quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

MENSAGEM DE AGRADECIMENTO FINAL DO ANO

MENSAGEM DE AGRADECIMENTO FINAL DO ANO



Caros Amigos e Conhecidos,

O ano de 2021 está a chegar ao fim. Para mim e para a minha Família não deixa saudades.

Quero agradecer a Todos os que comigo conviveram e partilharam momentos bons, na vida social e nesta rede social virtual. Também agradecer e muito, a Todos que se preocuparam com o meu estado de saúde e da minha Família, na dura experiência que vivi, doente com Covid.

Agradeço com especial gratidão à minha Família, a todos os Profissionais de Saúde que me trataram, aos Colegas e Amigos que direcionaram as suas orações, pedindo a minha recuperação e cura, à força divina que me protegeu, obrigado!

Espero que 2021 fique no passado, sem mais incidentes!

A Todos Vós, desejo um feliz 2022. Não deixem de ser felizes, de amar, de viverem cada momento e de partilharem com Todos os Vossos, momentos de alegria e convívio! Acreditem, é um prazer imenso viver!

Com muita gratidão, por tudo, nesta segunda oportunidade que a vida me deu, vos desejo um fantabulástico 2022!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.12.30

domingo, 26 de dezembro de 2021

CINISMO NAS PALAVRAS DO SR. PRIMEIRO-MINISTRO DR. ANTÓNIO COSTA

CINISMO NAS PALAVRAS DO SR. PRIMEIRO-MINISTRO DR. ANTÓNIO COSTA


O Governo viu-se cercado pela própria inoperância e incapacidade de tomar decisões de fundo e planeamento nestes meses e quase 2 anos, que antecederam as chegadas das várias vagas Covid-19. Tomou medidas avulsas, com dois pesos e duas medidas.

Ao longo desta Legislatura e meia, o Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa e a sua Ministra da Saúde Doutora Marta Temido, maltrataram, insultaram, enxovalharam e ignoraram os Enfermeiros. Estes mesmos Governantes têm-se recusado sempre a reconhecer a dedicação, a entrega e o espírito de missão, agravando este comportamento cínico com a realidade de se furtarem a pronunciar a palavra ENFERMEIROS, substituindo-a por “Profissionais de Saúde”. É que estes Profissionais têm nome próprio – ENFERMEIROS!

E vem agora o Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, na sua mensagem de Natal, num oportunismo e propaganda política e campanha eleitoral, “embrulhada” numa desfaçatez única, falar e agradecer aos Enfermeiros! Que falta de vergonha na cara tem o Dr. António Costa! Mas isso, já o sabíamos!

Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, os agradecimentos aos Enfermeiros são bem-vindos, mas deixe-se de cinismo, de enganar o Povo como se tivesse respondido positivamente a esta Classe Profissional, face a todos os problemas e dificuldades que têm vivido a nível da Carreira, progressão, reconhecimento remuneratório e contagem de pontos na avaliação de desempenho. Se tudo isto que nos retirou tivesse sido feito, isso sim, registávamos com agrado. Agora perante tudo o atrás descrito e vivido, dispensamos o seu obsceno agradecimento. Não queremos, nem precisamos desse agradecimento indecoroso!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.12.26

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O PODER POLÍTICO CÍNICO

 O PODER POLÍTICO CÍNICO

O poder Político cínico da Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido e do Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, ainda hoje não sabem, nem fazem ideia do que foi e é a dedicação dos Enfermeiros nas diferentes fases da Pandemia e das fases da vacinação. Em que circunstâncias asseguraram todos os momentos.

Vem agora o Sr. Primeiro-Ministro, Dr António Costa, em mais um acto de cinismo puro e aproveitamento político, falar nos Enfermeiros. Até agora sempre evitaram referir-se e reconhecer os Enfermeiros, mas nesta fase, como há eleições, até diz que têm direito ao Natal e à Passagem de Ano! Não atire areia para os olhos Sr. Dr. António Costa!

Os Enfermeiros, Sr. Primeiro-Ministro, precisam é de progredir na Carreira, ter uma Carreira e vencimentos dignos e, reconhecimento pelas responsabilidades que têm, porque são "GENTE QUE CUIDA DE GENTE".

Chega de cinismo e insultos a esta Classe Profissional - OS ENFERMEIROS

Humberto Domingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária 

2021.12.22


sábado, 18 de dezembro de 2021

A ENFERMAGEM AFIRMOU-SE! AGUARDA-SE O RECONHECIMENTO DO GOVERNO!

A ENFERMAGEM AFIRMOU-SE! AGUARDA-SE O RECONHECIMENTO DO GOVERNO!

Link:
https://www.correiodominho.pt/edicoes/download/140129

A Pandemia que vivemos nos últimos 2 anos, veio alterar o modo de vida, a socialização das pessoas e das Sociedades e a forma de trabalhar a todos os níveis. Emergiu o teletrabalho, com todas as consequências daí decorrentes, como recurso das Empresas e Instituições, graças também às comunicações e evolução tecnológica, para que o mundo não parasse.

As pessoas não poderam viajar. Os aviões ficaram em terra durante muitos meses do confinamento. Os comboios circularam de forma limitada. As viagens de carros tiveram controle e limitação de circulação. Chegou a não se poder circular entre Concelhos. Não se podia sair de casa. Enfim, uma série de limitações que as Sociedades Modernas viveram, de uma forma nunca antes visto, nem sentido. A economia portuguesa e mundial sofreu um grande revés!

Nos Hospitais avolumaram-se os doentes infectados com Sars-Cov-2. Os óbitos subiram exponencialmente. Muitas populações e comunidades, por esse mundo fora, foram “dizimadas”. A vida das aldeias, vilas e cidades estagnou. Muitos entes queridos partiram, sem sequer haver a oportunidade dos seus familiares se despedirem.

Os doentes Covid levaram a que as taxas de ocupação de camas, nos Hospitais, chegasse ao limite. A resposta dos serviços para outras patologias começou a diminuir porque não havia capacidade de resposta e passou a não ser essa a prioridade, com grande prejuízo para os doentes oncológicos. Tudo se concentrou na resposta aos doentes Covid. Um drama global, afectando pessoas, famílias e economias. A Sociedade moderna não sabia o que isso era! Os serviços hospitalares, viviam dias difíceis. Em muitos casos a rotura era eminente, ou até aconteceu! Havia guerreiros e heróis, dentro de fatos bancos e atrás das mascaras apertadas que marcaram e magoaram os rostos cansados e exaustos, mas que tratavam afincadamente destes doentes. Quando não se sabia quase nada, desta infecção, não havia equipamentos disponíveis, e quando os havia, não era na quantidade necessária. Era um sufoco vestir um fato EPI, blindar o mesmo, e só ser possível tirá-lo várias horas depois, com todo o incômodo da limitação de movimentos, respiração, transpiração, necessidades fisiológicas, etc.

