quarta-feira, 31 de julho de 2019

MOMENTO REFLEXIVO - ENFERMAGEM

MOMENTO REFLEXIVO

Desde há muitos anos e, particularmente, desde 2015, que a intervenção de Governo e Assembleia da República contra os Enfermeiros Portugueses, tem sido uma realidade.

O discurso surdo, narcisista e esquizofrénico do governo foi adiando a resolução das reivindicações dos Enfermeiros. Os Enfermeiros chegaram a um limite que desencadeou o aparecimento de movimentos inorgânicos, fora dos sindicatos, agitando toda esta “organização estável” até então vivida e que servia o interesse do Governo. Perante a necessidade de reposição de direitos, nova carreira e outras reivindicações, ressurgiram manifestações, greves, nasceram novos sindicatos e os Enfermeiros voltaram a ter alma.

A Ordem dos Enfermeiros e particularmente a sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, passou a estar presente nas discussões sobre Saúde, a participar de igual para igual, em paineis televisivos, telejornais e de grande informação. A defesa dos Enfermeiros, a sua formação e as suas reivindicações passaram a estar na agenda do dia.

O Ministério da Saúde começou a ser confrontado com uma verbalização e retrato da realidade, como nunca se tinha visto, levando até o Ministro da Saúde a admitir que as reivindicações dos Enfermeiros eram justas. Mas o descontentamento era crescente, a respostas a estas reivindicações não surgiam e em 2017, o grande desafio foi dado por um grupo de Enfermeiros – Enfermeiros Especialistas Saúde Materna e Obstetrícia EESMO’s – que ameaçou entregar as suas cédulas profissionais de especialistas e passarem a exercer como generalistas, criando o caos nos blocos de partos e maternidades. Foi um momento de grande coragem, força e essencialmente a demonstração da falta e necessidade destes profissionais num serviço tão importante como os blocos de partos e as maternidades. Foi e é de tal forma importante, com o caos a instalar-se que levou o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos, voltando atrás nas suas declarações, a aconselhar o Ministro da Saúde a chegar a acordo com os Enfermeiros. Seguiu-se a greve de uma semana e a culminar com a grande manifestação de 15 de Setembro em Lisboa.

Desde essa data até aos dias de hoje, falar de Enfermagem nunca mais foi igual! Foi de tal forma diferente, que se ouviram as maiores barbaridades e coisas estranhíssimas da boca de comentadores, políticos e responsáveis de inúmeras instituições a falar sobre o que não sabem, que é a Enfermagem. Inclusivamente, de quem tinha obrigação de saber e não o fez, como foi o caso do Presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Dr. Alexandre Lourenço.

Chegados a estes dias, com a mudança de Ministro da Saúde, com a publicação de uma má carreira, com manifestações e greves, notamos, vimos e sentimos que, o Governo da Esquerda Geringonça, não defende os Enfermeiros, cativa verbas e não investe no SNS e por isso o vai desmantelando, tornando-o inoperacional e rudimentar.

Também notamos, vimos e sentimos que este mesmo Governo pós todas as suas engrenagens políticas, de influências e de autoritarismo a funcionar, manipulando informação, filtrando a informação dos e para os “midia”, inclusivamente pondo a inspecção e o “poder judicial” ao seu serviço, numa justiça que se quer e deseja imparcial, independente e ao serviço da Nação.

Depois de inúmeras peripécias, insultos e afrontas, julgo que muitas destas razões se devem ao facto de sermos muitos Enfermeiros e o “peso” do número de votos contar, por isso é preciso – dividir para reinar - foi o lema! Por outro lado, nesta mesma perspectiva, não é cômodo para o Governo e para o poder político ter uma Ordem Profissional e uma Bastonária, que com a sua independência, chame as coisas pelos próprios nomes, confronte directamente os Deputados, Ministros, Secretários de Estado e demais governantes e políticos para as coisas e situações que se vivem. E como este Governo não quer vozes independentes e incômodas, tenta a todo custo, que nas próximas eleições dos Órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros, a Enfª. Ana Rita Cavaco e a sua lista saia derrotada. Com esta derrota, pensada e desejada pelas mentes do governo e de algum sindicato, seria um descanso. E deixava-se de falar de Enfermagem!

