terça-feira, 26 de novembro de 2019

RTP-1 - PROGRAMA PRÓS E CONTRAS – “PROGNÓSTICO RESERVADO” - 2019.11.25


RTP-1 - PROGRAMA PRÓS E CONTRAS – “PROGNÓSTICO RESERVADO” - 2019.11.25

A minha apreciação ao presente programa deste dia é de um saldo negativo, face ao estado do SNS e ao que foi debatido neste programa.

A saber: 
Então os Serviços de Urgência é que são o grande foco de pressão, segundo a Srª. Ministra?
Estranho que num debate destes, a Srª. Ministra estando presente, recusou a presença das Ordens Profissionais, nomeadamente as Ordens dos Enfermeiros e dos Médicos; 
Estranho também o alinhamento de discurso dos elementos Médicos do painel, face às queixas que vem sendo registadas, e em particular o Director de um Serviço de Obstetrícia. O Vosso discurso contraria em tudo o que o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos e Directores de Serviço de tantos Hospitais vêem dizendo; 
Admirei o discurso, a frontalidade sem medo e a colocar o dedo na ferida, da Srª. Enfª. Chefe Maria Luísa Ximenez. Infelizmente, como não interessava, pouco tempo de antena lhe foi dado;
Claro que não estranhei a falta de tempo e o corte do discurso que a Jornalista Fátima Campos Ferreira fez, quando a Enfª. Ximenez falou/falava. Acresce a tudo isto a falta de preparação para um debate destes da referida Jornalista; 
Lamento profundamente que para se discutir o SNS só se fale maioritariamente nos Hospitais e Cuidados Hospitalares e se ignore quase por completo os Cuidados de Saúde Primários, face à importância que têm e que são a porta de entrada no SNS;

Porque quando falamos/ou devemos falar do actual SNS:
Estamos a falar que os serviços são mantidos a funcionar à custa de trabalho extraordinário, principalmente dos Enfermeiros, em que, muitos milhares destas horas, depois não são pagas;
Se não fosse o recurso diário ao trabalho extraordinário, o SNS já tinha colapsado;
Estamos a falar de serviços superlotados com rácios de pessoal inferior ao mínimo de dotações seguras e por isso a por em causa a qualidade e a segurança dos cuidados;
Estamos a falar de um SNS subfinanciado;
Estamos a falar de um SNS depauperado;
Estamos a falar de Profissionais de Saúde (Enfermeiros e outros) em burnout, esgotados, desmotivados e mau remunerados;
Estamos a falar de listas de espera para cirurgias e consultas de especialidades com alguns anos de lista de espera;
Estamos a falar no desinvestimento da prevenção, não se fazendo contas aos ganhos em saúde e ganhos económicos com a intervenção dos cuidados de Enfermagem;
Estamos a concentrar a intervenção apenas no trabalho do médico e nos seus actos. E ou outros actos e consultas de Enfermagem e de outros Técnicos? Não devem ser considerados? Não são quantificáveis?
Essencialmente, estamos a falar de falta de coragem para encerrar camas, face aos rácios diminutos de Enfermeiros por Serviço.

Depois deste programa, falado e aberto para o país, depois desta postura da Srª. Ministra da Saúde que contrasta com a realidade que se vive no terreno, com as queixas que profissionais e utentes todos os dias fazem, pergunto, qual vai ser a estrategia (Sindicatos e Ordens) para desmontar esta possível ideia de que parece que está tudo bem e afinal a pressão é só nos Serviços de Urgência?

Não tendo sido frontais a colocar os problemas como a Srª. Enfª. Chefe Ximenez o fez, de que é que se vão queixar a seguir, os Médicos, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e os Assistentes Operacionais? Parece que tudo corre bem! Até trabalhavam, mesmo que não lhes pagassem! Querem reivindicar depois o quê?

“Unidos venceremos. Divididos cairemos.” (Esopo)

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.26


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

"Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres".

Hoje assinala-se o "Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres".

Cortesia: SNS

Em nenhum caso pode ser tolerada a violência contra as Mulheres.