Muitos destes guerreiros e heróis eram/foram/são Enfermeiros! Viveram dias muito difíceis. Viveram dias e semanas, sem irem a casa, sem folgas, sem férias e a trabalhar na exaustão, com o risco acrescido de se infectarem por não haver material de protecção adequado. Em Portugal, foram infectados milhares de Enfermeiros! Eu fui um destes milhares! No mundo foram também largos milhares de Enfermeiros infectados, e óbitos registados. O Mundo estava/está apavorado!

Foram muitos dramas familiares vividos entre os Enfermeiros. Em muitos casos, o casal era de Enfermeiros e tiveram que colocar os filhos em casa dos Avós/familiares, para não correrem o risco de os infectar. Foram privações imensas de convívio e partilha familiar. Ninguém ficou igual, depois da vivência da fase aguda desta “Pandemia”.

Vieram as vacinas. Com elas renascia a esperança do combate ao vírus. Mas para que essa “guerra, com batalha atrás de batalha” fosse ganha, era preciso vacinar as populações. Quem vacinou estes milhões de Cidadãos, FORAM OS ENFERMEIROS! Planeia-se tudo, monta-se a task-force, e aí estão novamente os Enfermeiros, sem folgas, sem dias de descanso, com horas extraordinárias a assegurarem o funcionamento dos centros de vacinação. Tudo perfeito! Quase 90% de taxa de cobertura! Infelizmente, só uma individualidade, publicamente e sem filtros, reconheceu este esforço e sacrifício, foi o Vice-Almirante Gouveia e Melo, que na cerimónia dos “Globos de Ouro da SIC” proferiu: “… não posso deixar em especial destes profissionais, realçar os Enfermeiros. Fantásticos. Nós devemos muito a essa Classe”..., Infelizmente o Governo do Dr. António Costa e a Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido tem-se recusado sempre a reconhecer a dedicação, a entrega e o espírito de missão, agravando este comportamento cínico com a realidade de se furtarem a pronunciar a palavra ENFERMEIROS, substituindo-a por “Profissionais de Saúde”. A dura e efectiva realidade para alguns, é que estes Profissionais têm nome próprio – ENFERMEIROS!

Na realidade, por muito má que fosse esta “Pandemia” e infelizmente não há dúvidas nenhumas que foi, também demonstrou que qualquer sistema de saúde, seja privado ou público, nada conseguirá fazer sem os Enfermeiros, com toda a competência que lhes é reconhecida por pessoas e governantes isentos. É mais uma vez a afirmação da Enfermagem na gestão e prestação de cuidados de saúde às populações. Resta apenas ao futuro Governo e Ministro da Saúde Português, fazerem esse reconhecimento, através de uma Carreira digna e remuneração à altura das responsabilidades e exigências que os Enfermeiros têm e assumem, sempre, para bem dos Cidadãos doentes.

Por tudo o vivido e sentido anteriormente, temos a certeza que os actuais candidatos do Partido Socialista não vão merecer os votos dos Enfermeiros, no próximo dia 30 de Janeiro.

Boas Festas a Todos, com prevenção e riscos controlados. Usem, PF, a máscara! Feliz passagem de ano e Bom 2022.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.12.18

sábado, 4 de dezembro de 2021

URGE NOVO GOVERNO E NOVO DECISOR NO MINISTÉRIO DA SAÚDE!

URGE NOVO GOVERNO E NOVO DECISOR NO MINISTÉRIO DA SAÚDE!


Há muito tempo que se verificou que a Srª. Doutora Marta Temido não tinha nem estatuto político nem maturidade, nem “estofo” e, muito menos, saber ser e estar, numa pasta tão importante e exigente, como a do Ministério da Saúde. Como diz o Povo, “não tem jeito p’ra a coisa”!

Os incidentes e os acidentes são mais que muitos com esta Equipa no Ministério da Saúde. Já na ACSS a gestão da Doutora Marta Temido foi muito problemática, com as listas de espera de doentes e ao que parece “o apagar de muitos nomes” dessas listas. A postura da Senhora criou muitos problemas dentro de portas, no seu próprio Gabinete (inclusive deselegância com o seu antecessor), no Governo e no Largo do Rato, onde por várias vezes, foi pedida a sua substituição/exoneração. Há muito tempo que uma facção do PS desejava a sua substituição. O Sr. Presidente da República também o desejava. E estava prevista! Mas veio a Presidência Europeia e depois a “Pandemia”, que prolongou a agonia no Ministério da Saúde, e lá se foi segurando. Mas o desgaste é muito, já! E é de tal forma, que tiveram que “andar com ela ao colo”, nos comícios do PS, durante as Autárquicas, para lhe darem algumas palmas e a segurarem politicamente, mas não há/havia hipótese de recuperação. Depois ainda encenam umas sondagens, tentando atirar areia para os olhos, dizendo que é a Ministra “mais querida pelos Portugueses”…

O Ministério da Saúde está um caos! A pandemia (desculpa para muitas coisas), serviu para encobrir muita desorganização e incompetência, mas ao mesmo tempo, demonstrar o desinvestimento efectivo deste Governo, na Saúde. A situação é de tal forma alarmante, que para além das inúmeras vezes que as Ordens dos Enfermeiros e dos Médicos vêm alertado para graves problemas, também não têm conta, por esse País/Hospitais fora, as demissões de directores e chefes de serviço e de Equipa. Quanto à vacinação, depois da nomeação de um “boy” para a “Task-force” da vacinação Covid-19, este pediu a demissão e nomearam o Vice-Almirante Gouveia e Melo para assegurar a logística e distribuição das vacinas. Nesta ordem e organização militar, as coisas correram bem, mas no terreno valeu a competência dos Enfermeiros e Médicos que anulou a desordem, tendo sida reconhecida por todos, o que levou o Sr. Vice-Almirante dizer bem alto, sem filtros, na cerimónia dos “Globos de Ouro”: “… não posso deixar em especial destes profissionais, realçar os Enfermeiros. Fantásticos. Nós devemos muito a essa Classe”...,

A Srª. Ministra da Saúde ao longo do seu tremido mandato, num comportamento autoritário, erróneo e errático, de pedantismo e falta de carácter, insultou várias Classes Profissionais, com maior ênfase, os Enfermeiros e Médicos. Em seu total desnorte, na Assembleia da República, declara que a “resiliência deve ser um factor a ter em conta na contratação de Profissionais de Saúde”. Com estas infelizes declarações, já habituais na Sra. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, que terão a dizer os Médicos? Depois de todos os sacrifícios que se têm feito (Enfermeiros, Médicos, etc.) esta Senhora ainda tem a insensatez e o desplante de fazer as presentes declarações? Que indignidade! Que sobranceria! Será a inspiração do hino da CGTP?

