domingo, 29 de setembro de 2019

PARA QUE OS ENFERMEIROS NÃO SE ESQUEÇAM…. PARA QUE NÃO HAJAM DÚVIDAS…


PARA QUE OS ENFERMEIROS NÃO SE ESQUEÇAM….
PARA QUE NÃO HAJAM DÚVIDAS…

Link:

A campanha eleitoral, com vista às Eleições Legislativas de Outubro de 2019 está aí e as fake promessas também!

Entendo que os Enfermeiros Portugueses, não podem acreditar no Dr. António Costa, porque em 2015 dirigiu uma mensagem aos Enfermeiros e não cumpriu!

Curiosamente, ao ouvir agora a mensagem de 2015, pode dizer-se que é precisamente o resumo do que o Governo do Dr. António Costa não fez em favor dos Enfermeiros nem do SNS. O Dr. António Costa e o seu Governo agrediram-nos, forçando a emigração, não respondendo às necessidades da Saúde Familiar, Cuidados Continuados e Domiciliários. Prometeu que os Enfermeiros seriam os mais beneficiados no descongelamento da carreira e não aconteceu. Antes pelo contrário, têm uma Carreira publicada em Maio, que é bem pior que qualquer fraco resultado que se pudesse imaginar. Esta “nova” Carreira, apenas introduz pequenas alterações à anterior, continuando a ser redutora, não satisfaz, não traz valorização e ainda por cima, não dignifica nem a própria carreira, nem a profissão. Através dela, os Enfermeiros sofrem uma maior desvalorização remuneratória, profissional e até social. Continua a não dar resposta às inúmeras e justas reivindicações dos Enfermeiros e necessidades do próprio SNS.


Para além da má Carreira de Enfermagem, os Enfermeiros foram insultados e desrespeitados pelo Dr. António Costa, que apelidou a greve dos Enfermeiros de “selvagem e absolutamente ilegal”. Para além disso, questionou e duvidou da proveniência e legalidade de fundos de crowdfunding, para a “greve cirúrgica 1 e 2”

Link:

Decretou a requisição civil dos Enfermeiros, com desvirtuação da realidade, manipulação de dados sobre cirurgias e num pleno exercício do autoritarismo, prepotência e desonestidade política e intelectual, para sustentar a requisição.


A Ordem dos Enfermeiros e a Sua Bastonária foram perseguidas e houve tentativa de vilipendiar esta instituição em praça pública. As contagens de pontos para as progressões têm sido surripiadas. Foi feita uma campanha negra sobre o crowdfunding aquando da “greve cirúrgica” 1 e 2, que agora a ASAE vem dar razão aos Enfermeiros. 

Por onde param os pedidos de desculpa aos Enfermeiros?


Ora, Os Enfermeiros não podem confiar nem acreditar no Dr. António Costa.

Constatamos através de factos e registos, que esta verdade é incontornável e por isso, a palavra do Dr. António Costa não foi honrada.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.29 – 21h00

sábado, 28 de setembro de 2019

ENFERMEIROS PORTUGUESES NÃO PODEM ACREDITAR NO DR. ANTÓNIO COSTA


ENFERMEIROS PORTUGUESES NÃO PODEM ACREDITAR NO DR. ANTÓNIO COSTA

Meu artigo de opinião

Link:
https://www.correiodominho.pt/cronicas/enfermeiros-portugueses-nao-podem-acreditar-no-dr-antonio-costa/11375


A campanha eleitoral, com vista às Eleições Legislativas de Outubro de 2019 está aí e as fake promessas também!

O Dr. António Costa já prometeu que a função pública vai ter aumentos e o Serviço Nacional de Saúde-SNS vai ser uma prioridade, se o PS ganhar as eleições de Outubro e ele for eleito Primeiro-Ministro.

Entendo que os Enfermeiros Portugueses, não podem acreditar no Dr. António Costa, porque em 2015 dirigiu uma mensagem aos Enfermeiros (ver link no final do texto) e não cumpriu. 

Link:


Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.28 - 09h30

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ENTREVISTA À SRA. ENFA. ANA RITA CAVACO - BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS

ENTREVISTA À SRA. ENFA. ANA RITA CAVACO - BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS - À "SAÚDE MAIS TV"

Excelente momento de informação. Respostas concisas e de clarividência da Sra. Bastonária Enfa. Ana Rita Cavaco.

Link:
https://www.saudemais.tv//video/123126-corpo-clinico-t05-e005-02

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

TANCOS, PRESIDENTE DA REPUBLICA E O PAPAGAIO MOR

TANCOS, PRESIDENTE DA REPUBLICA E O PAPAGAIO MOR


A política nas mais altas esferas, para ser devidamente praticada, tem que ter sempre, muita intriga, meias mentiras e meias verdades, as tais fake news, cinismo e hipocrisia.

Os dias de hoje são riquíssimos nestes “condimentos” todos.

