quinta-feira, 31 de março de 2022

O MOMENTO DA VERDADE

 O MOMENTO DA VERDADE


Agora sim, chegou um dos momentos da verdade:

• Apresentação do Programa do Governo Socialista,  de maioria absoluta;

• Apresentação do Orçamento de Estado para 2022, deste mesmo Governo Socialista;

• Cumprimento de algumas promessas eleitorais;

• Posicionamento dos diferentes Grupos Parlamentares, face às propostas do Governo, nomeadamente, para o SNS e para a Carreira de Enfermagem, e contagem dos pontos de tempo de serviço;

• Postura dos Sindicatos dos Enfermeiros, dos Médicos e da Função Pública;

• Daqui para a frente,  o que dirá, o que fará e que autoridade usará Sua Excelência O Presidente da República, Prof Doutor Marcelo Rebelo de Sousa?

Humberto Domingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária 

2022.03.31

domingo, 27 de março de 2022

MEDALHAS E COMENDAS DE OURO OU PECHISBEQUE?

 MEDALHAS E COMENDAS DE OURO OU PECHISBEQUE?



Através de Despacho da Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, de 17 de Fevereiro/2022 e publicado em DR de 11 de Março/2022, através do Despacho nº. 3055/2022, foram condecoradas várias individualidades, personalidades e instituições que se distinguiram “no contexto da resposta à pandemia de covid-19”, que a todos afectou, já sacrificados com a crise que se fazia sentir.

Os Profissionais de Saúde – Enfermeiros, Médicos, as diferentes classes de Técnicos Superiores e Operacionais – não escaparam de forma alguma à “pandemia”. Viveram-na de duas formas: Primeiro: a assegurar o funcionamento dos serviços em turnos imensamente intensos, esgotantes, longos e trabalhosos. Segundo: Muitos destes Profissionais infectaram-se no local de trabalho e passaram a viver dias e semanas angustiantes do “outro lado”, agora na condição de doentes. Alguns faleceram! Mas todos foram esquecidos neste Despacho!

No desempenho de funções, como todos os Cidadãos viram e sentiram, muitos destes Profissionais, nomeadamente Enfermeiros, deixaram de ir para casa, deixaram a Família, passaram a pernoitar e a viver noutros espaços, quartos e apartamentos, alguns deles cedidos gratuitamente, durante alguns meses.

Fizeram turnos longos, desgastantes e sofridos, dentro de fatos blindados e calafetados, com mascara, viseira e todo o desconforto daí decorrente. Asseguraram turnos e serviços em exaustão e burnout, evitando a rotura de serviços e instituições de Saúde.

Programaram, asseguraram e escalaram todo o período vacinal contra a covid-19, com galhardia, altruísmo, dedicação e profissionalismo, sem gozo de folgas, nem férias e com horários longos, prolongados e esgotantes.

Portugal alcançou uma alta taxa de vacinação o que veio a ser muito positivo nas vagas covid que se sucederam, diminuindo as taxas de mortalidade e novas infecções. Todos os indicadores desta “pandemia” começaram a melhorar em consequência desta entrega e trabalho abnegado de Enfermeiros Médicos, Assistentes Operacionais e todos os outros Profissionais.

Eis que, perante tudo o vivido em condições muito dolorosas e de falta de recursos, Sua Excelência o Presidente da República, decide atribuir a mais alta condecoração ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “como Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito”. De seguida a Srª. Ministra da Saúde, por despacho acima referido, decide conceder a “medalha de serviços distintos do Ministério da Saúde, grau ouro” a várias entidades, personalidades e serviços. Até aqui tudo bem. Mas… que estranho… não estarem em evidência e também condecorados Enfermeiros, Médicos e Todos os outros Profissionais de Saúde, que foram essencialmente os grandes pilares da sustentação de todos os serviços durante esta longa jornada – a “Pandemia Covid”?

Chegados aqui, registamos mais uma vez a ingratidão da Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, e do Governo, para com os Enfermeiros!