Falta a esta governante Socialista, elevação, estatuto, dignidade, humildade e dimensão política. Por tudo o que se passou, não pode esta Ministra merecer o respeito de Enfermeiros, Médicos e todos os outros Profissionais de Saúde, que todos os dias dão o seu melhor pelo SNS. Portanto, no dia 30 de Janeiro/2022, já sabemos em quem não votar!

Por todo este percurso desagregador do SNS, de hostilização para com os seus Profissionais – principalmente Enfermeiros e Médicos – o Ministério da Saúde do próximo Governo precisa de alguém que assuma esta pasta com a dignidade que merece e tenha dimensão de estadista, dimensão e peso político. Que tenha no seu curriculum e formação pessoal, o conhecimento de/da verdade, o que se passa no terreno. Que conheça, realmente, as Classes Profissionais, as suas Carreiras, as suas remunerações e as condições de risco e de desgaste rápido em que trabalham. Alguém que de verdade dialogue.

Queremos um Governo onde haja dignidade dos governantes e com respeito pelos lugares que ocupam, por quem os elegeu e representam. Saibam que o silêncio, a ignorância e a desvalorização, que os governantes costumam protagonizar, não serão com certeza, aceites e tolerados pelos Enfermeiros!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.12.02

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

É PREOCUPANTE? É! E MUITO!

É PREOCUPANTE? É! E MUITO!


Se é preocupante? É! E muito!

Quando através dos vários Bastonários das Ordens Profissionais-Enfermeiros, Médicos e Farmacêuticos- coincidem nas mesmas críticas e queixas do Governo Socialista e particularmente da Sra. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, críticas estas que se têm repetido ao longo da Legislatura, é preocupante!

É um sinal inequívoco que as Ordens Profissionais não são ouvidas e os problemas e dificuldades, repetem-se e mantêm-se. Por isso, não são nem as Ordens Profissionais, nem os Bastonários que estão mal, mas sim a titular da pasta, Doutora Marta Temido e o Chefe do Governo, Dr. António Costa, que a mantém no lugar.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.12.01

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

FALTA ELEVAÇÃO, ESTATUTO, DIGNIDADE, HUMILDADE E DIMENSÃO POLÍTICA À SRA. MINISTRA DA SAÚDE

FALTA ELEVAÇÃO, ESTATUTO, DIGNIDADE, HUMILDADE E
DIMENSÃO POLÍTICA À Sra. MINISTRA DA SAÚDE


Desde que a Doutora Marta Temido chegou ao Ministério da Saúde, depois de "apagar listas de espera de doentes" na ACSS, que o seu comportamento é erróneo e errático, de pedantismo e falta de carácter.

Insultou Enfermeiros e Médicos. Agora, com estas infelizes declarações, já habituais na Sra. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, que terão a dizer os Médicos?

Nesta situação, não pode esta Ministra merecer o respeito de Enfermeiros, Médicos e todos os outros Profissionais de Saúde, que todos os dias dão o seu melhor pelo SNS.

Depois de todos os sacrifícios que se tem feito (Enfermeiros, Médicos, etc.) Esta Senhora ainda tem a insensatez e o desplante de fazer as presentes declarações?

Que indignidade! Que sobranceria desta Senhora! Será a inspiração do hino da CGTP? Falta a esta governante Socialista, elevação, estatuto,dignidade, humildade e dimensão política.

Haja dignidade dos governantes e nos lugares que ocupam.

Portanto, no dia 30 de Janeiro/2022, já sabemos em quem não votar!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.25

sábado, 20 de novembro de 2021

CARTA ABERTA AOS LÍDERES PARTIDÁRIOS 2021

CARTA ABERTA AOS LÍDERES PARTIDÁRIOS 2021




Links:
 https://www.correiodominho.pt/cronicas/carta-aberta-aos-lideres-partidarios-2021/13654

https://observador.pt/opiniao/carta-aberta-aos-lideres-partidarios/


Exmºs. Senhores Presidentes
Líderes Partidários

Permitam-me esta carta aberta dirigida a Vªs. Exªs. que a breve trecho, levará o Vosso Partido a formar Governo da Nação ou a ocupar o lugar da oposição na Assembleia da República

Esta carta aberta tem o intuito de fazer reflectir e alertar o poder político, sobre a Classe de Enfermagem, Profissão de desgaste rápido, sua Carreira, remunerações e importância no seio das Equipas de Saúde, seja no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Privado ou no Social.

No final da legislatura passada o Governo Socialista, unilateralmente, aprovou uma Carreira Especial de Enfermagem (DL 71/2019 de 27/05, que alterou o regime da Carreira Especial de Enfermagem e o Regime da Carreira de Enfermagem, nas entidades públicas empresariais e nas parcerias em Saúde). A dita “Carreira”, que apenas introduz pequenas alterações à anterior, continua a ser redutora, não satisfaz, não traz valorização aos Enfermeiros e ainda por cima, não dignifica nem a própria carreira, nem a profissão. E através dela, os Enfermeiros sofrem a mais injusta e agressiva desvalorização remuneratória, profissional e até social. Para além disso, não dá resposta às inúmeras reivindicações dos Enfermeiros, prejudicando até as necessidades do SNS. Hoje os Enfermeiros têm uma Carreira em “escombros”, que foi demolida por um anterior Governo Socialista (2009). Portanto os Governos Socialistas não gostam, não apoiam nem valorizam os Enfermeiros!

Apesar do Dec.-Lei 71/2019, vir repor novamente a categoria de Enfermeiro Especialista, e voltar a ser uma carreira tricategorial, encontramos ainda muitos constrangimentos desta “castradora” Carreira de Enfermagem:
  • Há claramente um condicionamento enorme na progressão para outras categorias;
  • Há, paralelamente, um constrangimento enorme para que possa acontecer uma valorização remuneratória;
  • A tabela salarial e remuneratória é desajustada à realidade, responsabilidade e habilitações profissionais e académicas que hoje os Enfermeiros possuem, o que se traduz numa desmotivação e não valorização destes profissionais;
  • As grandes lacunas e desigualdades criadas, ou melhor, mantidas e continuadas, da diferenciação em CIT e CTFP, infelizmente estão bem presentes;
  • A contagem de tempo de serviço e a forma preconizada é outro revés e constrangimento, traduzido em inúmeros obstáculos para uma efectiva progressão na Carreira de Enfermagem;
O exposto, é apenas uma parte das inúmeras lacunas, iniquidades, obstáculos e desproporcional dificuldade que cria aos Enfermeiros Portugueses, face às reivindicações, reconhecimento e mérito e à real necessidade existente para bem do SNS. Assumam Vªs. Exªs., no início da próxima legislatura, com a celeridade que o assunto merece, a melhoria da nova Carreira de Enfermagem e a remuneração, estatuto de profissão de risco e desgaste rápido dos Enfermeiros.