Vejamos esta oportunidade “raríssima”, nesta ante-câmara das Eleições Legislativas:
  1. PS a descer nas sondagens e a fraca “endurance” do Primeiro-Ministro Dr. António Costa nos debates;
  2. Os problemas, subfinanciamentos e despesa na Saúde são públicos, concretamente com o excessivo volume de horas extraordinárias a serem pagas, para poder ser assegurado o funcionamento dos serviços; 
  3. Derrota do PS nas Eleições Regionais da Madeira;
  4. Arrufos do Bloco de Esquerda com o Partido Socialista;
  5. Ausência do País, de Sua Excelência o Presidente da República;

Muitos ingredientes, para um “caldo” apetitoso de intriga, desvio de atenções, encenações e oportunidade única de envolver o Presidente da República neste caso paradigmático de “Tancos e o roubo de armamento”, para o enfraquecer.

Ao ponto que isto chega, quando Sua Excelência o Presidente da República, em Nova Iorque, tem de prestar declarações à imprensa, sobre assuntos caseiros, mas para afirmar que “não é criminoso”! Vejam esta afirmação, com esta acutilância, termos usados e as implicações que tem/pode ter, quando o Chefe do Estado e simultaneamente Chefe Supremo das Forças Armadas (de um País da NATO) tem que se defender nestes termos, estando subjacente “nesta acusação” o epíteto “papagaio mor”!

Os corredores da política estão cheios de alçapões, labirintos, de falsos afectos e selfies desfocadas!


“Investigue-se tudo. Doa a quem doer!” Dizia o Sr. Presidente da República. Pois... mas a escandaleira chegou até à Presidência da República... 

Chegarão a público, antes das Eleições Legislativas, os resultados da investigação e acusação do Ministério Público, sobre o “roubo” e aparecimento do armamento de Tancos? Será esta a causa desta intriga tentando envolver o Sr. Presidente da República?

Aguardemos para ver o desenrolar deste assunto com um “odor” já muito intenso….. 

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.25 – 22h00

REGULAMENTO - CALCULO DE DOTAÇÕES SEGURAS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

REGULAMENTO DA NORMA PARA CALCULO DE DOTAÇÕES SEGURAS DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM


Foi hoje publicado em Diário da República, na 2a. Série,  o Regulamento 743/ 2019, que estabelece o "cálculo de dotações seguras dos Cuidados de Enfermagem", nas diferentes aéreas, servicos/unidades, intervenções e especialidades.

Em boa hora a Ordem dos Enfermeiros publica esta norma, o que vem possibilitar e facilitar, em função dos cálculos e da população/cidadãos/utentes que servimos, o quanto as diversas unidades estão com déficit de Enfermeiros.

Mais! Este Regulamento agora publicado, para além do déficit, pode demonstrar a necessidade de recorrer a horas extraordinárias para manter os serviços com presença física dos Enfermeiros e a funcionar, para além das 35 horas semanais, a que estamos obrigados a cumprir.

Em boa hora chega este Regulamento, para tambem responsabilizar Enfermeiros Directores, Chefes e Coordenadores para a realidade dos Serviços. Uma responsabilização extensiva aos Conselhos de Administração das diversas Unidades de Saúde,  que a partir de agora não podem ser alheios a esta realidade.

Link:

Humberto Domingues 
Enf. Espec. Saúde Comunitária 
2019.09.25 - 13h00



domingo, 22 de setembro de 2019

FALTA DIMENSÃO POLÍTICA À SRA. MINISTRA DA SAÚDE PARA PEDIR DESCULPA PÚBLICA AOS ENFERMEIROS

FALTA DIMENSÃO POLÍTICA À SRA. MINISTRA DA SAÚDE 
PARA PEDIR DESCULPA PÚBLICA AOS ENFERMEIROS


A "ASAE" veio confirmar que não houve nenhuma fraude no crowdfunding que os Enfermeiros organizaram, aquando das "Greves Cirúrgicas 1 e 2".

Na altura das respectivas greves e do crowdfunding a Sra. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido nas suas declarações públicas, por varias vezes questionou a legalidade das greves e também o financiamento através do crowdfunding.


Hoje, sabe-se e confirma-se, após esta investigação e resultado da ASAE, que tudo (crowdfunding) foi legal.

Perante esta conclusão da ASAE, e confrontando com todas as declarações que foram proferidas, essencialmente pelos responsáveis políticos – Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, Primeiro-Ministro Dr. António Costa e também Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa – o mínimo que se pode exigir a estas individualidades, é um pedido de desculpas público, da mesma forma que criticaram o “crowdfunding”. Os Enfermeiros aguardam essa manifestação de humildade, dimensão política e seriedade.

Aguarda-se que haja essa dimensão política e de humildade para verbalizarem esse pedido de desculpas pela avaliação errônea que protagonizaram.


"Juntos somos mais fortes." Assim queiramos e saibamos sê-lo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.22 - 20h00

sábado, 21 de setembro de 2019

PELA ESCRITA DO PROF. DOUTOR GARCIA PEREIRA "UM GOVERNO À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS (GREVE DOS ENFERMEIROS)

PELA ESCRITA DO PROF. DOUTOR GARCIA PEREIRA
"UM GOVERNO À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS (GREVE DOS ENFERMEIROS)


Em mais um artigo, numa escrita clara, lucida e transparente, o Sr. Professor Doutor Garcia Pereira deixa bem claro, as razões dos Enfermeiros no desenvolvimento das suas lutas e como estas mais recentes deixaram o "Governo à beira de um ataque de nervos", bem como tudo que foi utilizado para destruir os Enfermeiros e a sua luta.