Tenho para mim, que as condecorações e comendas não devem ser banalizadas e servem para agradecer, realçar e valorizar, servindo como exemplo, actos de galhardia, altruísmo e valor, reconhecendo-se perante a Sociedade, esses mesmo actos e valores. Assim sendo, ou todo o trabalho desenvolvido pelos Profissionais de Saúde, tem um valor altíssimo, que nenhuma comenda ou condecoração poderão agradecer e por isso a Srª. Ministra da Saúde não está ao nível de a poder decidir, atribuir e condecorar, ou o seu inflamado ego impediu-a de avaliar com clarividência, justiça, bom senso e isenção, o valor dos Profissionais que tem sob sua tutela, o que é um viés grande para um membro do governo de qualquer país e sobretudo com a pasta da Saúde.

Se por um lado, os Enfermeiros não estão à espera e não querem palmadinhas nas costas, nem condecorações ou comendas forçadas com cheiro a bafio e cínicas, por outro lado, como qualquer Humano ou Classe Profissional, gosta de ser reconhecido por todo o valor, entrega, altruísmo e profissionalismo que oferecem no desempenho das suas funções, particularmente durante tão agreste, esgotante e demolidor período que foi a “Pandemia”.

De forma tendenciosa e com uma enorme falta de isenção e cheia de preconceitos e estados de alma, como a Srª. Ministra da Saúde atribuiu a condecoração de “Medalha-Grau Ouro”, motiva com certeza, indignação aos Enfermeiros e Médicos. Mas sendo assim, com esta decisão da Srª. Ministra, retirou uns bons quilates de valor a este ouro, desta medalha, correndo-se o risco de se transformar esta medalha em latão ou pechisbeque, retirando com isso mérito merecido a quem foi condecorado. E quem foi condecorado, com este “pechisbeque”, como se sentirá? Não estranharam a falta de reconhecimento de Enfermeiros e Médicos?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.26

quinta-feira, 24 de março de 2022

PACIÊNCIA NOS DIAS DE HOJE

PACIÊNCIA NOS DIAS DE HOJE


Apesar dos factos do presente e a incerteza  perspectivada para o futuro...

O momento exige serenidade.

Um olhar com atenção para os tempos que aí vem.

Construção de uma estratégia inteligente.

Saber utilizar bem as "pedras no tabuleiro".

Não se distrair com provocações ou factos artificiais.

O tempo é sábio. E ter paciência, uma qualidade.


Humberto Domingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária 

2022.03.23

terça-feira, 15 de março de 2022

MEDALHAS E COMENDAS DE OURO OU PECHISBEQUE?

MEDALHAS E COMENDAS DE OURO OU PECHISBEQUE?


Através de Despacho da Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, de 17 de Fevereiro/2022 e publicado em DR de 11 de Março/2022, através do Despacho nº. 3055/2022, foram condecoradas várias individualidades, personalidades e instituições que se distinguiram “no contexto da resposta à pandemia de covid-19”, que a todos afectou, já sacrificados com a crise que se fazia sentir.

Os Profissionais de Saúde – Enfermeiros, Médicos, as diferentes classes de Técnicos Superiores e Operacionais – não escaparam de forma alguma à “pandemia”. Viveram-na de duas formas: Primeiro: a assegurar o funcionamento dos serviços em turnos imensamente intensos, esgotantes, longos e trabalhosos. Segundo: Muitos destes Profissionais infectaram-se no local de trabalho e passaram a viver dias e semanas angustiantes do “outro lado”, agora na condição de doentes. Alguns faleceram! Mas todos foram esquecidos neste Despacho!

No desempenho de funções, como todos os Cidadãos viram e sentiram, muitos destes Profissionais, nomeadamente Enfermeiros, deixaram de ir para casa, deixaram a Família, passaram a pernoitar e a viver noutros espaços, quartos e apartamentos, alguns deles cedidos gratuitamente, durante alguns meses.

Fizeram turnos longos, desgastantes e sofridos, dentro de fatos blindados e calafetados, com mascara, viseira e todo o desconforto daí decorrente. Asseguraram turnos e serviços em exaustão e burnout, evitando a rotura de serviços e instituições de Saúde.