Na campanha eleitoral para as Legislativas 2019, todos os Partidos estiveram ausentes e foram incapazes de chamar a si este assunto, que merecia melhor cuidado, estudo e acompanhamento político, face aos inúmeros protestos e manifestações de descontentamento que os Enfermeiros protagonizaram, principalmente desde 2017 e, com isso, auscultar esta Classe Profissional e confrontar o Governo da Geringonça, com esta realidade. Apesar de missivas e alertas dos Enfermeiros, o retorno foi ZERO!

Lembrar que o próprio SNS está em situação muito precária e calamitosa, quase de rotura, eis o estado em que o Partido Socialista o colocou e deixou! Não podem Vªs Exªs ignorar, que a governação do Partido Socialista, particularmente da Sua Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, ostracizou os Enfermeiros, anulou pontos de contagem de tempo para progressões e não abriu concursos para efectivar as promoções e progressões dos Enfermeiros. Também, todos os outros Partidos com assento parlamentar, penalizaram os Enfermeiros, abstendo-se, não participando na votação ou, votando ao lado do Governo, sempre que algum diploma foi a votação no Parlamento, penalizando os Enfermeiros! Esta é a realidade!

Aproveito esta carta aberta dirigida a Vªs. Exªs., para expressar que os Enfermeiros são a maior Classe Profissional do SNS. Os Enfermeiros merecem respeito e merecem ser valorizados pelo trabalho insubstituível que desenvolvem, veja-se a vacinação Covid-19, precisamente a cuidar de Pessoas que são Cidadãos e que estão fragilizados, doentes, quer seja nas camas dos Hospitais, do Social, do Privado ou no próprio domicilio onde são prestados cuidados de Saúde/Enfermagem de muita qualidade, durante as 24 horas do dia e 365 dias por ano!

Lembrar Vªs. Exªs. que o SNS não é só Hospitais, é também Cuidados Primários (Centros de Saúde e Unidades Funcionais) que são a base e a porta de entrada para este Serviço. Quem discutir sobre Saúde e ignorar estas variáveis e os Recursos Humanos, estará inevitavelmente num caminho errado e a enganar os Portugueses.

Importa ler, com particular atenção, o último “Relatório da OCDE 2021 - Health at a Glance 2021’, onde as discrepâncias, para pior, entre Portugal e outros Países da OCDE, é assustadora! No entanto Portugal é “exportador” de Enfermeiros com qualidade e formação superior, precisamente para esses países Europeus!

Infelizmente tem-se constatado que, nos debates em que todos os Partidos participam sobre Saúde ou SNS, persistem numa ignorância profunda sobre a existência dos Enfermeiros, a sua importante coparticipação nas Equipas multiprofissionais e o seu verdadeiro desempenho profissional, o que abarca e engloba neste desempenho. Carece o Vosso Partido de descer ao País real, avaliar e tomar conhecimento das situações que se vivem. Permitam-me a ousadia, mas a Vossa iliteracia sobre a Classe de Enfermagem é grande!

A partir deste momento não poderão mais Vªs Exªs argumentar que não foram alertados para a realidade em que vivem os Enfermeiros nos seus variados serviços, da sua limitada e desajustada Carreira, nas condições em que trabalham, as sobrelotações dos Serviços e a falta do cumprimento das dotações seguras e rácios de Enfermagem, pondo em perigo e segurança, quer os Cidadãos doentes, quer os próprios Profissionais.

Esperamos que de forma isenta, mais informada e disponível, possam Vªs. Exªs. contribuir para a valorização dos Enfermeiros, nas iniciativas Governamentais ou Parlamentares que possam surgir, em contraponto com as efémeras declarações políticas sobre esta Classe Profissional. Agora, o silêncio, a ignorância e a desvalorização, que Vªs. Exºs. têm protagonizado, não serão com certeza aceites e tolerados pelos Enfermeiros!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.18

 


quarta-feira, 10 de novembro de 2021

RELATÓRIO DA OCDE 2021 - ‘Health at a Glance 2021’

RELATÓRIO DA OCDE 2021 - ‘Health at a Glance 2021’


Link do Relatório:

O seguinte texto foi retirado do site da Ordem dos Enfermeiros:

"Os Enfermeiros que exercem em Portugal são dos mais mal pagos entre os 38 países da OCDE, com um salário anual médio de 23 mil euros, pouco mais de metade da média da OCDE (41 mil euros anuais), sendo já ultrapassados por países como o México, a Turquia, Grécia e Eslovênia.

Esta é uma das conclusões do relatório ‘Health at a Glance 2021’, agora divulgado, que traça um cenário negro da carreira da Enfermagem em Portugal, cada vez mais na cauda da OCDE.

Também no rácio de Enfermeiros por mil habitantes Portugal já foi ultrapassado, por exemplo, pela Eslovênia. Tem neste momento um rácio de 7.1 Enfermeiros, quando a média da OCDE é de 8.8, sendo que o número de Enfermeiros per capita cresceu na maioria dos países. Pelo contrário, o número de médicos por mil habitantes em Portugal é superior à média da OCDE (5,6 contra 3.5).

A Noruega e Suíça são exemplos de países que conseguiram aumentar substancialmente o número de Enfermeiros nas últimas duas décadas, nomeadamente através da adopção, na Noruega, de um plano de cinco anos para melhorar as competências, remuneração e taxas de retenção de enfermeiros.

Já na Suíça, a par da Nova Zelândia, um quarto dos Enfermeiros em exercício são estrangeiros, sendo oriundos de países como a França, Alemanha e Portugal, como têm vindo a demonstrar os números da emigração de Enfermeiros portugueses.

O relatório confirma que houve um grande investimento por parte de alguns países no recrutamento de Enfermeiros como forma de resposta à pandemia, e dá como exemplo a subida de 27% nas ofertas online nos EUA.

Aliás, o mesmo documento destaca o trabalho dos Enfermeiros durante a pandemia, atribuindo-lhes o “papel principal” que desempenharam na prestação de cuidados, tendo sido também a classe profissional do sector da Saúde que mais impactos negativos sofreu, designadamente problemas de saúde mental associados à pandemia.

Face a este relatório, que só confirma o que tem vindo a ser denunciado pela OE, não podemos deixar de manifestar a nossa mais profunda preocupação com a situação da Enfermagem em Portugal, mas também com a prestação de cuidados, que já está a ser afectada.

Como sempre avisamos, a guerra do futuro seria, não por ventiladores, mas sim por Enfermeiros.

Temos pouco Enfermeiros, mal pagos e os poucos que temos estão a abandonar o País.

Este relatório é um alerta grave, que não poderá ser ignorado na campanha eleitoral que se aproxima."
(Fonte: Site da Ordem dos Enfermeiros)

Subscrevo na totalidade as presentes linhas de texto.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.10

terça-feira, 9 de novembro de 2021

MELHOR CARREIRA DE ENFERMAGEM FEZ 30 ANOS - TEMPO, VOLTA PARA TRÁS!