Assim, num momento reflexivo (a minha mensagem) partilha-lo com os Enfermeiros:
1- Pedir que sejamos clarividentes e não deixar a nossa Ordem para quem, em anos a fio, nada fez para a nossa Classe, nivelando sempre por baixo, qualquer diligência efectuada;
2- Não perder identidade, independência e capacidade de intervenção nacional, lado a lado e de igual para igual, com outras Ordens e Bastonários nas discussões das questões da Saúde, em Portugal;
3- O futuro precisa de Todos os que se sintam Enfermeiros, em torno da sua Classe profissional e da Sua Ordem, e não retalhados em sensibilidades políticas e sindicais, de desagregação da própria Classe;
4- A Ordem dos Enfermeiros precisa de uma Bastonária com voz activa, firme e esclarecida, porque os desafios serão sempre grandes, perante e em consequência de uma intervenção pública alargada, responsável, pedagógica e construtiva para um bom Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas mais do que isso, para um excelente Sistema de Saúde (SS). Mas essa voz firme e esclarecida já a temos. É preciso mante-la e chama-se Ana Rita Cavaco.
5- Não nos deixemos distrair nem desviar o foco, com declarações à Comunicação Social, manipuladas, incorrectas, para desviar atenções da inoperância, incapacidade e gestão política da Srª. Ministra da Saúde e do Governo.

O Futuro, para a Classe de Enfermagem, está aí! O caminho a percorrer e as opções, em grande parte, dependem dos próprios Enfermeiros Portugueses. A demagogia, a hipocrisia e a manipulação, vão ter o seu pico alto neste período de campanha eleitoral para as legislativas. Promessas vão ser muitas e intencionalmente dirigidas à maior Classe Profissional do SNS. Estar alerta e saber discernir a realidade em contraponto ao ilusionismo e ao virtual, vai ser decisivo! 

Humberto Domingues
Enf. Especialista Saúde Comunitária
2019.07.31 – 07h30

 

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A AFRONTA À ORDEM DOS ENFERMEIROS POR PARTE DO GOVERNO


A AFRONTA À ORDEM DOS ENFERMEIROS POR PARTE DO GOVERNO
E O RELATÓRIO DA SINDICÂNCIA



O momento requer muita serenidade, face a mais uma afronta e provocação à Ordem dos Enfermeiros e à Sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, em face do que, ao que parece, diz o relatório da Sindicância a esta Ordem Profissional, produzido pelo IGAS.

A gestão da agenda política por parte do governo está a ser feita e gerida ao milímetro.

Reparem na utilidade política do aparecimento desta notícia sobre o relatório da sindicância à Ordem dos Enfermeiros, divulgado em espeço noticioso e em horário nobre, numa sexta-feira, num alto “momento share”, em contraponto com a necessidade de desviar as atenções, face aos desaires do governo, na gestão e combate aos incêndios, aos kits da protecção civil e aos desencontros na elaboração das listas a deputados do PSD. O resto da esquerda, à essa permanece caladinha!


Srª. Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco e restantes Orgãos da nossa Ordem dos Enfermeiros, a gestão da informação vai ser muito importante, porque não faltará a contrainformação instrumentalizada e usada cirurgicamente por parte dos “habituais”. Os Enfermeiros Portugueses, que assim se sintam, não vão esquecer nem perdoar os insultos, as afrontas, as ilegalidades e as manipulações de notícias que o Ministério da Saúde e o Governo fizeram/fazem, instrumentalizaram, executaram e exerceram contra esta Classe Profissional e à sua Ordem. Por isso não faltarão, com certeza, com o apoio em massa à Srª. Bastonária e à Ordem dos Enfermeiros. Haverá, contudo, sempre quem seja do contra e quem trai/traiu a sua Classe. Mas a maioria vencerá, inequivocamente!