Um artigo interessante de ler e que pode servir de exemplo para outras classes profissionais que se queiram libertar das garras dos tradicionais sindicatos.

Transcrevo tão elucidativo texto:

"Os últimos acontecimentos verificados a propósito da greve dos enfermeiros, da requisição civil decretada pelo Governo e da gigantesca campanha de manipulação levada a cabo pela sua “tropa de elite” de comentadores e opinantes, não devem permitir que deixemos de ver o que é essencial e, sobretudo, que deixemos de reflectir sobre aquilo que está aqui verdadeiramente em causa.
Creio, assim, que se impõe revisitar, ainda que de forma um pouco extensa, uma série de pontos, relevantes e reais, que são precisamente aqueles que o Governo do Sr. Costa e os seus apoiantes precisamente não querem que se discutam e aclarem aos gritos demagógicos de “eu sou pela vida!”, de “não admito greves que ponham em causa a vida e a saúde dos doentes!” e de “eles (os enfermeiros) estão ao serviço de interesses inconfessáveis e querem é destruir o Serviço Nacional de Saúde!”.
1) Reivindicações
Os enfermeiros são uma classe profissional profundamente preocupada, dedicada e empenhada nos cuidados de saúde dos pacientes a seu cargo. E as suas reivindicações são essencialmente quatro, e todas elas inteiramente justas”:
  1. Equiparação de vencimento aos outros técnicos superiores da saúde com habilitações literárias idênticas, como os farmacêuticos, os psicólogos e os nutricionistas (os quais têm vencimentos iniciais de 1.600€ mensais, enquanto os enfermeiros, mesmo que com mestrado ou até doutoramento, têm 1.200€);
  2. a recuperação da carreira (em termos de categorias) destruída há cerca de 10 anos por outra Ministra da Saúde (Ana Jorge) de um outro governo do PS, com o reconhecimento quer de 3 categorias, correspondentes aos diferentes níveis de responsabilidade, quer, também, da respectiva remuneração. O Governo diz que está a fazer isso, mas a verdade é que a grelha que quer aprovar, em termos salariais, representa 0 de valorização salarial já que a diferença entre um enfermeiro e um enfermeiro especialista será de 150,00€, que é exactamente aquilo que desde 2018 e por força da luta, em 2017, dos enfermeiros especialistas, já é pago a estes a título de “suplemento”;
  3. uma carreira justa também em termos de evolução de imediato e de futuro, já que, com a proposta do Governo, os enfermeiros – que, relembre-se, hoje estão praticamente todos (mais de 90%) na base da carreira, recebendo 1.201,48€ brutos mensais, tenham eles 1, 5, 10 ou mais de 20 anos de profissão! – terão 11 níveis de evolução, levando em média 10 anos para subir de nível (o que significa um século para atingir o topo da carreira!?);
  4. a idade da reforma aos 57 anos, devido à elevada carga física com procedimentos técnicos e físicos muito exigentes, à movimentação de pesos muitas vezes superiores ao próprio peso, ao risco de contaminação, à penosidade resultante do excesso de carga de trabalho (há muitos serviços que só funcionam com os enfermeiros a prestarem regularmente horas extraordinárias em cima das horas normais), dos turnos, e da impossibilidade prática de os enfermeiros mais velhos serem dispensados dos turnos e do trabalho nocturno, e enfim à dureza psicológica decorrente do contacto permanente com a dor, o sofrimento e até a morte dos pacientes a seu cargo.
2) No tempo do Passos Coelho os enfermeiros estavam calados?
As reivindicações antes referidas – ao contrário do que se tem ouvido dizer – são um “ponto de partida” negocial e já são antigas, tendo sido sucessivamente apresentadas aos diversos governos, e designadamente ao de Coelho/Portas. Mas foram assumindo cada vez mais premência quer com o agravamento progressivo das condições de trabalho dos enfermeiros nos últimos anos, quer com a sistemática postura dos diversos ministros da Saúde, em particular os últimos (Paulo Macedo, Adalberto Campos Fernandes e Marta Temido), consistente em fazerem contínuas e públicas declarações de “disponibilidade para o diálogo”, mas depois, e na prática, se recusarem a negociar de forma séria o que quer que fosse. O saco dos enfermeiros foi assim enchendo e enchendo até que, como era inevitável, um dia transbordou de vez. E foi o que agora aconteceu.
Mas se a dignidade e as condições mínimas adequadas ao exercício da profissão de enfermeiro foram assim sendo sucessivamente degradadas ao longo dos últimos 10/15 anos, a verdade é que essa degradação se acentuou de forma muito particular a partir de 2017.
É que Portugal é, segundo os dados da própria OCDE, o país com menor número de enfermeiros por 100.000 habitantes (4,2), quando a média geral é de 9,2. Há, como já referido, inúmeros serviços que apenas conseguem funcionar com um esforço sobre-humano dos enfermeiros, trabalhando as horas dos seus turnos mais uma coisa inconcebível que são as chamadas “horas extraordinárias programadas” (ou seja, horas extra, não para fazer face a situações excepcionais, mas sim como meio “normal” de suprir necessidades, violando assim o próprio conceito legal de horas extraordinárias).
Ora, face a esta situação, o Governo de Costa tem, de forma manipulatória, anunciado que tem contratado mais enfermeiros, mas sem que isso represente afinal mais enfermeiros ao serviço. Como é tal possível? É, infelizmente, bem simples. Por exemplo, até 2017 um determinado serviço funcionava com 15 enfermeiros, sendo 10 dos quadros (e cujos salários constam assim das “remunerações de pessoal”) e 5 contratados através de empresas prestadoras de serviços (e cujos valores entravam pela rubrica, não de salários, mas de “serviços” do Hospital). Com a declaração da inconveniência ou até da ilicitude deste tipo de contratação, esses enfermeiros foram mandados embora, e o Governo contratou então para os quadros (apenas) mais 2. E, assim, a Ministra da Saúde pôde, mais uma vez, intoxicar a opinião pública proclamando que até aumentou em 20% (de 10 para 12) o número de enfermeiros daquele serviço, quando na realidade eles diminuíram de 15 para 12!