Em nenhum estado, muito menos nos países e nas Sociedades modernas, é completamente inadmissível tal violência e barbárie.

Não podemos tolerar nem admitir este tipo de acontecimentos que inundam todos os dias a nossa vida quotidiana.

NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária. 
2019.11.25

domingo, 24 de novembro de 2019

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

A PENSAR NO SNS….

A PENSAR NO SNS….


Vivemos um tempo deste século XXI, com múltiplos desafios, entre eles, o esforço na investigação para a cura do cancro, a “busca” de novos medicamentos, e as questões ecológicas e aquecimento do planeta com implicações na saúde das pessoas. 

No nosso SNS também se vivem desafios, questionamentos sobre a sua viabilidade e modelos de financiamento, enquanto serviço de resposta às múltiplas necessidades e exigências do Cidadão Português. Com base nas restrições económicas, opções e filosofias políticas, os Profissionais do SNS são frequentemente confrontados com a falta de medicamentos para administrar, falta de material de consumo clínico, infraestruturas degradadas, falta de viaturas para realizar domicílios e serviços desfalcados de recursos humanos, nomeadamente Enfermeiros. Perante tantas lacunas e dificuldades, interessa perguntar: Que valor se quer, se pode, ou se deve dar a este Serviço Nacional de Saúde? Na minha opinião deve-se acrescentar tudo que seja possível, no amplo conceito de valor em Saúde, para o alcance da equidade e da excelência do cuidar.

Recentemente, a Pordata e a Fundação Francisco Manuel dos Santos publicaram um excelente documento, com o rigor que esta instituição já nos habituou, intitulado “Retrato de Portugal na Europa-2019” divulgando alguns indicadores que retratam, a evolução que a Sociedade vai tendo. Ora vejamos: regista-se que a “Esperança de vida à nascença em Portugal para Homens e Mulheres” é de 81,6 anos e na EU (28) é de 80,9 anos. Que a taxa de mortalidade infantil em Portugal é de 2,7‰ e na EU (28) é de 3,6‰. No entanto o número de médicos por 100 mil habitantes em Portugal é de 497 e na EU (28) é de 360 (Não percebi porque não referiram o indicador relativo aos Enfermeiros). O número de camas em hospitais de Portugal por 100 mil habitantes, é de 339 e na EU (28) são 504 camas. Já infelizmente as “despesas das famílias em saúde no total de despesas das famílias”, em Portugal é de 5,1% e na EU (28) é de 4,0%. Pela OCDE, relativamente à comparação com os rácios, no sistema de Saúde Português temos 6,3 Enfermeiros por mil habitantes e a média da OCDE é de 9,3 por mil habitantes. Já a média de Enfermeiros no SNS desce e varia entre 4,2 a 4,3 por mil habitantes. Portanto muito abaixo da média dos países da OCDE como se pode verificar.

Com base apenas nestes indicadores, percebemos que com a esperança de vida a aumentar, as pessoas vão necessitar e exigir mais cuidados de saúde durante mais tempo. A morbilidade ou a comorbilidade também pode ser maior e é, com certeza! As doenças mentais e degenerativas vão ter taxas com algum significado. A permanência em internamentos vai aumentar e terá que haver unidades de retaguarda para dar resposta a estas pessoas em internamentos de curta, média e longa duração, o que implica um rácio de enfermeiros maior, a cumprir as dotações seguras, face à exigência e desgaste que este tipo de cuidados requer e exige. Segundo estudos internacionais, não havendo o cumprimento das dotações seguras e os serviços tendo o número mínimo de Enfermeiros, por cada doente a mais ao cuidado de cada Enfermeiro, a taxa de mortalidade nos hospitais aumenta cerca de 7%. Assustador! Acresce a exaustão e o burnout e a rotura pode ser eminente.

A Ordem dos Enfermeiros deu particular enfase a todas estas necessidades, numa visão não só da actualidade/presente, mas já perspectivando e olhando o futuro. 