Programaram, asseguraram e escalaram todo o período vacinal contra a covid-19, com galhardia, altruísmo, dedicação e profissionalismo, sem gozo de folgas, nem férias e com horários longos, prolongados e esgotantes.

Portugal alcançou uma alta taxa de vacinação o que veio a ser muito positivo nas vagas covid que se sucederam, diminuindo as taxas de mortalidade e novas infecções. Todos os indicadores desta “pandemia” começaram a melhorar em consequência desta entrega e trabalho abnegado de Enfermeiros Médicos, Assistentes Operacionais e todos os outros Profissionais.

Eis que, perante tudo o vivido em condições muito dolorosas e de falta de recursos, Sua Excelência o Presidente da República, decide atribuir a mais alta condecoração ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “como Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito”. De seguida a Srª. Ministra da Saúde, por despacho acima referido, decide conceder a “medalha de serviços distintos do Ministério da Saúde, grau ouro” a várias entidades, personalidades e serviços. Até aqui tudo bem. Mas… que estranho… não estarem em evidência e também condecorados Enfermeiros, Médicos e Todos os outros Profissionais de Saúde, que foram essencialmente os grandes pilares da sustentação de todos os serviços durante esta longa jornada – a “Pandemia Covid”?

Chegados aqui, registamos mais uma vez a ingratidão da Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, e do Governo, para com os Enfermeiros!

Tenho para mim, que as condecorações e comendas não devem ser banalizadas e servem para agradecer, realçar e valorizar, servindo como exemplo, actos de galhardia, altruísmo e valor, reconhecendo-se perante a Sociedade, esses mesmo actos e valores. Assim sendo, ou todo o trabalho desenvolvido pelos Profissionais de Saúde, tem um valor altíssimo, que nenhuma comenda ou condecoração poderão agradecer e por isso a Srª. Ministra da Saúde não está ao nível de a poder decidir, atribuir e condecorar, ou o seu inflamado ego impediu-a de avaliar com clarividência, justiça, bom senso e isenção, o valor dos Profissionais que tem sob sua tutela, o que é um viés grande para um membro do governo de qualquer país e sobretudo com a pasta da Saúde.

Se por um lado, os Enfermeiros não estão à espera e não querem palmadinhas nas costas, nem condecorações ou comendas forçadas com cheiro a bafio e cínicas, por outro lado, como qualquer Humano ou Classe Profissional, gosta de ser reconhecido por todo o valor, entrega, altruísmo e profissionalismo que oferecem no desempenho das suas funções, particularmente durante tão agreste, esgotante e demolidor período que foi a “Pandemia”.

De forma tendenciosa e com uma enorme falta de isenção e cheia de preconceitos e estados de alma, como a Srª. Ministra da Saúde atribuiu a condecoração de “Medalha-Grau Ouro”, motiva com certeza, indignação aos Enfermeiros e Médicos. Mas sendo assim, com esta decisão da Srª. Ministra, retirou uns bons quilates de valor a este ouro, desta medalha, correndo-se o risco de se transformar esta medalha em latão ou pechisbeque, retirando com isso mérito merecido a quem foi condecorado. E quem foi condecorado, com este “pechisbeque”, como se sentirá? Não estranharam a falta de reconhecimento de Enfermeiros e Médicos?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.13

sexta-feira, 11 de março de 2022

O DINHEIRO DA TAP

O DINHEIRO DA TAP

 


Texto retitado da página do Facebbok da Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfª. Ana Rita Cavaco.

Transcrevi para aqui este texto, porque está com uma assertividade extraordinária e retrata com fiabilidade o que são as prioridades e a gestão que se faz dos bens e dinheiros públicos.

"O Dinheiro para TAP

Decolou há minutos da Polónia um avião da TAP que transporta uma doente politraumatizada, Ucraniana, para o Hospital de São João. Até aqui tudo maravilhoso. A acompanhá-la vêm os nossos queridos Lara Marcelo, Médica e Márcio Silva, Enfermeiro dos órgãos da SR Norte da OE. Foram, de forma abnegada, buscar esta doente através dos Médicos do Mundo.