MELHOR CARREIRA DE ENFERMAGEM FEZ 30 ANOS
TEMPO, VOLTA PARA TRÁS!


No dia 8 de Novembro de 1991, há 30 anos portanto, foi publicada a melhor Carreira de Enfermagem que se teve até ao presente, concretamente o Decreto-Lei nº. 437/91 de, 8 de Novembro. Uma lufada de ar fresco para a Enfermagem!

Note-se a importância deste acto político, cujo Governo era de direita (do PSD) com o Prof. Cavaco Silva a Primeiro-Ministro e com Maioria Absoluta.

Este Governo de Direita reconheceu a importância da Enfermagem, criou uma Carreira digna e respeitou a Classe. Com isso, trouxe muito beneficio para o SNS, na sua modernização, no seu crescimento e na amplitude que se verificou, no tratamento da Pessoa/Cidadão doente, quer nos Centros de Saúde e Hospitais, como também, nos seus domicílios (o tratamento e visitação domiciliária por Enfermeiros, há muitos anos que se faz).

Passados estes trinta anos, o que têm os Enfermeiros? Hoje os Enfermeiros têm, uma Carreira em escombros, que foi demolida também por um anterior Governo Socialista (2009). Portanto os Governos Socialistas não gostam, não apoiam nem valorizam os Enfermeiros!

Lembrar que o próprio SNS está em situação muito precária e calamitosa, quase de rotura, eis o estado que o Partido Socialista o colocou e deixou! Não podemos ignorar, que a governação do Partido Socialista, particularmente da Sua Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, ostracizou os Enfermeiros, anulou pontos de contagem de tempo para progressões e não abriu concursos para efectivar as promoções e progressões dos Enfermeiros. Mas hoje, também, todos os outros Partidos com assento parlamentar, penalizaram os Enfermeiros, abstendo-se, não participando na votação ou, votando ao lado do Governo, sempre que algum diploma foi a votação no Parlamento, penalizando os Enfermeiros! Esta é a realidade!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.09

GOVERNO E ORÇAMENTO DE ESTADO TRAÍRAM, MAIS UMA VEZ, OS ENFERMEIROS!

GOVERNO E ORÇAMENTO DE ESTADO TRAÍRAM, MAIS UMA VEZ, OS ENFERMEIROS!


O Orçamento de Estado (OE) foi chumbado na Assembleia da República (AR), felizmente para os Enfermeiros. E a esperança desta Classe Profissional é que se vá para eleições antecipadas, para daqui nascer um novo Governo e outro Parlamento, que passe a ter sensibilidade e dê resposta positiva às causas dos Enfermeiros.

Quando dizemos que felizmente o OE foi chumbado, sustentamos esta afirmação no facto de não estar inscrito neste magno documento nenhuma forma justa e merecida, de valorização efectiva, para os Enfermeiros. Na avaliação que se fez do OE, entre outras coisas más, e segundo a Própria Ordem dos Enfermeiros, estavam inscritos 220 milhões de euros para a valorização dos Recursos Humanos. Mas destes 220 milhões, foram destinados 200 milhões de euros para a Classe Médica. Os outros 20 milhões de euros seriam para as outras Classes da Saúde? Quanto ficaria para os Enfermeiros?

Os Enfermeiros andam há anos a demonstrar e a reivindicar a valorização da “Carreira” e as necessárias progressões. Nem Governo, nem oposição atendem a estas reivindicações!

Depois de todo o esforço brutal, sem gozar férias, nem folgas, com sacrifícios pessoais e familiares enormes, para assegurar o funcionamento dos serviços em situação calamitosa e de rotura na pandemia (internamento, consultas, visitas domiciliárias, vacinação, etc.), evitando-se assim, a rotura destes serviços e, fazendo-se a vacinação dos cidadãos que alcançou uma taxa histórica de cobertura de 85%, com o sucesso e dedicação que todos sabem e que o Sr. Vice-Almirante Gouveia e Melo, reconheceu e verbalizou: “… não posso deixar em especial destes profissionais, realçar os Enfermeiros. Fantásticos. Nós devemos muito a essa Classe”... só o Governo não viu e por isso não tinha nada mais para “oferecer” no OE? Que traição! Que ingratidão! Que perfídia!

Todos ficaram impressionados com o trabalho de uma batalha que parecia infindável, mas vacinamos milhões de cidadãos e vencemos a batalha. Mas parece que hoje, Governo, Partidos e Políticos se esqueceram e não souberam expressar nem verter no OE (que acabou chumbado) a devida correção de iniquidades e as assimetrias que duram há vários anos, sobre os Enfermeiros Portugueses. Injustiça! Traição! Hoje os Enfermeiros têm uma Carreira em escombros, que foi demolida também por um anterior Governo Socialista (2009). Portanto os Governos Socialistas não gostam, não apoiam nem valorizam os Enfermeiros!

Perante esta realidade, os Enfermeiros são forçados a endurecer a luta e voltar à rua, porque não é hora de ficar em casa! Não é hora de pensar que os outros farão por mim! É hora de firmeza! É hora de protesto! É hora de manifestação! Porque é hora de olhar para o futuro. É hora de vir para a rua, de forma ordeira e respeitadora, manifestar o nosso descontentamento pela Carreira de Enfermagem, lutar pela contagem de pontos/tempo e pela progressão e lutar por melhor remuneração e reconhecimento salarial.

A Sra. Ministra da Saúde não atendeu os Enfermeiros até agora e dificilmente o fará no futuro, não deixando assim alternativa ao protesto e firmeza dos Sindicatos e Classe de Enfermagem. Não é momento de ceder. Não pode haver equívocos nem desculpas. É momento de garra, de luta e de afirmação!

O primeiro passo foi dado no dia 28 de Outubro, numa manifestação frente à Assembleia da República (AR), alertando para a insatisfação, injustiças e assimetrias que se vivem no seio da Classe de Enfermagem. Não foi por acaso, que nesta manifestação, se verificou a presença de todos os Presidentes dos Sindicatos da Classe, que deixaram palavras de continuidade e endurecimento da luta.

Esta luta tem que ser endurecida para que os partidos possam ouvir, mais uma vez, (eles já conhecem) as reivindicações mais que justas dos Enfermeiros e para que não voltem a trair os Enfermeiros que são a maior Classe Profissional do SNS.

Não podemos admitir que sejam os Partidos a nivelar por baixo, as remunerações e a valorização profissional, quando os Enfermeiros Portugueses, com as habilitações literárias que possuem e as qualificações profissionais e a responsabilidade diária que todos os dias lhes é confiada, com a vida dos doentes nas mãos, asseguram o que de melhor há na saúde do tratar e do cuidar da Pessoa/Cidadão doente.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.04

terça-feira, 2 de novembro de 2021

RELEMBRANDO O VICE-ALMIRANTE GOUVEIA E MELO

RELEMBRANDO O VICE-ALMIRANTE GOUVEIA E MELO




Para relembrar os mais distraídos, da importância que o Sr. Vice-Almirante atribuiu aos Enfermeiros, no sucesso da vacinação, com a taxa de cobertura de 85% da População vacinada.