Perante a realidade que já se vive e a necessidade de se colmatar as lacunas e carências, esperamos sinceramente que a capacidade de diálogo e de encontro de interesses entre os vários responsáveis governamentais, Ministra da Saúde, e Primeiro-Ministro, com as principais Ordens, nomeadamente Ordem dos Enfermeiros, seja uma realidade, para benefício do SNS, dos Cidadãos, do Poder Político e dos Enfermeiros, também.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.23


Link:

GREVE CIRÚRGICA INICIOU-SE HÁ UM ANO


GREVE CIRÚRGICA INICIOU-SE HÁ UM ANO
ENFERMEIROS DESCONTENTES PREPARAM-SE PARA VOLTAR À LUTA



Foi precisamente há um ano que os Enfermeiros escreveram mais uma página na história contemporânea da Enfermagem. Uma página onde consta a não acomodação, a não resignação, a capacidade de se mobilizarem, de serem capazes de surpreender, inovar e de deixarem hospitais, ministério da saúde, governo, sindicatos e políticos sem saberem como gerir a crise que se agigantou.

Foram meses de programação, de aferição de estratégia, de comparticipações e contribuições monetárias entre Colegas. Uma força de vontade enorme. Resiliência!



Concretizou-se a greve cirúrgica porque os Enfermeiros dos diferentes blocos operatórios tiveram alma, coragem e resiliência. Contaram com o apoio inequívoco de milhares de Colegas. Dois sindicatos possibilitaram a convocação desta greve.

A partir de 22 de Novembro de 2018, nada foi mais igual para o sindicalismo, a convocação de greves e o crowdfunding, que apesar de todos contestarem (Governo, Ministério da Saúde, Presidente da República, juristas e políticos) veio-se a confirmar que nada foi ilegal.



Chegamos ao dia de hoje, com um novo governo eleito, mas a mesma Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido e o mesmo Primeiro-Ministro, Dr. António Costa. Pouco ou nada mudou, portanto!

Hoje, perante toda esta inércia governamental em dar resposta às muitas questões que ficaram por satisfazer, os Enfermeiros pensam em iniciar novas formas de luta.

Penso que é justificada esta equação e este propósito. Mas penso também, que o diálogo deve ser reiniciado/retomado com o actual governo, sem esquecer o que foi o passado.

Defendo sempre, o diálogo, mas um diálogo biunívoco, nunca um monólogo. Defendo um diálogo com propostas e negociações das duas partes e, se tiver que haver cedências, que ocorram também dos dois lados. Se a disposição para o diálogo e negociação só acontecer do lado dos Enfermeiros e não houver disponibilidade concreta, com evolução rápida por parte do Governo e Ministério da Saúde, aí sim, as formas de reivindicação e de luta devem endurecer.

Mas apesar dessas reivindicações e formas de luta acontecerem, uma coisa é certa, os doentes e as suas Famílias nunca serão abandonadas pelos Enfermeiros. Nunca “ninguém ficará sozinho”.



“Unidos venceremos. Divididos cairemos” (Esopo)

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.22 – 19h30

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

DILEMAS DAS LISTAS DE ESPERA (REAIS?) PARA CIRURGIA

DILEMAS DAS LISTAS DE ESPERA (REAIS?) PARA CIRURGIA


No ano passado, aquando da "greve cirurgica" dos Enfermeiros, não faltaram vozes a culpar estes profissionais pelo atraso nas cirurgias, manipulando até dados, para que a mentira se tornasse verdade!

Até o insuspeito (?) Presidente da Associação de Administradores Hospitalares culpava os Enfermeiros pelos atrasos que se verificavam.

A Sra. Ministra da Saúde dizia que ia repor todos os atrasos e resolver as listas de espera.

O que é certo é que com a "greve cirurgica" blocos operatorios que nao trabalhavam de tarde, funcionaram. As listas de espera de oncologia foram reduzidas e até anuladas em alguns casos. Nunca se fizeram tantas cirurgias, como no período da "greve cirurgica".

Passou um ano. A Ministra da Saúde é a mesma, e o Jornal I, na capa de hoje, retrata o estado das listas de espera.