Era espectável que o Governo, face às suas aflições e momento pré-eleitoral fosse “arranjar embaraços públicos” à Ordem dos Enfermeiros e à sua Bastonária, porque estes Orgãos Estatutários, elevaram a fasquia muito alto, na busca da verdade, exigindo transparência, respeito e denunciaram ilegalidades nos mais altos responsáveis e instituições do Ministério da Saúde.



A Srª. Bastonária, a Ordem dos Enfermeiros e os Enfermeiros em geral, aguardarão com serenidade, com inteligência e na gestão dos silêncios e oportunidades, o veredicto e sentença dos Tribunais, à luz da Lei, da Justiça e da Constituição da República Portuguesa, pilares essenciais numa democracia adulta e madura.

O nosso apoio não lhe faltará!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.26 – 23h00

quarta-feira, 24 de julho de 2019

UM POVO GRANDE QUE EM PEQUENO SE ESTÁ A TRANSFORMAR

UM POVO GRANDE QUE EM PEQUENO SE ESTÁ A TRANSFORMAR

A dimensão pequena que está a ter esta Nação e este POVO Português, cada vez mais amordaçado, que não reage e que “parece gostar de ver e sentir” o seu território a arder, o seu ouro a ser vendido, os governantes e políticos a enriquecerem, a corrupção a aumentar, uns quantos senhores a delapidarem as finanças públicas e um Primeiro-Ministro a culpar sempre os outros pelo que ocorre! “Parece gostar de ver e sentir”, porque não reage e as sondagens demonstram que gostam deste governo e da mentira que a todo custo, ministros e primeiro-ministro querem tornar em verdades.

Um POVO que outrora conquistou o mundo, dobrou o cabo das tormentas, transformando-o em boa esperança, é este mesmo POVO que todos os dias é insultado nas televisões, por este governo, nas declarações balofas e de babugem dos ministros, nos insultos invisíveis que sentem quando abastecem os automóveis e pagam os combustíveis, na propaganda sem termo dos meios de combate a incêndios, que se traduz numa falha permanente do Estado em dar segurança e proteger os seus concidadãos! E o Povo não reage!

Este, está a ser um POVO que perdeu dimensão, valores, que "parece que gosta" de ver os seus montes, animais, casas, bens e haveres a arder, os seus Familiares a morrerem indefesos entre as chamas, as suas cirurgias a serem adiadas, listas de espera manipuladas, os cuidados de saúde a piorarem, serviços essenciais, maternidades e de neonatologia/pediatria, e de proximidade a serem encerrados, e a dívida pública a aumentar. E o Povo não reage!

Este mesmo POVO que cada vez anda mais de cócoras, que parece que já não se consegue levantar, em que os militares pactuam com este poder político e egocêntrico, sequioso de dinheiro, que esmifra em todas as oportunidades o Cidadão e o erário público, até ao último cêntimo, que se vai acumulando em milhares e milhões de euros, sem tributação fiscal, em benefício próprio, tudo à luz e legalidade dos mesmos, pelos mesmos, que sentados na Assembleia da República, ditam e legislam leis para sua auto-protecção.

Este POVO traído e abandonado, pelos do costume, que ignoram lágrimas de sofrimento, rugas de anos e anos de esforço de uma vida rude e madrasta nos campos e montados.

Esta elite da grande urbe, vestindo lindos e reluzentes fatos azul marinho, esquecem a importância desta vida rural e do interior, que abastece de bons alimentos e produtos a urbe cínica, gasta, hipócrita e que em falsos afectos, abraça “para a fotografia” estes pobres cidadãos. Pobres nos bens materiais que acabaram de ser consumidos pelas chamas, mas ricos em sentimentos, em lealdade às suas raízes e à sua pátria, mas indefesos, são usados no mediatismo das “horas de share”, na caça à simpatia demagógica, insensível e oca! E o Povo não reage!

Óh Camões, como tinhas razão: “O fraco Rei faz fraca a forte gente.”

