasto mundo da prevenção, do tratamento e da reinserção dos Cidadãos doentes, cabe perguntar que prioridades, para o SNS? Que prioriades para Portugal? Que prioridades do Ministério da Saúde para manter o SNS vivo, moderno, acessível e que cuide e trate todos os cidadãos com equidade?
Afirmo eu, com toda a convicção, que o SNS não pode ser desmantelado nem destruído. E se o POVO deixar, será conivente com a morte de uma parte importante da democracia.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.06.10 – 10h00

terça-feira, 4 de junho de 2019

CARTA ABERTA AOS PRESIDENTES DOS GRUPOS PARLAMENTARES


CARTA ABERTA AOS PRESIDENTES DOS GRUPOS PARLAMENTARES
DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA




Exmºs Senhores

Líderes Parlamentares dos Partidos
Partido Social Democrata - Fernando Negrão
Partido Socialista – Carlos César
Bloco de Esquerda – Pedro Filipe Soares
Partido Popular/CDS – Nuno Magalhães
Partido Comunista Português – João Oliveira
Partido Ecologista os Verdes – Heloísa Apolónia
Partido Animais e Natureza – André Silva
                                                                                 
Data: 2019-06-02

Exmºs. Senhores,

No exercício da minha cidadania e liberdade de expressão, permitam-me Vªs. Exªs. que me dirija desta forma, para em nome estritamente individual e pessoal, mas sem retirar a importância que atribuo de pertencer à Classe Profissional de Enfermagem, portanto sou ENFERMEIRO, de colocar várias questões e solicitar a intervenção, que ao abrigo da Constituição Portuguesa e do Regimento da Assembleia da República possam produzir a devida apreciação Parlamentar à Carreira de Enfermagem.

O presente Governo aprovou recentemente a nova “Carreira de Enfermagem”, publicada pelo decreto-Lei nº. 71/2019 de 27 de Maio de 2019, que altera o regime da Carreira Especial de Enfermagem e o Regime da Carreira de Enfermagem, nas entidades públicas empresariais e nas parcerias em Saúde.

A Carreira agora publicada, que apenas introduz pequenas alterações à anterior, continua a ser redutora, não satisfaz, não traz valorização aos Enfermeiros e ainda por cima, não dignifica nem a própria carreira, nem a profissão. E através dela, os Enfermeiros sofrem a mais desagradável desvalorização remuneratória, profissional e até social. Para além disso, não dá resposta às inúmeras reivindicações dos Enfermeiros e necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). As consequências da visão limitada e ancestral do Governo vão fazer-se sentir.

Aquando da consulta pública, a Ordem dos Enfermeiros, Sindicatos, Movimentos e Enfermeiros e nome individual, fizeram as suas sugestões, propondo modificações adequadas com vista à sua alteração, daí, precisamente, a razão de ser uma consulta pública, introduzindo-se melhorias ao documento. Mas o Ministério da Saúde e o Governo, fizeram destas sugestões, tábua rasa e aprovaram a carreira em Conselho de Ministros a 28 de Março, sem alteração alguma decorrente da “consulta pública”!

Apesar dos inúmeros contributos da Ordem dos Enfermeiros e dos Sindicatos, este Governo, manteve sempre, através dos dois Ministros da Saúde e do Ministro das Finanças uma diminuição da acuidade auditiva face às propostas, negociações e exigências dos Enfermeiros, para benefício também do próprio SNS. As lacunas são imensas! Desde a progressão, à desvalorização económica, à redução para apenas 25% de Enfermeiros Especialistas nos serviços, contrariando até percentagens e exigências de outros diplomas de aplicação inequívoca em Unidades, tais como USF’s, Serviços de Obstetrícia e blocos de partos/Maternidades, etc.

Para além da perfídia por parte da Srª. Ministra da Saúde, que envolveu todo este processo de negociação e publicação da nova Carreira, há inúmeros episódios ao longo deste tempo que fizeram desacreditar todo este percurso, um dos quais, em que o Sr. Primeiro-Ministro Dr. António Costa prometeu que os Enfermeiros seriam os mais valorizados no descongelamento de carreiras e progressões, o que efectivamente não veio a acontecer nem a concretizar-se. Portanto a “palavra dada não foi honrada”.