Já hoje na rádio ouvi alguns responsáveis modelarem o discurso, e até admitirem a falta de Enfermeiros.

Fica à avaliação de cada um, e que tirem as respectivas conclusões!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.20 - 07h30

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

DIA EUROPEU DA PROTECÇÃO DAS CRIANÇAS CONTRA A EXPLORAÇÃO SEXUAL E ABUSO SEXUAL 
18 DE NOVEMBRO


sábado, 16 de novembro de 2019

ERRADICAÇÃO DO VÍRUS DA POLIOMIELITE TIPO 3


ERRADICAÇÃO DO VÍRUS DA POLIOMIELITE TIPO 3
  

Transcrevemos de seguida o texto da Direcção Geral de Saúde (DGS), sustentado na Organização Mundial de Saúde, sobre a eliminação do vírus da poliomielite tipo 3.

“OMS anunciou a certificação da erradicação do vírus da poliomielite tipo 3, a nível mundial."


"No dia 24 de outubro de 2019, a Organização Mundial da Saúde, através da Global Commission for the Certification of Poliomyelitis Eradication, anunciou a certificação da erradicação do vírus da poliomielite tipo 3, a nível mundial.

Apenas o vírus da poliomielite tipo 1 permanece em circulação em dois países (Afeganistão e Paquistão).

No continente africano, não foi detetado nenhum tipo de vírus da poliomielite selvagem desde setembro de 2016, podendo vir a obter a certificação de erradicação da poliomielite, em junho de 2020.

A erradicação mundial do vírus da poliomielite tipo 3 é uma grande conquista e constitui um marco importante no caminho para a erradicação de todos os tipos de vírus da poliomielite.”
Fonte: Site da DGS

Link:

Fica bem lembrar que Portugal é um dos países do mundo, com taxas de cobertura vacinal mais elevadas, na prevenção das diferentes doenças/infecções, fruto de uma intervenção e trabalho intenso dos Enfermeiros, quer no passado através das brigadas de vacinação nas escolas e visitação domiciliária, quer actualmente, através da sua vertente de Saúde Comunitária/Saúde Pública/Saúde Familiar.


Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.16 – 18h00

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

DIA MUNDIAL DA DIABETES

DIA MUNDIAL DA DIABETES

                                         Cortesia: Ordem dos Enfermeiros
 
Hoje, dia 14 de Novembro, assinala-se o Dia Mundial da Diabetes.

São inúmeros casos registados. Estima-se que esta doença/"Diabetes Mellitus" possa afectar mais de um milhão de Portugueses. 

É preocupante o aparecimento/diagnóstico em pessoas/crianças em faixas etárias cada vez mais baixas, sofrendo de Diabetes Mellitus Tipo 1.
 

Faça exercício físico. 
Faça uma alimentação regrada e equilibrada. 
Faça uma vigilância activa da SUA SAÚDE. 
Aconselhe-se com um Enfermeiro de Família ou um Médico.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.14

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

RÁDIO OBSERVADOR ENTREVISTA BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS

RÁDIO OBSERVADOR ENTREVISTA BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS

Link:

Uma entrevista da Rádio Observador à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfª. Ana Rita Cavaco, onde mais uma vez fica demonstrado, a clareza do seu discurso, com objectividade, toda a serenidade, frontalidade, sem fugir às questões, clarividente nas suas respostas. Esta, entre outras, as razões porque saiu reforçada na votação que a reelegeu como Bastonária no passado dia dia 6 de Novembro.
Obrigado Srª. Bastonária, porque "para trás nunca mais" e o caminho é lado a lado "orgulhosamente com os Enfermeiros".
Humberto Domingues
2019.11.11 - 21H45

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

ENFERMEIROS REELEGERAM, INEQUIVOCAMENTE, ANA RITA CAVACO PARA BASTONÁRIA


ENFERMEIROS REELEGERAM, INEQUIVOCAMENTE, ANA RITA CAVACO PARA BASTONÁRIA


A Enfª. Ana Rita Cavaco foi reeleita para Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, largamente confirmada nas urnas, com 65,97% dos votos, reforçando o resultado obtido na eleição do anterior mandato. Esta vitória tem uma outra grandeza e por isso com maior expressividade,  porque a abstenção diminuiu bastante, aumentando a base de apoio com o triplo de votos recebidos.