“… não posso deixar em especial destes profissionais, realçar os Enfermeiros. Fantásticos. Nós devemos muito a essa Classe”...
Vice-Almirante Gouveia e Melo

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.11.02

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

MANIFESTAÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 2021.10.28

MANIFESTAÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
2021.10.28

Fosse, qual fosse a situação, em pandemia ou não, os Enfermeiros nunca falharam nem nunca faltaram ao País, a Portugal.

O inverso é que é verdade, particularmente os políticos que sempre falharam com os ENFERMEIROS PORTUGUESES.

H. D. 2021.10.28














Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.29

sábado, 23 de outubro de 2021

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - IV

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - IV


Finalização do artigo publicado em 11, 25.Set e 9.Out.

Caros Leitores, continuo hoje a escrever para falar de mim. Uma experiência vivida na primeira pessoa-Eu! No exercício de funções fui infectado com o “vírus SARS-CoV-2”, tal como tantos outros Profissionais de Saúde, quer em Portugal, quer no Mundo.

Após a alta hospitalar, no aconchego do lar, o carinho, o afago da esposa, dos filhos e dos meus pais e todos os familiares, nunca faltou. Permanecem na memória várias imagens: Os meus Pais e a minha Esposa, vivendo à distância momentos dolorosos. Apesar da distância física que nos separava, os poucos momentos que foram permitidos à minha Esposa estar fisicamente ao meu lado na cama dos Cuidados Intensivos, foram de num miminho extremo, com aquele doce olhar que poderia ter sido o último, na despedida… até à eternidade... Estes momentos de afago e carinho, quase sem palavras… foram muito bons… mas ao mesmo tempo dolorosos. Com toda a certeza, esta presença, contribuiu para me fazer agarrar à vida.

Ver os meus Pais, estar com os meus Pais com a distância necessária e preventiva e, não os poder abraçar…. As saudades apenas foram saciadas com o olhar, com a voz e a presença ao portão da casa.

Ver os meus Filhos com todo o semblante de tristeza, limitados todos nós na expressão de afecto familiar e privados de abraços, convívio e refeições conjuntas, etc… era tudo muito estranho. Até porque no nosso lar, a minha Esposa (também Profissional de Saúde) estava isolada e em confinamento, por estar infectada. O carinho e amor dos Filhos tiveram uma expressão máxima, porque eram eles que cozinhavam, me ajudavam a tomar banho, faziam a lide e a gestão da casa, devido às limitações, nosso isolamento e incapacidade física para o fazer. O contacto tão desejado com o meu Irmão, Cunhados, Sogros e Sobrinhos resumia-se ao contacto telefónico e pelas novas tecnologias de comunicação.

Tudo muito cruel e distante!

Coisas que hoje voltaram a ter um valor incalculável: Voltar a sentir a partilha e o convívio com a Esposa, o abraço dos Pais, dos Filhos e outros Familiares. Voltar a entrar em casa. Voltar a ver o mar. Voltar a sentir, “saborear” o cheiro do meu quotidiano… Começar a cruzar com os Amigos e conhecidos… Um mundo infindável de coisas!

Depois, dia-a-dia, havia que se trabalhar a recuperação. Comecei logo com fisioterapia e cinesiterapia, que ainda permanece, com várias sessões semanais, o que tem ajudado na recuperação funcional dos pulmões e nas saturações de oxigénio. E ao longo destes já 8 meses, havia que subir degrau a degrau, de um calvário que parece interminável, mas que tem que se enfrentar.

A doença COVID-19 não afecta só os pulmões desencadeando pneumonia. A doença COVID-19 é muito mais “agressiva” e deixa limitações e sequelas, e provavelmente algumas que ainda não conhecemos, que só o tempo e a investigação nos vão desvendar. Outras, infelizmente, já conhecemos e sentimos: Dores músculo-esqueléticas, perturbações psicológicas, neurológicas e psiquiátricas, etc… O doente COVD-19 , na sua fase de recuperação não é só um doente das especialidades de pneumologia e fisiatria, mas sim, de outras especialidades. Foi o padrão do sono que se alterou, e que ainda hoje não está regularizado, e por isso dificulta a vida diária, a concentração e a energia necessária a um sadio dia. O humor, o raciocínio, a memória e a capacidade e velocidade de correlacionar o raciocínio com o verbal, na rapidez e elasticidade que o cérebro possuía. A fadiga permanente!

Hoje já se fala na questão do doente “long covid”. E isso é uma realidade. Não se pode olhar só para este doente na perspectiva e especialidade da pneumologia, mas sim, numa visão holística do doente/paciente. Este doente/paciente vai apresentar queixas e disfunções orgânicas por muito tempo. A Medicina Familiar tem um papel importante e insubstituível no acompanhamento destes doentes. Precisa e continuará a precisar dos cuidados de várias especialidades médicas. Aguardemos os estudos que se estão a fazer e toda a evolução desta doença, com a implicação das novas variantes e a atenuação das complicações graças às vacinas (devo dizer que eu, no início, estava muito cético à vacinação), mas também ao comportamento preventivo de cada um.

Entre outras queixas, sabemos que os doentes que sofreram doença Covid-19, referem:

· Cansaço;

· Dispneia acentuada em caminhar em pisos com declive ou subida de escadas;

· Dispneia ao esforço (pegar em pesos, actividades repetidas);

· Dores articulares e musculares;

· Enjoo e náuseas;

· Perda de visão, que entretanto se vai recuperando alguma coisa;

· Perda de acuidade auditiva;

· Queda acentuada de cabelo;

· Aumento do intervalo interdentário;

· Dificuldade de concentração;

· Raciocínio lento e lenta transição do raciocínio para a oralidade e escrita;

· Etc.

Palavras de gratidão, devo-as a tantos Profissionais de Saúde. A todos os serviços da ULSAM por onde passei, à Medicina do Trabalho que me acompanha mensalmente, com uma simpatia e disponibilidade permanente e sem regatear esforços no pedido de colaboração, consultas e exames de outras especialidades médicas, para a minha recuperação ser plena. Ao Médico e Enfermeiro de Família pelo apoio e disponibilidade sempre presente e manifestada. À terapeuta que ao longo destes já longos meses de recuperação, me tem ajudado com fisioterapia e cinesiterapia nas várias sessões semanais. Têm sido de uma ajuda imprescindível.

Palavras de gratidão também, aos meus Colegas da Unidade e do meu Serviço (todas as Classes Profissionais), que inúmeras vezes, logo após a alta hospitalar, passaram no meu domicílio para se disponibilizarem a tratar-me e a ajudar no que fizesse falta. Nos inúmeros telefonemas que me dedicaram, para saber do meu estado e incentivar na recuperação. Uma preocupação constante!