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.24 – 07h30

segunda-feira, 22 de julho de 2019

O MEDO É LIVRE - ENF. JOÃO PAULO CARVALHO - ORDEM ENFERMEIROS SRNORTE

O MEDO É LIVRE - ENF. JOÃO PAULO CARVALHO 
PRESIDENTE DA SECÇÃO REGIONAL DO NORTE DA ORDEM ENFERMEIROS


Meu Caro Presidente da Secção Regional do Norte - Ordem dos Enfermeiros, Enf. João Paulo Carvalho, agradeço-lhe muito este artigo de opinião. Agradeço-lhe como Enfermeiro, mas essencialmente como cidadão!
Um artigo de opinião, sem medo, com uma qualidade extrema, de reflexão profunda, real e inequívoca!
Muito, muito obrigado!
Bem haja!

Humberto Domingues - 2019.07.22

LINK:

quinta-feira, 18 de julho de 2019

EX-MINISTRA ANA JORGE E OS SEUS FANTASMAS DE ESQUERDA

EX-MINISTRA ANA JORGE E OS SEUS FANTASMAS DE ESQUERDA

Tem sido noticiado hoje, pelo jornal Observador (Rádio Observador), uma entrevista à ex-Ministra da Saúde, Drª. Ana Jorge, em que esta, “lamenta que Ordem dos Enfermeiros aja como se fosse um sindicato”.

A Srª. Drª. Ana Jorge deve ainda estar a viver algum dos seus fantasmas, desde quando era Ministra da Saúde, no Governo de José Sócrates, de 2009, onde destruiu o que de bom havia na Carreira de Enfermagem, com a conivência de um Sindicato e com o silêncio cúmplice da Bastonária de então, Enfª. Maria Augusta Sousa e Ordem dos Enfermeiros. Dizer que tanto este sindicato como a Ordem dos Enfermeiros e sua Bastonária, politicamente falando, eram do espectro politico de esquerda, do panorama político nacional.

Estas declarações da Drª. Ana Jorge, são clarificadoras perante o calendário eleitoral, que vai haver no final do ano, para os Orgãos da Ordem dos Enfermeiros, onde a esquerda “parkinsónica” do passado, vai tentar voltar a ocupar os seus Orgãos.

É um sinal evidente e inequívoco de que a Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco e actual Ordem dos Enfermeiros perturba muitos e particularmente os poderes instalados e encobertos e, as pretensões de tantos outros, que em nada beneficiaram/beneficiam a Enfermagem. Mas interessa dizer que a sua intervenção tem sido, no que às estritas competências da Ordem diz respeito, a defesa dos Enfermeiros e do próprio SNS, onde tem trazido a público e questionado o Governo sobre o real ou aparente investimento e falta de recursos humanos, neste Serviço Nacional de Saúde. Daí o incômodo que provoca!

Poderíamos dizer, que a Srª. Drª. Ana Jorge, ex-Ministra da Saúde, perdeu uma grande oportunidade de estar calada, face aos malefícios que o seu ministério e governo provocaram até hoje aos Enfermeiros Portugueses. Mas enfim, entendemos que a vontade serôdia de sede de algum protagonismo, possibilita estes bonecos políticos.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.18 – 07h30

quarta-feira, 17 de julho de 2019

O ATROPELO T(R)EMIDO DA SINDICANCIA À ORDEM DOS ENFERMEIROS

O ATROPELO T(R)EMIDO DA SINDICANCIA À ORDEM DOS ENFERMEIROS

O SILÊNCIO CONIVENTE DOS CONHECEDORES DA LEI PERANTE O ATROPELO ÀS LIBERDADES POR PARTE DAS ESQUERDAS – FALHOU A VOZ CÍVICA


Pela voz do Jornalista José Manuel Fernandes, podemos ouvir o que foi o atropelo à lei e das liberdades, por parte de um Governo das Esquerdas, a quem ninguém reagiu, nem houve escândalo político. Diz José Manuel Fernandes que faltou a voz cívica perante este atropelo.