No primeiro mandato que agora termina, inovou e afirmou a importância da Ordem dos Enfermeiros. Liderou e trouxe novamente para a agenda política e para a actualidade os problemas e dificuldades que afectam a maior Classe Profissional do sector da Saúde. Tentou a ponte, a pacificação e a união dos Sindicatos em torno de alguns problemas dos Enfermeiros, mas os Sindicatos, acantonados nas suas directivas partidárias e discursos esgotados, não estiveram à altura deste desafio.

A Enfª. Ana Rita Cavaco, enquanto Bastonária, foi incômoda para o poder político, encarou os problemas e as injustiças de frente, quer com o Governo, quer com os Deputados, dirigindo-se sempre na primeira pessoa, às inverdades e desvirtuações que lhe foram dirigidas, “desmontando” as manipulações e esclarecendo as leituras enviesadas por outros (propositadamente). Daí a perseguição e a tentativa de destruição e descrédito da sua pessoa e imagem. Tão alto e assertivo foi este protagonismo, que fragilizou um Governo e uma Ministra da Saúde, que para demonstrar o seu autoritarismo e poder, apenas teve uma forma para tentar silenciar a Bastonária, instaurando uma Sindicância à Ordem dos Enfermeiros. Mas nem assim o conseguiu!

Pensamos que o próximo mandato da Srª. Bastonária Enfª. Ana Rita Cavaco e da Ordem dos Enfermeiros, continuará a ser a linha da inovação, da defesa intransigente e no empoderamento dos Enfermeiros, na esfera dos poderes, deveres e estatutos da Ordem, de parceira imprescindível, caso o Governo e o Ministério da Saúde assim queiram. E penso que é um erro político, não o querer.

Haverá com certeza, muito trabalho a realizar no próximo mandato, no âmbito dos poderes e competências da Ordem dos Enfermeiros, mas também em diálogo e proximidade com todos os outros “actores” no âmbito da Saúde e da Sociedade Civil.

Com certeza que a Ordem quererá demonstrar e reforçar ainda mais a importância e intervenção dos Enfermeiros no SNS. A importância da Enfermagem no cuidar em saúde, nas suas diversas dimensões, no SNS, na área Social, no Privado/Particular, IPSS’s. A afirmação da Enfermagem e a sua imprescindibilidade no cuidar em saúde e na colocação do seu saber, das novas especialidades e das novas competências acrescidas, ao serviço dos Portugueses, para que daí possam receber melhores cuidados de saúde. A aceitação e o cumprimento das dotações seguras dos/nos Serviços, sejam eles nos Hospitais e Cuidados Primários do SNS, ou nas IPSS’s, Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados ou nos Hospitais privados, é imprescindível para que daí decorram cuidados com qualidade e segurança que todos desejamos, para doentes e profissionais.

Há questões de fundo, ainda pendentes, do mandato anterior no Ministério da Saúde e que merecem continuidade de negociação real, efectiva, a chegada a consenso e que urge resolver. Muitos destes assuntos são da esfera sindical, mas outros têm a ver com a regulação, dignificação, valorização e reconhecimento dos Enfermeiros e esta área, é claramente da intervenção da Ordem.

Esperamos sinceramente que esta eleição, bem sustentada nas urnas, que expressa muitíssimo a vontade dos Enfermeiros, desenvolva a capacidade de reconhecimento e de diálogo de outros, para um encontro de interesses que se traduza numa realidade efectiva para benefício do SNS, dos Cidadãos, do Poder Político e dos Enfermeiros, também.