3) O “perigo” dos novos sindicatos
A chamada “greve cirúrgica” decretada pelas 2 associações sindicais, o Sindepor e a ASPE, é uma greve que perturba profundamente o Poder. E não só o Governo como também os Sindicatos tradicionais, desde logo porque, não tendo aqueles sindicatos elos de ligação político-partidária, as formas de controle habitualmente usadas pelos partidos da área do Poder (como, por exemplo, o telefonemazinho para o dirigente do sindicato ou da confederação sindical para que trate de acalmar as respectivas bases…) aqui não funcionam. E os novos sindicatos, que já não se satisfazem com uns protestos simbólicos à porta do Ministério ou com umas formas de luta totalmente inócuas (como os abaixo-assinados, as cartas abertas ou até as greves às sextas-feiras de tarde), são perigosos, quer para o Governo, quer para os sindicatos tradicionais, que assim veem as lutas e os trabalhadores nelas empenhados escaparem ao seu controle. E, desesperados, não raras vezes se juntam até à entidade empregadora para atacar e discriminar os outros sindicatos. Não nos esqueçamos de que já vimos este “filme” nas recentes lutas dos professores e dos estivadores (como sucedeu com o STOP e o SEAL a serem atacados e até, no primeiro caso, excluídos das negociações, quer por patrões quer por outras associações sindicais!).
É este autêntico pavor por a luta dos enfermeiros ter escapado ao controle dos ditos sindicatos “tradicionais” que leva não só o Governo do Sr. António Costa ao desespero e ao frenesim no ataque a essa mesma luta, como à complacência, senão à cumplicidade, com esses ataques, e inclusive com a própria requisição civil, por parte dos mesmos sindicatos “tradicionais”.
4) Porque não cede o Governo?
António Costa e o seu Governo são bem sabedores de que têm inúmeros outros trabalhadores a atingirem o ponto de saturação quanto ao espezinhamento dos seus direitos e às contínuas falinhas mansas do diálogo sem qualquer conteúdo real e concreto. Desde os próprios médicos e outros trabalhadores da Saúde até aos diversos profissionais do sector da Justiça, da Administração Interna, das Finanças, etc., para já não falar dos trabalhadores do sector laboral privado que constatam que o Governo não quer mexer uma palha nas mais gravosas medidas da Tróica, como a da facilitação e drástico embaratecimento da contratação precária e dos despedimentos colectivos, por extinção do posto de trabalho e por inadaptação, bem como a da caducidade da contratação colectiva.
E, por isso mesmo, Costa quer a todo o custo destruir esta greve, seja de que forma for, para passar a mensagem aos outros trabalhadores de que “quem se mete com o Governo PS, leva!” (lembram-se desta frase de Jorge Coelho?) e de que nem pensem em fazer greves e/ou recorrer a formas de financiamento colaborativo como forma de combater a arma anti-greve favorita dos patrões que é a asfixia financeira).
O empenho difamatório, persecutório e ameaçador das actuações do Sr. António Costa e do seu governo têm aí a sua razão principal. E todos os trabalhadores do país devem ver hoje nos enfermeiros aquilo que o Governo lhes reserva para amanhã, quando se fartarem em definitivo das tais “falinhas mansas” sem conteúdo e das lutas “folclóricas” e se dispuserem a combater a sério.
5) “Mas eles até queriam negociar…”
É cada vez mais óbvio que, desde o primeiro momento, aquilo que o Governo quis foi “acabar com a greve dos enfermeiros” (para usar a própria terminologia da Ministra da Saúde em instruções aos Conselhos de Administração hospitalares) por meio da requisição civil. Aqui vão alguns factos, indesmentíveis, que inteiramente o comprovam:
  1. O Governo começou por pedir, no final do ano passado, um primeiro parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, quer sobre a licitude da greve, quer sobre a questão de saber se o Governo poderia decretar a requisição civil dos enfermeiros fora da verificação de um quadro de reiterado incumprimento dos serviços mínimos. E, ao mesmo tempo, iniciou uma intensa campanha de propaganda disfarçada de “abalizadas opiniões jurídicas”, sustentando e passando para a opinião pública a ideia de que a requisição civil, mesmo sem incumprimento de serviços mínimos, era legal e constitucionalmente possível;
  2. como o dito Parecer (o nº 35/2018, que terá sido aprovado ainda em Dezembro de 2018, mas só foi publicado em 19/2 no Diário da República, embora com data de 18/2) não lhe fosse favorável, declarando que os elementos fornecidos pelo Governo “não são suficientes (…) para se concluir pela ilicitude da greve” e ainda que “o Governo só poderá recorrer à requisição civil dos enfermeiros nos termos do Dec. Lei nº 637/74, de 20/11, caso se verifique um reiterado incumprimento ou cumprimento defeituoso dos serviços mínimos estabelecidos”, o que fez o Governo? Meteu na gaveta o dito “Parecer”, e tratou de, entretanto, forjar fundamentos para um “Parecer complementar” que viesse então ao encontro dos seus desejos!
6) Cirurgias URGENTES adiadas por causa da greve dos enfermeiros?
Seguiu-se então o verdadeiramente inaudito, com o adiamento de intervenções cirúrgicas a ser atribuído (nomeadamente em conversa com os doentes e seus familiares, naturalmente indignados com a situação tal como ela lhes era narrada) à greve dos enfermeiros, inclusive em estabelecimentos hospitalares onde não houve sequer greve (caso do Amadora-Sintra e de Leiria) ou então em hospitais onde essa não realização dos actos cirúrgicos foi propositadamente criada.