Verificamos que toda esta negociação por parte do Governo e Ministério da Saúde, foi gerida numa agenda de mentiras e adiamentos falaciosos para com os Sindicatos, por forma a arrastar todo o processo, face ao calendário eleitoral. A comunicação social foi manipulada. A Sociedade foi enganada, tentando lançar o odioso para o lado dos Enfermeiros Portugueses.

Apesar do Dec.-Lei 71/2019, vir repor novamente a categoria de Enfermeiro Especialista, e ser uma carreira pluricategorial (tricategorial), encontramos ainda muitos constrangimentos desta “nova” Carreira de Enfermagem:
  • Há claramente um condicionamento enorme na progressão para outras categorias;
  • Há, paralelamente, um constrangimento enorme para que possa acontecer uma progressão remuneratória;
  • A tabela salarial e remuneratória é desajustada à realidade, responsabilidade e habilitações profissionais e académicas que hoje os Enfermeiros possuem, o que se traduz numa desmotivação e não valorização destes profissionais;
  • As grandes lacunas e desigualdades criadas, ou melhor, mantidas e continuadas, da diferenciação em CIT e CTFP, infelizmente estão bem presentes;
  • A contagem de tempo de serviço e a forma preconizada é outro revés e constrangimento, traduzido em inúmeros obstáculos para uma efectiva progressão na Carreira de Enfermagem;


Assim, pelo exposto, que apenas é uma parte das inúmeras lacunas, iniquidades, obstáculos e desproporcional dificuldade que cria aos Enfermeiros Portugueses, face às reivindicações, reconhecimento e mérito e à real necessidade existente para bem do SNS, solicito a Vªs. Exªs. que no tempo que ainda resta da presente legislatura, concretizem a necessária Apreciação Parlamentar, com a celeridade que o assunto merece, da nova Carreira de Enfermagem/Decreto-Lei 71/2019 de 27 de Maio.

Com os melhores cumprimentos

Humberto José Pereira Domingues
Enf. Especialista em Saúde Comunitária

domingo, 2 de junho de 2019

"A TEIA" A NOVA SAGA DE FAVORES E CORRUPÇÃO

"A TEIA" A NOVA SAGA DE FAVORES E CORRUPÇÃO
E O ASSALTO AOS COFRES DO ESTADO


Temos visto e escutado, ao longo destes últimos dias, um sem número de episódios que lesam os cofres do estado e que "obrigam" o ZÉ POVO a pagar:


Paga ZÉ.....
É para isso que votas no PS e na Geringonça (os que votam)...

Depois não há dinheiro para a Saúde, Educação, Segurança Social e paga-se uma Justiça caríssima e por isso não serve todos os Cidadãos por igual....

Não há dinheiro para aumentar os Enfermeiros, os Professores, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, mas há possibilidades para os Juízes verem os seus vencimentos aumentarem em 700 ou 800€!!!!! E o conflito de interesses com o Deputado do PS, casado com uma Juíza a servir de negociador deste aumento??????
As dívidas dos Hospitais são o que sabemos. As Escolas, Politécnicos e Universidades vivem com orçamentos deficitários anos atrás de anos. 

Mas a maioria gosta e a outra grande maioria (70%) nem sequer vota...
Mas continua a pagar combustíveis mais caros, a electricidade, e o IVA como se sabe e sente, etc, etc, etc...

Depois continuamos a ver a saga do filme "A TEIA" na versão muito moderna e aprimorada à Socialista.

Já nem é polvo, porque dava muito nas vistas....



E depois temos a charlatanice habitual do Sr. Primeiro-Ministro Dr. António Costa. A caminho de estar 4 anos no Governo, mas só para a próxima legislatura é que vai melhorar os serviços públicos. 



Mas a corrupção, que deveria ser uma luta desde o primeiro minuto, só para o próximo governo é que vai ser. E no PS e sua "TEIA" quando é que vai merecer esse combate? É que ao que temos visto nestes últimos tempos, são casos atrás de casos.

E já agora uma pergunta: O PS estava em falência técnica/financeira por dívidas acumuladas. Em que estado está agora? Tem havido muitos financiamentos para pagar as dívidas do Partido e equilibrar a tesouraria?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.06. 02 - 12h30

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