O problema é que deviam ter decolado há 24h atrás. O avião tinha uma avaria no motor e ficaram em terra com todos os riscos associados a isto para a doente e para eles. Honra seja feita ao Secretário de Estado, António Sales, e à tripulação, que preocupado tentou que outro avião fosse a caminho, mas não foi. Há quem se irrite porque gosto dele e lhe agradeço sempre, os invejosos do costume.

É o mesmo princípio que nos faz estar à espera de ser mobilizados após termos oferecido ajuda pro bono e até agora nada em termos oficiais. Todos os dias a embaixada da Ucrânia nos envia pedidos e nós à espera do dito plano para estas situações.

Calhou, neste caso, ser uma equipa que conhecemos com um elemento nosso, passando a vergonha da TAP de os ter deixado à espera 24h com uma doente politraumatizada quando outro avião está a 5h de distância.

Depois à hora do almoço vi uma misenscene com o PR, uma ministra e um avião da TAP com refugiados. Até o Pop fica nervoso quando se fala da TAP.

Foi para isto que enterrámos milhões numa companhia de bandeira? Precisamos é desses milhões na Saúde ou pelo menos que funcionem quando preciso.

Depois, lembrei-me do triste episódio com a TAP, recente, que deixou em terra o Presidente da Eslováquia. E voltei a lembrar-me que nos oferecemos pro bono.

Esperamos mais uns dias e vamos oferecer-nos aos Médicos do Mundo. É feio fazer show com a doente que vem para o Hospital de São João quando se lida com as situações com a boa vontade de ONG's e desta forma.

Sim, sim, já sei que é por dizer as coisas assim que não gostam de mim mas é o que é e estou velha para mudar. Também não vejo vantagem em fazer diferente, até ver, ser assim resolve muita coisa para os outros e é isso que me move. Obrigada a todos os envolvidos..."

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.11

O HORROR DA GUERRA NA UCRANIA - MATERNIDADE BOMBARDEADA

O HORROR DA GUERRA NA UCRANIA - MATERNIDADE BOMBARDEADA


Que horror!

Guerra é guerra, mas mesmo assim, há regras!

Mas quando falta o humanismo e o respeito por mulheres e crianças, estamos falados quanto aos princípios e valores dos "senhores desta guerra" ou de outra qualquer.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.10

CONDECORAÇÃO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

 "Condecoração do Serviço Nacional de Saúde"



"Presidente da República condecorou o SNS | Fotos: Cortesia Presidência da República"

"O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o Serviço Nacional de Saúde (SNS), como Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, tendo recebido as insígnias a Ministra da Saúde, Marta Temido.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que o SNS foi “exemplar ao serviço de Portugal” destacando os “atos e serviços excecionais prestados, em particular durante a pandemia a Portugal, aos portugueses e a outros cidadãos” pelo SNS e a “abnegação e sacrifício” dos seus profissionais de saúde.

O SNS recebeu a condecoração no dia 2 de março, data que se assinalou o primeiro caso de Covid-19 registado em Portugal.

Após a cerimónia, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa jantou com especialistas que contribuíram para a análise da “Situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal” nas reuniões do Infarmed.

Créditos fotografias: Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República"

Nota Pessoal:
Como Enfermeiro, não me sinto representado pela Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, no recebimento desta distinção e comenda de Sua Excelência o Presidente da República.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.11

quinta-feira, 10 de março de 2022

VIOLÊNCIA SOBRE OS ENFERMEIROS E SEGURANÇA – QUEM NÃO SE INDIGNOU?

VIOLÊNCIA SOBRE OS ENFERMEIROS E SEGURANÇA – QUEM NÃO SE INDIGNOU?

Link:




Foi notícia nacional a agressão que 2 Enfermeiros e um Segurança sofreram na madrugada do dia 22 de Fevereiro passado, no Serviço de Urgência do Hospital de Famalicão.