Por aqui se pode avaliar como anda a nossa Sociedade, amedrontada (?), e os conhecedores das leis, e o alto Magistrado da Nação, Sua Excelência o Presidente da República, que fala por tudo, menos neste caso!

Deixo o link:
https://www.youtube.com/embed/J0jLqkPQa04?autoplay=1&loop=0&showinfo=0&rel=0&enablejsapi=1

Humberto Domingues
Enf Espec Saúde Comunitária
2019.07.17 - 07h30

terça-feira, 16 de julho de 2019

ORDEM DOS ENFERMEIROS PROCESSA IGAS

ORDEM DOS ENFERMEIROS PROCESSA IGAS
T(R)EMIDO ACTO SINDICANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Ordem dos Enfermeiros pela voz da sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, tomou uma posição firme, sustentada em dois pareceres jurídicos do Professor Catedrático Alexandre Sousa Pinheiro, especialista em questões do regime de proteção de dados e do Professor Catedrático Paulo Otero, de Direito Constitucional e de Direito Administrativo, contra a Sindicância instaurada pela Ministra da Saúde Marta Temido, processando a Inspecção Geral de Actividades em Saúde (IGAS), que é quem está a executar esta sindicância.

Com base nestes pareceres, afirmou a Srª. Bastonária que "o Ministério da Saúde tem agido sobre a ordem dos Enfermeiros como se a ordem jurídica vigente fosse semelhante ao modelo corporativo do Estado fascista italiano ou do Estado Novo português".

Recorde-se que esta Sindicância, pedida em Abril/2019, assentou em pressupostos que a Srª. Ministra da Saúde Doutora Marta Temido, usou para tal decisão: “indícios de eventuais ilegalidades resultantes de intervenções públicas e declarações dos dirigentes da OE” e também as contas da Ordem (?).

O Ministério da Saúde está em ebulição perante os casos e factos que acontecem em catadupa (corrupção no INEM, falta de Médicos nas escalas de fim de semana, encerramento de maternidades, lista de espera para cirurgias manipuladas, etc.), consequências de uma má gestão política, acima de tudo, mas também fruto de cativações exageradas de verbas, falta de financiamento, falta de gestão, de planeamento e de definição de prioridades reais.

A situação agravou-se desde que a Doutora Marta Temido assumiu o Ministério, criando a analogia como já alguém escreveu como “um elefante numa loja de loiça”, tal é o disparate, a inoportunidade, o desencontro, o desconhecimento e ignorância perante o que se passa na ampla e necessária gestão em, e na saúde.

Relativamente aos Enfermeiros Portugueses, a situação alterou-se com esta Ordem e com esta Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, ao dar voz a uma Classe Profissional, que vinha sendo permanentemente desrespeitada, ignorada e insultada, uma vez que os Sindicatos eram e, parece que continuam a ser, letra morta na defesa dos reais interesses da Classe e dos Enfermeiros.

A Srª. Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, afirmou que vai apresentar queixas-crime relativamente à conduta e actuação dos Inspetores da IGAS, que invadiram, as instalações da Ordem dos Enfermeiros, resguardados pela PSP. Consubstancia estas queixas-crime em: "Atenta a prática de actos materiais por parte dos senhores sindicantes, designadamente por ordem da senhora Inspectora Geral da IGAS, os quais configuram os crimes de sequestro qualificado, furto qualificado, coacção agravada, introdução em lugar vedado ao público, abuso de poder, acesso ilegítimo a dados informáticos, dano, difamação agravada e ofensa a pessoa colectiva agravada”. Participação que segue para o Ministério Público.

Aguardemos com toda a serenidade que o momento exige, sempre com a convicção que se a Srª. Bastonária não questionasse o poder político comodamente instalado, e se não houvessem eleições para os Orgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros, nada disto se tinha passado. E mais grave ainda, é minha asseveração, que dentro da própria Enfermagem, houve quem traísse a sua própria Classe Profissional para se por ao lado de outros interesses, que não os dos Enfermeiros, para que todo este nefasto manto de suspeição, de perfídia e de falsos julgamentos e perseguição tivessem lugar nestes últimos períodos que temos vivido, sempre em prejuízo dos Enfermeiros, infelizmente!.