Às pessoas amigas que ainda hoje, pelas diversas formas, se preocupam com o meu estado de saúde, o meu obrigado.

Numa outra perspectiva, apesar de Profissional de Saúde, mas agora como cidadão doente/utente/paciente, o que vi e vivi? Já numa fase mais recuperada, vi, nesta “minha” ULSAM, Profissionais de Saúde dedicados, esgotados, cansados e com um saber científico, imenso. Uma dedicação extrema aos doentes, conforme o seu estado de saúde/doença. Os serviços superlotados. Uma pressão imensa. A rotura dos serviços era iminente! Mas a dedicação e o profissionalismo era o mesmo.

Temos efectivamente um Serviço Nacional de Saúde vivo, com capacidade de resposta, mas que precisa de ser “acarinhado”, valorizado, potenciado, financiado e reconhecido. E os seus Profissionais, também, não com palmas, mas com valorização remuneratória e de carreiras! Tudo isto leva também a perguntar: Se não tivéssemos um SNS como o que temos, como tinha sido a capacidade de resposta e a capacidade de vacinação que se verificaram?

Um imenso sentimento de gratidão a Todos.

Fim.

Humberto Domingues
Enf. Especialista Saúde Comunitária
2021.10.21

terça-feira, 19 de outubro de 2021

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!



Não é hora de ficar em casa! Não é hora de pensar que os outros farão por mim!

É hora de firmeza! É hora de protesto! É hora de manifestação! Porque é hora de olhar para o futuro.

É hora de vir para a rua, de forma ordeira e respeitadora, manifestar o nosso descontentamento pela Carreira de Enfermagem, pela não progressão e lutar por melhor remuneração e reconhecimento salarial.


Aos Jovens Enfermeiros, um apelo: pensem no presente, mas também no Vosso futuro. Merecemos mais e melhor Carreira com possibilidade de progressão e melhor salário.

Não há desculpas para não estar presente. Há transporte disponível e a situação justifica a nossa presença.

Quem não atendeu os Enfermeiros até agora, dificilmente o fará no futuro, sem protesto e firmeza dos Sindicatos e Classe de Enfermagem.

Não é momento de ceder. Não pode haver equívocos nem desculpas. É momento de garra, de luta e de afirmação!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.19

domingo, 17 de outubro de 2021

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!

 ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!


É hora de firmeza! É hora de protesto! É hora de manifestação!

É hora de vir para a rua, de forma ordeira e respeitadora, manifestar o nosso descontentamento.

Quem não atendeu os Enfermeiros até agora, dificilmente o fará no futuro, sem protesto e firmeza dos Sindicatos e Classe de Enfermagem.

É hora de ver também, quais são os Partidos/Grupos Parlamentares que fazem propostas dignas para melhorar o Orçamento de Estado e introduzir alterações e inscrição de valores/rubricas e cabimentação de verbas, para os ENFERMEIROS PORTUGUESES.

Será que a Nação tem consciência dos prejuízos e danos que esta Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, tem causado aos Enfermeiros?

Será que se tem real conhecimento do que estes Governos Socialistas têm prejudicado a Enfermagem?

Que não haja cedências nem desmobilizações desta frente de luta, com falsas promessas de retomar negociações. Já temos exemplos que cheguem de falsas negociações e adiamentos constantes.

Após as negociações satisfatórias, aí sim, honrar os compromissos. Até lá, não ceder!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.17

sábado, 16 de outubro de 2021

MAIS UM IGNORANTE COMENTADOR DE TELEVISÃO

MAIS UM IGNORANTE COMENTADOR DE TELEVISÃO



Então temos um “douto” energúmeno e boçal, de seu nome Rodrigo Moita de Deus, que se refere aos Enfermeiros como “os Senhores que dão as picas”.

Ficou claro para todos, as barbaridades que este senhor disse e diz e, qual o nível de conhecimento, cultura e educação que tem.

Quando este “douto” ignorante e boçal precisar para ele ou para um familiar próximo, dos cuidados de saúde de um Enfermeiro, vai perceber o quanto é ignorante, se a própria ignorância o permitir. Vai aprender que para além das “picas” os Enfermeiros fazem muitíssimo mais e para isso têm formação diferenciada e qualificada, reconhecida por convenções internacionais e letra de lei.

Quando um dia perceber que o Enfermeiro está sempre presente durante todo o ciclo vital até ao último minuto de vida das pessoas, quando todos os outros já se foram embora, vai sentir remorsos do que disse.

Que a vida do “douto” Rodrigo Moita de Deus lhe sorria sempre, para que por qualquer infelicidade, não venha a precisar de cuidados “dos Senhores que dão as picas”.

Algum dia a vida lhe dará o retorno da ignorante, triste e boçal afirmação que fez!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.16

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!




Reparem, passados 21 dias e com data já passada de 21 de Setembro, é que chega hoje, aos 7 Sindicatos dos Enfermeiros, a resposta às suas reivindicações. Desconsideração Total!

Na mesma missiva assinada pelo Sr. Secretário de Estado da Saúde, Dr. Lacerda Sales, refere que as negociações têm que ser feitas fora da aprovação do Orçamento de Estado 2022!!!! Desconsideração e falta de respeito total pelos Enfermeiros.

Depois, nas declarações públicas da Srª. Ministra da Saúde Doutora Marta Temido, possivelmente dirigida aos Médicos e aos Enfermeiros, diz: “garante que o Governo está disponível para dialogar com os sindicatos, mas que isso não significa dar respostas a todas as reivindicações”. Deve ler-se que se pode dialogar, adiar o problema, para não dar resposta positiva, nenhuma…. É o habitual!!!!!!!

Apesar destas afrontas todas, das desconsiderações e falta de respeito deste Governo Socialista no geral, e do Ministério da Saúde em particular, contra os Enfermeiros, os Sindicatos da Classe apenas marcam 2 (dois) dias de greve (3 e 4 de Novembro)! E porque não o dia 28 de Outubro, também? Só dois dias?????

Neste momento crucial, com o Governo fragilizado, é tal o desnorte….. E os Sindicatos “só querem” 2 dias de greve?????? Parece-me que algo continua mal…..

Parece que está a ser desperdiçada uma grande oportunidade, porque estou convencido que os Enfermeiros estão disponíveis para neste momento, fazerem mais dias de greve!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.15

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!

ENFERMAGEM, É HORA DE VIR PARA A RUA!



Será que a Nação tem consciência dos prejuízos e danos que esta Ministra da Saúde tem causado aos Enfermeiros?

Será que se tem real conhecimento do que estes Governos Socialistas têm prejudicado a Enfermagem?

Que não haja cedências nem desmobilizações desta frente de luta, com falsas promessas de retomar negociações. Já temos exemplos que cheguem de falsas negociações e adiamentos constantes.