A verdade dos números confirmou que não pode haver nenhuma causa maior se não se estiver orgulhosamente com os Enfermeiros.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.07

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

ENFERMEIROS REELEGERAM, INEQUIVOCAMENTE, ANA RITA CAVACO PARA BASTONÁRIA

ENFERMEIROS REELEGERAM, INEQUIVOCAMENTE, ANA RITA CAVACO PARA BASTONÁRIA 

A Sra. Enfa. Ana Rita Cavaco foi reeleita para Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, largamente confirmada nas urnas, reforçando o resultado obtido na eleição do anterior mandato. Esta vitória tem outra dimensão grande e ampla e por isso com maior expressividade,  porque a abstenção diminuiu bastante e por outro lado aumentou a base de apoio com o triplo de votos recebido. (ver link de mapas de apuramento provisório no final do texto).


A realidade destes resultados representa uma expressão de apoio inequívoca à actual Ordem dos Enfermeiros.

Foi realmente, uma Vitória orgulhosamente com e pelos os Enfermeiros.

Muito obrigado Sra. Enfa. Ana Rita Cavaco.

Link:
https://www.ordemenfermeiros.pt/media/15956/mapas-de-apuramento-provis%C3%B3rio-002.pdf

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.07 - 07h00

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ENFERMEIROS

NÃO HÁ NA “ENFERMAGEM CAUSA MAIOR” QUE NOS VALHA, SE NÃO ESTIVERMOS “ORGULHOSAMENTE COM OS ENFERMEIROS”

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ENFERMEIROS


É já entre o dia 4 de Novembro, a partir das 00h00 e as 20h00 do dia 6 de Novembro, que os Enfermeiros vão às urnas, pela via digital, para eleger os Orgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros para o quadriénio 2020-2023.

São duas listas candidatas aos Orgãos Nacionais: LISTA – A – “ORGULHOSAMENTE COM OS ENFERMEIROS” e LISTA B – “ENFERMAGEM - A CAUSA MAIOR”.

Destas duas listas, a Lista A concorre a todos os Orgãos Nacionais e Regionais e a Lista B só concorre aos Orgãos Nacionais e Regionais Centro e Norte, em virtude de ter sido excluída, pela Comissão Eleitoral, à Secção Regional do Sul. Ver link no final do texto (comunicado da Comissão Eleitoral).

Para além destas listas A e B, concorrem também e só às Secções Regionais da Madeira e dos Açores, respectivamente, as listas: C – POR UMA ENFERMAGEM POSITIVA e E – “JUNTOS PELA ENFERMAGEM AÇOREANA: COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE”

Não vou tecer considerandos às respectivas listas e candidaturas, em virtude de ser candidato a um órgão da Lista A. Apenas solicitar aos Enfermeiros Portugueses, se me é permitido, que votem. Até porque o processo está facilitado, uma vez que a votação é por via electrónica e pode ser feita a partir de qualquer terminal de computador, desde que o Enfermeiro esteja munido com o “Código Pessoal Secreto” (PIN) que lhe foi enviado via postal para o endereço registado no “Balcão Único” da Ordem dos Enfermeiros. Se por qualquer motivo não o recebeu, pode aceder ao Portal da Ordem dos Enfermeiros e solicitar, conforme instruções, a emissão de um novo código.

Depois de todos os posicionamentos e repúdio manifestados pelos Enfermeiros, devido à actual “Carreira de Enfermagem” imposta pelo anterior Governo, parece-me ser de vital importância uma expressiva votação, possibilitando uma sustentada eleição em termos representativos, qualquer que seja a opção, para diminuir a abstenção registada em actos eleitorais anteriores. Porque a Ordem dos Enfermeiros é a única instituição que pertence a Todos os Enfermeiros e por certo, que a grande maioria dos Enfermeiros, não quererá regressar ao passado. Não é tempo disso!

E por isso não posso também esquecer, pelo passado recente, quem não deixou ninguém sozinho, quem com toda a galhardia lutou ao lado e à frente dos Enfermeiros e deu voz aos Enfermeiros.

Termino como comecei: não pode haver na “Enfermagem Causa Maior” que nos valha, se não estivermos “Orgulhosamente Com Os Enfermeiros”

Caro Colega Enfermeiro, não deixe que outros votem e escolham por si. Vote!

LINK:

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.11.01

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...