Perante todos estes incidentes e atropelos à lei, tudo se torna claro, para se ter a certeza da falta de estatuto e dimensão política da Srª. Ministra da Saúde Doutora Marta Temido e perceber que este Governo geringonçado nada fez para alterar e melhorar as condições de trabalho, de carreira e de remuneração dos Enfermeiros Portugueses e teve sempre dois pesos e duas medidas, em desfavor, sempre, dos Enfermeiros, com consequências nefastas para o SNS.

Bem-haja Srª. Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, e toda a Ordem dos Enfermeiros pela luta que encetaram, pelo respeito que exigem e pela visibilidade que têm dado à Classe e a todos os Enfermeiros, que se sentem Enfermeiros.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.16 – 07h30

quinta-feira, 11 de julho de 2019

UMA MARATONA,UM ENFERMEIRO, E A NECESSIDADE DE VALORIZAR O SNS E SEUS RECURSOS HUMANOS


UMA MARATONA,UM ENFERMEIRO, E A NECESSIDADE DE VALORIZAR O SNS 
E SEUS RECURSOS HUMANOS


Um esforço tremendo! Uma "maratona" que se os Enfermeiros Portugueses quiserem, não se esgota no dia de hoje.

Tem sido dia a dia, deixada uma mensagem, que não tem sido suficientemente amplificada pelos diferentes Órgãos de Comunicação Social. Uma pena!

É uma pena, porque esta mensagem não tem sido só para e pelos Enfermeiros, mas também e se calhar, essencialmente, pelo SNS, onde todos temos, algum dia, uma cama ou um momento, em que precisamos de nos tratar. E essencialmente, as Classes sociais mais desfavorecidas, que precisam deste SNS, com capacidade de resposta, de vos acolher, prevenir, tratar e reinserir na vida activa, retomando as actividades de vida diária com mais vida nos anos.

Podem os Relatórios de Primavera serem às resmas, muito eruditos, tecnicamente irrefutáveis, mas se não se valorizar, reconhecer, estimular e remunerar correctamente os Recursos Humanos, concretamente Enfermeiros, não há SNS, nem qualquer outro sistema ou serviço, que aguente e que corresponda às reais necessidades das População, dos Cidadãos e do Povo.

Por tudo isto, pela mensagem, pelo espírito de sacrifício, agradeço ao Sr. Enf. Duarte Gil Ribeiro Barbosa, todo o seu tremendo esforço que tem dedicado e oferecido aos Enfermeiros Portugueses, ao SNS, e a demonstração de que quando se acredita, todas as causas são válidas. Ainda que, em condições adversas!


Pode não ser do agrado de todos, ou de muitos, mas é minha convicção, que hoje, a Enfermagem Portuguesa, tem mais uma página escrita a ouro, pelo Sr. Enf. Duarte Gil Ribeiro Barbosa, com suor e lágrimas.

Bem haja Sr. Enf. Duarte Gil Ribeiro Barbosa!

Muito grato.

Humberto Domingues
Enf Espec Saúde Comunitária
2019.07.11 - 21h00

domingo, 7 de julho de 2019

INCOMPETÊNCIA E INCONGRUÊNCIA DE UM MINISTÉRIO DA SAÚDE E DE UM GOVERNO GERINGONÇADO


INCOMPETÊNCIA E INCONGRUÊNCIA DE UM MINISTÉRIO DA SAÚDE
E DE UM GOVERNO GERINGONÇADO


O final da legislatura está a demonstrar que a gestão da Saúde por este Governo da geringonça foi desadequada, incompetente, não respondeu às necessidades dos Cidadãos, não percebeu a importância e desafios do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e não soube negociar, satisfazer e diminuir fossos que há mais de década e meia afrontam, desvalorizam e insultam os seus Profissionais, nomeadamente os Enfermeiros.