De que forma? Designadamente através dos expedientes de, como sucedeu nos Hospitais de S. João no Porto e Universitário de Coimbra, na altura da greve e da prestação dos serviços mínimos, se alargarem os programas cirúrgicos que estavam anteriormente delineados para uma extensão que nem com o funcionamento normal dos serviços seria possível cumpri-los. Ou ainda de se alterarem, em cima da hora, as classificações de prioridade dos doentes e depois, face à impossibilidade assim criada de serem intervencionados, mandá-los para casa porque… “a culpa é dos enfermeiros em greve”. Isto, ao mesmo tempo que sucedia (mesmo já em requisição civil, mas também antes dela) os equipamentos e os enfermeiros estarem prontos para a realização de actos cirúrgicos na parte da tarde e, todavia, os mesmos não se realizarem nesse período do dia (como, por exemplo, sucede, e desde há décadas, no Hospital de Viseu, ou seja, que não se fazem cirurgias nas sextas-feiras da parte da tarde).
7) As suspeitas acerca do Crowdfunding
O Governo foi também lançando, através dos “especialistas” governamentais da contra-informação, as insinuações de que o tal fundo de greve estaria a consistir em donativos de origem duvidosa, designadamente de associações políticas ou profissionais ou, sobretudo, de grupos privados da Saúde, que assim pretenderiam fazer concorrência desleal e destruir o Serviço Nacional de Saúde. E, mais do que isso, fez mesmo despertar dum longo e letárgico sono a ASAE para, qual seu “braço armado”, vir realizar ao referido fundo dos enfermeiros uma inspecção (que foi, não por acaso e muito significativamente, a primeira desde que ela está legalmente prevista e regulamentada).
E, assim, intencional e perversamente se preparou e se possibilitou aos usuais comentadores e opinantes, bem como aos sempre activos trollsdas redes sociais, começarem a propalar: “malandros dos enfermeiros. Afinal eles estão ao serviço de grupos privados da Saúde e estão a ser financiados por eles para acabar com o SNS!”.
É claro que o facto de rigorosamente nada permitir suportar semelhantes aleivosias e de o próprio site da Plataforma patentear que não havia donativos alguns dessa natureza e origem duvidosas – tal como depois noticiou o Expresso do passado Sábado, 16/2 – já não interessou nada, pois que a manobra (e a eficácia) da calúnia estava irreversivelmente lançada.
E nenhum dos caluniadores apareceu depois a retratar-se nos órgãos da mesma comunicação social que antes os promovera.
8) A novela dos Pareceres
Depois de o Governo ter finalmente decretado aquilo que desejava desde o primeiro momento, ou seja, a requisição civil, mas sem indicar, como devia, na fundamentação da respectiva Resolução do Conselho de Ministros um único facto concreto do alegado incumprimento dos serviços mínimos – incumprimento esse que os enfermeiros sempre negaram veementemente – o que se seguiu ainda foi mais inaceitável e inacreditável.
É que, entretanto, o Sindepor apresentou na segunda-feira 11/2, no Supremo Tribunal Administrativo, um processo administrativo especial e urgente para a protecção do direito fundamental à greve, o qual – uma vez mais contra a posição dos “especialistas” próximos do Governo – foi liminarmente aceite, sendo ordenada a citação do Governo e do Ministério da Saúde para contestarem em 5 dias, ou seja, até terça-feira 19/2.
Ora, não só continuaram então as manipulações dos programas cirúrgicos e as alterações da atribuição das prioridades, como se mantiveram as tais insinuações sobre o financiamento colaborativo.
Tudo isto até que na sexta-feira 15/2, ou seja, com o referido processo judicial a decorrer, vemos a ministra da Saúde convocar para as 19h45 uma conferência de imprensa (que depois prolongou cirurgicamente lá bem para o meio dos telejornais) e a aparecer, triunfantemente, a invocar que já proferira um despacho a homologar um (novo) Parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, o qual considerava a greve ilícita por questões relativas quer ao pré-aviso, quer ao financiamento, e ainda que – pasme-se! – “a ilicitude da greve está fixada”, pelo que a mesma tinha que acabar, procurando assim antecipar-se e substituir-se aos Tribunais e arrogando-se uma competência que, nos termos do artigo 205º da Constituição, só estes, e não de todo o Governo, têm, ou seja, a de declarar a ilicitude de actos ou situações.
Mas há mais ainda! É que, neste jardim à beira mar plantado que cada vez mais parece uma verdadeira “república das bananas”:
  1. O dito 2º Parecer aparece publicado na terça-feira 19/2 (ainda que com data do dia anterior), bem como o 1º Parecer, que permanecera fechado a sete chaves, mas já não era possível ignorar e cuja data, pasme-se, está truncada, pois o texto publicado no Diário da República refere: “Este Parecer foi votado na sessão do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República, de … de fevereiro de 2019” (sic), assim não permitindo saber com precisão quantos dias durou a respectiva “quarentena”;
  2. é publicado também um despacho de homologação (o nº 1741-A/2019), mas da autoria do Primeiro Ministro, e que afinal é restrito à “parte relativa dos fundos de greve e às conclusões aí extraídas quanto à ilicitude de uma greve financiada através do recurso a mecanismos de financiamento colaborativo (crowdfunding)” (sic);
  3. o alegado – e publicamente anunciado nas televisões na sexta-feira 15/2 – despacho de homologação da Ministra da Saúde nãoé publicado e desaparece de circulação, e quando questionados pelos jornalistas sobre o que afinal se passava, os Serviços do Ministério respondem que ele não tem que ser publicado. Voltamos assim ao tempo dos despachos secretos de antes do 25 de Abril…;