A tristeza invade-me completamente, com estes acontecimentos! Quem não se indignou com estas agressões? Isto foi bárbaro! Põe em causa o estado de direito, do nosso País! Como é possível, num serviço público, particularmente de saúde e de serviço de urgência, os seus Enfermeiros, com bastante idade até (62 anos), serem agredidos barbaramente? Nem no nosso local de trabalho estamos seguros, perante tais vândalos!

Mas igual tristeza me causa a ausência solidária e o silêncio cínico dos políticos e do Estado. É deplorável, insano, desprezível e vergonhoso, todo este silêncio ensurdecedor, de órgãos de soberania, governo, partidos políticos e a mais alta cúpula do Estado Português, Sua Excelência o Presidente da República, em não reprovar com veemência esta agressão gratuita, abjecta e ignóbil, aos Profissionais de Saúde, nomeadamente Enfermeiros, no Serviço de Urgência do Hospital de Famalicão (que foi o último caso, mas há tantos outros onde já aconteceu). Por onde anda a responsabilidade e representação do Estado? Que falta de solidariedade! Que vazio institucional!

A agressão a Profissionais de Saúde, particularmente Enfermeiros e a Médicos, vem-se acentuando. Nos primeiros 10 meses de 2021, foram reportados 752 ocorrências de violência contra Profissionais de Saúde. Estes acontecimentos são indignos, estas agressões são inqualificáveis, animalescas e que introduzem uma realidade de insegurança a todos e em toda a linha.

Quando acontecem estas agressões, não basta à Srª. Ministra da Saúde repudiar as mesmas, nem falar em colocação de botões de pânico ou coisa semelhante, como foi dito no passado. Não! São precisas medidas concretas, de protecção dos Profissionais de Saúde, perante tais actos inaceitáveis, seja qual for a forma, física ou psicológica. É preciso, é urgente traduzir estas palavras de repúdio em letra de lei e atribuir a estas agressões uma moldura penal “classificando-o” crime público. É urgente fazê-lo! O que vinha, para além de tudo, facilitar o processo, que implicava deixar de estar dependente que a vítima apresentasse queixa. Por outro lado, deveria ser a instituição onde tal agressões acontecessem, a participar ao Ministério Público.

É preciso e urgente voltar a colocar a Polícia, em presença física nos hospitais e serviços de urgência. É preciso dar condições aos Profissionais para que estejam protegidos nos seus locais e postos de trabalho.

Aos agressores, agitadores, atacantes e ofensores dos Profissionais de Saúde e da ordem pública é preciso castigá-los severamente! Haja leis e coragem para tal. Pede-se mão dura e pesada à justiça. Não à impunidade! Urge a consideração em moldura penal, de “crime público” com penas severas e exemplares. Pede-se ao Governo, e aos Ministérios da Saúde, Justiça e Administração Interna, um olhar atento e responsável na defesa dos Profissionais de Saúde, nomeadamente, Enfermeiros e das instituições de saúde - centros de saúde e hospitais no público, porque no privado e social também há agressões, daí a necessidade em tornar em crime público este tipo de agressões - para que não aconteçam actos de violência gratuita e criminal, junto de GENTE QUE CUIDA DE GENTE.

Numa outra vertente do problema, que mais dúvidas restam, para considerar a Profissão de Enfermagem, uma profissão de risco e desgaste, não só pelo facto de se trabalhar num ambiente infectado, de contágio e perigoso, mas também pela exposição a momentos altíssimos de stresse, de mutilações, traumatismo e de morte, e também, a este tipo de agressões, tão simplesmente por estarem no desempenho da sua profissão, na primeira linha quer no atendimento, quer no tratamento e prestação de cuidados de saúde, mas também na triagem nos SU. O que faz falta acontecer mais? Que mais evidências ou constatações são precisas?

Enquanto esperamos pela lenta decisão do poder político e do Governo, resta aqui, deixar um abraço de solidariedade aos Colegas e outros Profissionais agredidos!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2022.03.10

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...