António Arnaut percebeu esta incompetência do actual Governo, e nos últimos dias da sua vida apelou ao Secretário-Geral do PS e Primeiro-Ministro, Dr. António Costa pedindo-lhe para salvar o SNS!


O presente Verão vai ser “tórrido” e fértil em episódios que em nada abonarão em favor do SNS. E, infelizmente, o que a Ordem dos Enfermeiros anda a alertar há cerca de 4 anos e, agora também, a Ordem dos Médicos, começa a concretizar-se em prejuízo dos Cidadãos, das grávidas, das crianças e adultos doentes oncológicos, do aumento das listas de espera de cirurgias, falta de camas e mais gravoso ainda, a falta de recursos humanos para colmatar as carências existentes, cumprindo-se as necessárias e exigentes dotações seguras, mas também, satisfazendo as respostas, com qualidade, face ao aumento de esperança de vida e ao que esta realidade representa para a Sociedade Moderna.


Os Enfermeiros, particularmente, desde 2017 têm encetado várias formas de luta, não apenas na tentativa de melhorar o seu estatuto e remuneração profissional, mas também, para alertar e demonstrar a caótica situação em que se estava a transformar o SNS. Poucos ou nenhuns, incluindo políticos, Governo, Comunicação Social, concordaram com os sinais que eram evidentes e demonstrativos do inadequado e desordenado caminho que estaria a percorrer o SNS. Hoje, algumas dessas classes e Ordens, que no passado, de forma cínica e muito pouco solidária contrariaram o que vinha sendo dito pela Bastonária e Ordem dos Enfermeiros, são os mesmos que a reboque dos acontecimentos, também eles fazem greve, dão voz ao estado de desmantelamento que o SNS está a atravessar e reforçam a demonstração de incompetência do Ex-Ministro e actual Ministra da Saúde do Governo “Geringonçado”.


O Ministério da Saúde mostrou-se incompetente com os Enfermeiros, como o fez também com outras Classes Profissionais, e sentiu-se encurralado com a realidade que vinha sendo demonstrada e com as greves, sinal evidente do descontentamento destes profissionais. O Governo acossado da situação partiu para o insulto gratuito, contrariou leis, produziu actos ilegais, criou factos e “bonecos políticos”, adulterou listas de espera, manipulou prioridades cirúrgicas e deliberou sindicância à Ordem dos Enfermeiros, em actos autênticos de um fundamentalismo ditatorial, próprios de quem perde a razão democrática, quer encobrir a realidade dos factos e usa as instancias e o poder do Governo “comprando” comentadores, Orgãos da Comunicação Social e instituições subservientes, para tentar esmagar e fazer calar vozes incómodas. Será a vivência de uma Venezuela em Portugal?

Tenho para mim, que a maioria dos comentadores políticos, avençados do Estado e de interesses menos visíveis, demonstraram não conhecer o que é o SNS na sua essência. Não sabem e não foram capazes de destrinçar entre Sistema de Saúde (SS) e Serviço Nacional de Saúde (SNS). Desconhecem o estatuto, as remunerações e as actividades profissionais das diferentes classes da saúde e por isso não compreendem que hoje as equipas são multidisciplinares e há dimensões do Cidadão doente, que não só a sua situação de doença clínica, que precisa de ser atendida e tratada.


Ficou desta legislatura o insulto barato e infundado aos Enfermeiros. A publicação de uma “Carreira de Enfermagem” que não respeitou a palavra do Governo, não fez justiça às reivindicações dos Enfermeiros e contributos honestos, leais e oportunos ao momento perdido pelo Governo, de demonstrar competência e vontade de estimular o reconhecimento e importância de uma Classe de Enfermagem que muito dá ao SNS, à Sociedade e que não se enreda na corrupção e interesses fraudulentos que a Comunicação Social vão noticiando e trazendo a público.