  4. o dito 2º Parecer do Conselho Consultivo não só confunde, tão manifesta quanto lamentavelmente, as regras relativas ao funcionamento das associações sindicais (constantes do artº 405º do Código do Trabalho) com as regras legais de fundos de solidariedade ou do financiamento colaborativo levados a cabo por grupos de cidadãos (a já citada Lei nº 102/2015), como se permite um juízo opinativo da pretensa ilicitude da greve, com base – pasme-se! – em meras suposições ou suspeições (as tais da “campanha negra”), invocando que “pode vir a apurar-se a existência de donativos que são ilícitos, por violarem o disposto no artº 405º, nº 1 do Código do Trabalho ou outras normas ou princípios que vigoram no nosso ordenamento jurídico” (sic, 21ª conclusão), e que “a ilicitude desses donativos poderá provocar a ilicitude da greve caso se demonstre que estes, pela sua dimensão, foram determinantes dos termos em que a greve se desenrolou” (sic, 22ª conclusão).
Ou seja, dizem os doutos juristas da PGR que, como não sabem se houve ou não donativos ilícitos e se foi por causa deles que os grevistas fizeram aquela greve, então a mesma greve é ilícita! Novo regresso ao 24 de Abril, com a teoria do: “como não sei se fizeste ou não, então concluo que fizeste e que, deste modo, a tua conduta é ilícita”.
O que, aliás, não espanta, quando um dos autores do dito 2º Parecer, Eduardo André Folque da Costa Ferreira, se permite produzir esta verdadeira “pérola” do mais absoluto reaccionarismo:
“Em situações de limite, como a desta greve, há que refletir sobre a definição de mínimos nos serviços públicos essenciais, porventura reservando ao Governo a última palavra, em lugar de permanecer confiada a tribunais arbitrais desvinculados da prossecução do interesse público.”.
Por fim, convirá dizer que o dito Despacho homologatório do Primeiro Ministro – proferido sobre o parecer relativo à 1ª greve terminada em 31 de Dezembro e restrito à questão do crowfunding– constitui apenas uma interpretação oficial para os serviços, mas não para os trabalhadores que se encontram no exercício do direito fundamental à greve (como bem opinou, entretanto, contra os especialistas próximos do Governo, o Prof. Vieira de Andrade), não tem eficácia vinculativa externa, nem tem natureza normativa (não é lei!) nem jurisdicional (não é sentença) e não se pode de todo substituir à decisão dos Tribunais.
É claro que a “pólvora sem fumo” que o Governo julgou ter descoberto, mas que padece de inúmeras irregularidades e ilegalidades, foi logo tão abusiva quanto convenientemente amplificada para: “PGR decreta que a greve dos enfermeiros é ilícita!”. E de imediato transformada em instruções urgentes para se “acabar com a greve dos enfermeiros”, ameaçando-os com o corte das retribuições, com a marcação de faltas injustificadas e com processos disciplinares visando inclusive o seu despedimento.
E visa de igual modo criar uma intolerável pressão sobre os Juízes do Supremo Tribunal Administrativo para que não ousem proferir uma decisão desfavorável ao Governo sob pena de, se o fizerem, logo “levarem”, ou seja, serem acusados também de permitir o sofrimento e até a morte de doentes!
9) Concluindo…
A fúria persecutória do Governo parece assim não ter limites e decorre de todas as razões já atrás enunciadas. Mas nada tem que ver com a vida ou a saúde dos doentes, com cujas listas e tempos de espera o Governo e a Ministra da Saúde nunca se preocuparam até à primeira greve dos enfermeiros. E cuja existência real até procuraram falsear através de manipulações estatísticas e de apagões informáticos operados pela chamada ACCS – Autoridade Central dos Cuidados de Saúde no período de 2014-2016, e detectadas e denunciadas no Relatório da Auditoria da 2ª secção do Tribunal de Contas nº 15/2017, de 17/10/2017, no tempo em que tal Autoridade era presidida precisamente pela actual Ministra da Saúde.
E, já agora, em 2016 faleceram cerca de 2.600 doentes à espera de uma intervenção cirúrgica sem que o Governo do Sr. Costa tenha decretado qualquer requisição civil contra si próprio. E sem que a grande maioria das pessoas que agora tão violentamente se insurgiu contra os enfermeiros tivesse então feito sequer algo de semelhante em nome do direito à vida!
Mas se já Gil Vicente foi certeiro ao dizer que “se queres ver o vilão, mete-lhe a vara na mão”, não é menos verdade que mesmo os maiores gigantes têm pés de barro e quem se habitua a mentir e a cuspir para o ar, inevitavelmente, acaba um dia afogado pelo próprio cuspo!
Concorde-se ou não com a greve de fome de Carlos Ramalho, Presidente da Direcção do Sindepor, o certo é que ela é a expressão de uma vontade de dignificação de uma classe que luta há bem mais de 10 anos e que esgotou todas as formas de luta “fofinhas”. Trata-se de um enfermeiro que sente que está a lutar, não apenas por si próprio e pela sua classe, mas sobretudo por todos os cidadãos que precisam do SNS.
Termino assim com um apelo, e um apelo muito sentido: não se despojem nunca do vosso espírito crítico. Examinem as questões com seriedade e profundidade, não alinhando nem em “bocas” nem, muito menos, em insultos ou campanhas negras de homicídio de carácter. Não aceitem como legítimas a manipulação e a contra-informação. Verifiquem sempre os factos. Debatam todas as questões até ao fundo e não aceitem que esse debate seja substituído pelos chavões e sound bitesrepetidos até à exaustão por quem não tem qualquer argumento.
Quem, como os enfermeiros, tem a Justiça e a Verdade do seu lado, sabe que um dia lhes será reconhecida a razão!
António Garcia Pereira"
Muito obrigado Senhor Professor Doutor Garcia Pereira.