É hora de firmeza! É hora de protesto! É hora de manifestação!

Após as negociações satisfatórias, aí sim, honrar os compromissos. Até lá, não ceder!

Quem não atendeu os Enfermeiros até agora, dificilmente o fará no futuro, sem protesto e firmeza dos Sindicatos e Classe de Enfermagem.
 
É hora de vir para a rua, de forma ordeira, manifestar o nosso descontentamento.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.10.13

sábado, 9 de outubro de 2021

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - III

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - III



Continuação do artigo publicado em 11 e 25/09/2021

Caros Leitores, continuo hoje a escrever para falar de mim. Uma experiência vivida na primeira pessoa-Eu! No exercício de funções fui infectado com o “vírus SARS-CoV-2, tal como tantos outros Profissionais de Saúde, quer em Portugal, quer no Mundo.

Não posso deixar de falar na minha “passagem” pelo Serviço de Urgência durante este percurso doloroso. Serviço cheio. Admissões permanentes. Grande número de doentes em observação. Profissionais assoberbados de trabalho. Avaliação permanente dos doentes e, gestão difícil, devido à limitação de vagas para internamento em consequência da afluência de Doentes Covid.

Nesta esmerada, competente e presença permanente de Enfermeiros e Médicos na monitorização e cuidar do meu preocupante estado de saúde/doença, chega a decisão clínica, após uma vaga ocorrida na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), para a minha transferência para esta Unidade. Quando se concretizou esta transferência para a UCI, contando com a querida e desejada presença da minha Esposa, um Colega que durante a manha cuidou de mim, fez questão de acompanhar a minha transferência para a nova Unidade e, este acompanhamento, fê-lo, apesar de já ter terminado o seu turno de serviço. Mas apesar disso, não saiu de turno sem antes me deixar na UCI. Só há uma palavra – Gratidão!

Chegou o dia de alta dos Cuidados Intensivos e transferência para os Cuidados Continuados/Intermédios, na Unidade de Covid da medicina 8. Que alegria! Mas o receio de regressão e voltar à UCI estava presente, também. Transferido no leito, com oxigênio ligado e vigilância. Sensação diferente à que vivi, quando da Medicina Crítica da Urgência, fui transferido para a UCI.

A estadia neste serviço (piso 8), onde já tinha estado antes de descer à Urgência e depois aos Intensivos, tinha agora, “outro sabor”. Um passo grande de recuperação, embora ainda, num percurso sinuoso a exigir muita vigilância e cautelas. Estar no leito, mas poder olhar pela janela da enfermaria e perceber o dia e a noite, o nascer do dia e o acaso, poder ver o mar, a entrada e saída de barcos de recreio, de pesca artesanal e mercantes, era uma coisa indescritível. As gaivotas que nos visitavam e pousavam no parapeito das janelas, pelo exterior. Coisas comuns, que agora tinham um espírito e “sabor” especial.

Coisas pequenas, mas extraordinárias foram acontecendo. A elevação do leito, o levante para o cadeirão, o banho na cadeira de rodas e por fim duche com ida e vinda pelo próprio pé e o tomar as refeições na mesa da enfermaria. Tanta conquista, já, que me emocionava e que me dava forças para lutar e continuar a viver. Mas a debilidade era grande. Muita massa muscular perdida. Algum desequilíbrio. Enjoos. Dificuldade em dormir, com o padrão do sono alterado. As “amigas” dores músculo-esqueléticas sempre presentes.

As refeições eram muito boas, cuidadas e com reforços de suplementos vitamínicos, para colmatar todas as perdas nutricionais que tinham ocorrido.

O momento era delicado. O contacto com os Familiares e exterior, só por via telemóvel ou telefone. Não havia visitas!

Mais um serviço, tal como os anteriores, e Equipas de excelência, onde para além dos cuidados de saúde prestados, a simpatia e afecto humano se faziam sentir. A preocupação para que o conforto e o bem-estar estivessem sempre presentes, era uma constante. Profissionais de fino recorte na excelência no desempenho com elevado conhecimento científico e humanização nos cuidados.

A Equipa de Enfermagem, apesar de desfalcada, estava sempre presente e dava resposta a todas as solicitações dos doentes graves e menos graves. A Equipa Médica respondia a todas as solicitações. Os Assistentes operacionais complementavam todos os cuidados, necessidades e solicitações, dentro das suas competências. Outras especialidades disseram presente e fizeram o acompanhamento: Fisioterapia/Cinesiterapia, Nutrição.

Os dias foram passando. A bateria de exames, análises e gasimetrias eram diárias. Nada podia faltar e não faltava, mesmo!

Se durante o dia se via a azáfama dos Profissionais, particularmente dos Enfermeiros, a tratar dos doentes, altas e admissões, tudo se complicava no turno da tarde e noite com a Equipa mais reduzida, mas uma intensidade de trabalho brutal. Mas o sorriso, a competência, o conhecimento científico, o olhar atento e clínico para o não-verbal dos doentes, era/é uma característica destes heróis, apesar dos semblantes de cansaço, das “olheiras” e de muitos quilómetros nas pernas, durante os turnos.

Há gestos que jamais podemos esquecer. A Enfermeira Gestora deste Serviço, minha Colega da Especialidade, tinha sempre um gesto de muito carinho, um miminho permanente: o envio de um café pós refeição do almoço. E no dia da alta hospitalar, o especial café vinha acompanhado por dois “bolos húngaros”, que a Colega tinha comprado na pastelaria, logo pela manhã, expressamente para mim.

Cá fora as preocupações com o meu estado de saúde eram muitas. Os Colegas da minha Unidade de Saúde, das diferentes classes profissionais, disseram sempre presente. Os meus Colegas, uns ainda no activo, outros já jubilados, de outra Unidade, com quem trabalhei e trabalho, fizeram uma corrente de fé, orações e de energia positiva, por mim. Muitas e muitas pessoas telefonaram à minha Esposa, aos meus Pais, a inteirarem-se do meu estado de saúde. A TODOS, estou-lhes muito grato. Não posso esquecer ninguém!

No dia da alta hospitalar, ver o meu filho mais velho na portaria do hospital para me trazer para casa, foi uma sensação indescritível. Voltar a ver aqueles olhos de diamante, com a cor do doce mel, foi fabuloso. Voltar a ver os meus Pais, embora à distância, prevenindo riscos desnecessários, ver a minha casa e sentir o abraço dos meus Filhos e Esposa, foi/é extraordinário e difícil de explicar. Ainda hoje o é! Muita emoção junta, muitas sensações únicas! Fazer o trajecto de regresso a casa, olhando e sentindo o mar, voltar a “viver o meu espaço”, não é traduzível em palavras!

Humberto Domingues
Enf. Especialista Saúde Comunitária
2021.10.09

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...