Perante esta realidade inequívoca de que o SNS está em pré-ruptura, não se conhece nenhum posicionamento público e claro de Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa. Lembrar que cabe ao Presidente da República na qualidade de Supremo Magistrado da Nação, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa. Por isso perguntar a Sua Excelência o que terá a dizer sobre os direitos constitucionais dos cidadãos – grávidas, bebés e doentes oncológicos – relativamente ao acesso aos serviços de proximidade e das Unidades e Hospitais do SNS? Fica a pergunta!


Os Enfermeiros demonstraram de que, quando unidos, são capazes de parar o SNS, encurralar o Governo, mas apesar disso, estar sempre junto do Cidadão, porque estão à cabeceira 24 horas por dia, durante todo o ano e não deixam ninguém sozinho!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.07 – 22h00

terça-feira, 2 de julho de 2019

A QUEM SERVE A DESINFORMAÇÃO E A MANIPULAÇÃO DAS NOTICIAS?


A QUEM SERVE A DESINFORMAÇÃO E A MANIPULAÇÃO DAS NOTICIAS?
AS AGENDAS NOTICIOSAS SÃO COINCIDENTES COM 
A AGENDA POLÍTICA DO GOVERNO?
  

Iniciou-se hoje mais uma greve dos Médicos e coincidentemente dos Enfermeiros, também. Greves que tinham sido anunciadas com pré-avisos devidamente publicados.

Curiosamente e coincidentemente (há coincidências que acontecem!!!) foram logo publicadas notícias de uma mega operação da PJ em torno de uma burla milionária no SNS, tendo sido detidos Médicos e Farmacêutico(s). Não está da minha parte nenhuma recusa em admitir este tipo de investigação, actuação das forças policiais e desmantelamento destas burlas e as devidas detenções. Mas acontecerem logo no primeiro dia de greve dos médicos, é que para mim é suspeita e coincidente com uma agenda política, movida ou influenciada não sei por quem, mas que tem um cariz de amedrontar os Médicos, distrair e desviar as atenções das pessoas e por ventura servir o governo e o Ministério da Saúde, face à impotência, falta de competência e capacidade de negociação e diálogo. Nada que não estranhemos, porque com os Enfermeiros passou-se o mesmo há bem poucos meses atrás.


E vejam a que nível de isenção e fiabilidade têm as notícias e as imagens que são passadas nas televisões, neste caso na RTP, onde foi noticiado que tinham sido detidos Médicos e Enfermeiros. Pura mentira! Foram detidos sim, Médicos e Farmacêutico. A quem servem estes enganos e imprecisões? Porquê este permanente achincalhamento criando danos à imagem da Classe de Enfermagem? Houve alguma reação dos representantes dos Enfermeiros, pedindo a reposição da verdade e um pedido de desculpas publico?


Perante as notícias de hoje, que terá a dizer o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Miguel Guimarães? Estará agora a provar do mesmo veneno que em finais de 2018 e início de 2019, os mesmos do costume, tentaram dar aos Enfermeiros?

É clara a fragilidade, incapacidade e incompetência da Srª. Ministra da Saúde na gestão deste ministério. Veja-se, para além de não conseguir negociar com Enfermeiros, Médicos e Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, não consegue levar a bom porto a Lei de Bases da Saúde! Enfim, incompetência completa!

São muitos os casos neste já longo calvário do Ministério da Saúde! Burlas no SNS com facturação duplicada, no INEM outro caso que foi notícia de corrupção, desvio de milhões na ADSE, escalas de médicos com falências de anestesistas, obstetras, maternidades encerradas, etc., etc., etc.

Onde vamos para neste caminho de manipulações, inverdades, notícias trabalhadas ao sabor de agendas políticas. É caso para perguntar se a nossa Democracia não estará em causa? Se para se manter o poder, vale tudo?


Cada vez confirmamos mais as palavras do Sr. General Ramalho Eanes, Ex-Presidente da República.

Para quando a política e os Serviços do Estado/Administração Pública, verdadeiramente, ao serviço do POVO? Para quando?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.07.02 – 22h00

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...