Caros Colegas Enfermeiros, não esqueçamos, nunca, mesmo nunca:
Juntos seremos sempre mais fortes! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.21 - 14h00

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ENFERMEIROS SABEM RESPEITAR PRECEITOS LEGAIS


ENFERMEIROS SABEM RESPEITAR PRECEITOS LEGAIS
“ASAE aprova crowdfunding da greve cirúrgica dos enfermeiros”



Hoje, 2019.09.20, o Jornal Expresso noticia que a “ASAE aprova crowdfunding da greve cirúrgica dos enfermeiros”. Vários outros órgãos de Comunicação Social também noticiam o mesmo assunto.

Esta verdade tardou a chegar à Comunicação Social e por isso, a ser do conhecimento público. Mas para os Enfermeiros, não havia nenhuma dúvida! Esta é a confirmação da conduta, da verdade, mas também, da afirmação da seriedade, transparência e da responsabilidade desta Classe Profissional, no respeito pela legalidade.

Interessa recordar que, durante a organização da “Greve Cirúrgica 1 e 2” período este pelo qual se desenvolveu o crowdfunding, foram ditas alarvidades, insultos e feitos juízos de valor, por inúmeros comentadores, políticos e inúmeras personalidades responsáveis de vários serviços e instituições, tendo proferido declarações e comentários irascíveis, pondo em causa a legalidade deste processo de financiamento, bem como a proveniência, legalidade e transparência dos donativos.

O Ministério da Saúde e o Governo, pelos seus amanuenses (do costume), também contribuíram para a tentativa de desacreditar desta legalidade, praticada pelos Enfermeiros. Insultos, declarações descontextualizadas de rigor e de conhecimento, desvirtuadas e manipuladas, etc., tudo serviu para confundir a Sociedade, amedrontar os Enfermeiros e mais uma vez, tentar impor as suas regras, pouco democráticas, para retirar expressão à dimensão das Greves Cirúrgicas e menorizar um acto inédito que uma Classe Profissional, pela primeira vez em Portugal, fora da deriva e diretrizes dos Sindicatos, levou a efeito. Os Sindicatos também não gostaram e até o insuspeito Partido Comunista (CGTP e SEP) criticaram e menosprezaram este “crowdfunding”.

Perante esta conclusão da ASAE, e confrontando com todas as declarações que foram proferidas, essencialmente pelos responsáveis políticos – Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, Primeiro-Ministro Dr. António Costa e também Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa – o mínimo que se pode exigir a estas individualidades, é um pedido de desculpas público, da mesma forma que criticaram o “crowdfunding”. Os Enfermeiros aguardam essa manifestação de humildade e seriedade.

Fica aqui uma palavra de agradecimento para os Colegas que geriram o “crowdfunding”, bem como, para todos os contribuintes para o mesmo.

Obrigado Enfermeiros Portugueses!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.20 – 22h00

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

PROFESSOR DOUTOR GARCIA PEREIRA MOSTRA COM CLAREZA O ATROPELO À LEI NA SINDICÂNCIA À ORDEM DOS ENFERMEIROS


PROFESSOR DOUTOR GARCIA PEREIRA MOSTRA COM CLAREZA
O ATROPELO À LEI NA SINDICÂNCIA À ORDEM DOS ENFERMEIROS

Através deste artigo do Sr. Prof. Doutor Garcia Pereira, podemos perceber melhor a dimensão da “encomenda”, do atropelo à lei e do não respeito pelos princípios legais, na Sindicância à Ordem dos Enfermeiros, “decretada” pela Srª. Ministra da Saúde e “executada” por senhores Inspectores da Inspecção Geral da Actividades em Saúde (IGAS). Ver link no final do texto.

Assim, pelo que é descrito, podemos e devemos questionar a quem serve este tipo de atitudes pidescas e autoritárias, desenvolvidas e praticadas pelas entidades acima referidas na ”Sindicância”? De que forma pode ser reparada, reposta, compensada e indemnizada devido à difamação, aos prejuízos, ao achincalhamento e a devassa produzida à Ordem dos Enfermeiros, à Srª. Bastonária Enfª. Ana Rita Cavaco e à Classe de Enfermagem em geral?

Face a estes desmandos todos, cabe ou não agir judicialmente contra estes “actores” dos malefícios causados à Ordem dos Enfermeiros? Para mim, não podem ficar impunes!

Para além de tudo, merece total reprovação, a atitude política, o autoritarismo, a perfídia e a leviandade, com que tal actos foram produzidos. Merece maior reprovação a conivência do Governo e o silêncio de Sua Excelência o Presidente da República, perante este atropelo à democracia e ao direito.

Muito obrigado Senhor Professor Doutor Garcia Pereira por tornar tudo mais claro, perceptível, e nos conseguir mostrar a dimensão dos desmandos deste Ministério da Saúde e deste “Governo Geringonçado”.

Um artigo a ser lido por todos (Enfermeiros e não Enfermeiros) e depois, que cada um, de forma isenta, tire as suas conclusões.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.19 – 19h30

LINK:
http://www.noticiasonline.eu/o-ataque-a-ordem-dos-enfermeiros-santa-inspeccao-ou-santa-inquisicao/?fbclid=IwAR07FKswYPlJSzCqkC16g0BXq7gZqlrLmeUIWNEgr5yY-S1MgG_DhZzf5tM

terça-feira, 17 de setembro de 2019

CARREIRA DE ENFERMAGEM/ENFERMEIROS FORA DA AGENDA POLITICA, INFELIZMENTE

CARREIRA DE ENFERMAGEM/ENFERMEIROS FORA DA AGENDA POLITICA, INFELIZMENTE

No debate Rui Rio/António Costa, no âmbito da Saúde, o problema e a grande questão da Carreira de Enfermagem/Enfermeiros, passou completamente ao lado.
Saberão estes Senhores o que se passa? Saberão da implicação que tem no SNS?
Não estudaram o caso?
As Assessorias não os informaram?
Não é prioridade?
Pura e simplesmente, não sabem!
Está fora da agenda política?

Sindicatos, Movimentos e Enfermeiros forcem a entrada deste tema na agenda política e de campanha eleitoral.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.17 - 07h30

sábado, 14 de setembro de 2019

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

QUE RESPOSTAS PENSAM OS PARTIDOS DAR SOBRE A CARREIRA DOS ENFERMEIROS?

QUE RESPOSTAS PENSAM OS PARTIDOS DAR SOBRE A CARREIRA DOS ENFERMEIROS?

Nesta campanha eleitoral para as "Eleições Legislativas de 6 de outubro", parece-me muito oportuno, que os Sindicatos e Movimentos de Enfermeiros coloquem questões aos partidos políticos e candidatos, sobre:

  • o que pensam fazer com a situação e carreira dos Enfermeiros, caso sejam poder ou oposição? 
  • Que medidas legislativas ou iniciativas parlamentares contam desenvolver? 
  • E se reconhecem ou não as dificuldades que os Enfermeiros Portugueses vivem, agravadas com a Carreira que o Governo publicou, unilateralmente?

Parece-me muito importante e interessante saber o que partidos e candidatos sabem e têm a dizer!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.11 – 07h30

terça-feira, 10 de setembro de 2019

UMA CANDIDATURA. UM CAMINHO. A AFIRMAÇÃO DA PROXIMIDADE!

UMA CANDIDATURA. UM CAMINHO. A AFIRMAÇÃO DA PROXIMIDADE!



Surge a primeira imagem da Srª. Enfª. Ana Rita Cavaco, personificando uma candidatura madura, no caminho certo, de afirmação da proximidade do primeiro mandato, onde a coragem marcou presença e o medo não teve lugar, perante tantas afrontas, epítetos, insídias, insultos e calunias!

Pela clareza de posicionamento dos Enfermeiros, pela afirmação da democracia, pela afirmação da maturidade da Classe de Enfermagem, espero e desejo que surjam mais candidaturas aos Orgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros, particularmente ao Conselho Directivo e por inerência, a Bastonário.


Pelo percurso feito, pela afirmação, pela firmeza e pela defesa dos Enfermeiros, muito obrigado Sra. Enfa. Ana Rita Cavaco e Toda a Equipa.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.09.10 – 22h00

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...