quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

VACINAS, A MAIS POTENTE FORMA DE PREVENÇÃO!

VACINAS, A MAIS POTENTE FORMA DE PREVENÇÃO!


Nos últimos dias, muito se falou de vacinas e vacinação. E ainda bem!


A vacinação, na nossa perspectiva, é a forma mais barata, mais simples, mais potente e com melhores resultados, no combate às doenças/infecções “clássicas”, antigas e dos nossos tempos modernos, que afectam/podem afectar o Ser Humano.


O grande referencial de vacinação em Portugal é o Plano Nacional de Vacinação (PNV) implementado em 1965 e chegou até aos dias de hoje, com as alterações e correções normais de um mecanismo que precisa de actualizações com base na investigação científica, no tipo de bactérias e vírus que circulam e infectam o Ser Humano e na própria mutação destes micro-organismos. Paralelamente à mutação vírica, a investigação e as novas moléculas que potenciam o efeito preventivo das vacinas tentam prevenir ou amenizar os efeitos nefastos destas infecções. Assenta este Plano em 5 princípios básicos, mas de uma consistência bem estruturada, até aos dias de hoje: “Universalidade, destinando-se a todas as pessoas que em Portugal tenham indicação para vacinação; Gratuitidade, para o utilizador; Acessibilidade; Equidade; Aproveitamento de todas as oportunidades de vacinação.”


Portugal é um dos países do mundo, onde as taxas de cobertura por vacinação são mais elevadas, em consequência da dedicação, experiência e trabalho desenvolvido pelos Enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e dos Médicos de Saúde Pública. Lembrar aqui as brigadas de vacinação, em que os Enfermeiros percorriam as escolas a vacinar os alunos, iam aos domicílios vacinar os adultos e até administrar medicação/tuberclostáticos no combate à tuberculose pulmonar. Hoje, nos Centros de Saúde, a vacinação acontece integrada nas consultas de Enfermagem de Saúde Familiar e na Saúde Pública, nas consultas do viajante. Todo um vasto e complexo trabalho, desde a logística de armazenar e transportar as vacinas (sejam elas mortas ou vivas) numa rede de frio adequada às características de cada vacina, os excipientes próprios, que se desenvolve muito eficiente e eficazmente, onde a disciplina major deste sucesso, inquestionavelmente, é a Enfermagem de Saúde Comunitária, servindo nos locais próprios e adequados a tal magnitude de serviço público. Temos por estes dias, um alerta a ter em conta, com o aparecimento de episódios de sarampo em crianças, no Reino Unido e que não estavam vacinadas. Detetada também em Lisboa e internada, uma criança, também não vacinada contra o sarampo e que era oriunda do mesmo estado. É inequívoca a importância da vacinação, no combate a estas infecções e contágios, por muito que haja a “nova” filosofia anti-vacinas.


O actual Governo de maioria absoluta que se demitiu, veio com a ideia peregrina da vacinação contra a gripe sazonal e covid-19, também ser efectuada nas Farmácias. As consequências desta má decisão, tudo leva a crer, teve/tem um preço elevado, para os Cidadãos, com o aumento de óbitos registados nestes períodos de Dezembro/23 e Janeiro/24. Não podemos fazer uma relação directa de baixa vacinação com o aumento de óbitos, mas acreditamos que, este aumento de mortes registadas, deve-se, entre outros factores, à baixa imunização das pessoas, por não estarem vacinadas, e comorbilidades, particularmente, os mais idosos.

Sabemos que os CSP, a Enfermagem Comunitária e a Saúde Pública, são eficientíssimos mas missões e campanhas de vacinação que levam a cabo. Se outros exemplos não forem tão visíveis e mediáticos, vejam o quão foi eficiente, de dimensões nunca vista, a vacinação contra COVID-19. Constatamos que o actual Ministério da Saúde e o Director Executivo do SNS, têm uma visão obtusa desta realidade e, provavelmente pressionados por lóbis, decidiram, mas mal, a vacinação nas Farmácias, lamentavelmente!

Para além desta má decisão, assistimos ao infeliz momento muito mediaticamente produzido, da Srª. Directora-Geral da Saúde (DGS) ser vacinada numa Farmácia, em detrimento dos CSP, de um Centro de Saúde ou de uma Equipa de Enfermagem Comunitária, que são Serviços Públicos! Repudiamos por completo todo este mediatismo e descriminação para com os CSP! Já agora uma pergunta: Quem vacinou a Srª. Directora-Geral da Saúde? Foi um Farmacêutico? Um Técnico de Diagnóstico e Terapêutica do ramo Farmacêutico? Ou foi um Enfermeiro? Terá noção a Srª. Directora-Geral do que é usurpação de funções, juridicamente falando?

Voltando aos princípios básicos em que assenta o PNV. Há um princípio inequívoco e, provavelmente, o grande pilar do sucesso das altas taxas de cobertura vacinal, que é o aproveitamento de todas as oportunidades para vacinar. Não temos dúvidas, o sucesso está aqui! Sempre que o Cidadão utente se dirige ao Centro de Saúde ou Unidade Funcional e tem consulta de Enfermagem, ou faz algum tipo de contacto com o Enfermeiro de Família, este consulta o seu processo clínico, avalia o “seu estado vacinal registado” e em caso de alguma falta de vacina, propõe ao utente vaciná-lo, naquele momento. Este procedimento responsável, esta proximidade e esta atitude profissional, possibilita uns cuidados de saúde de prevenção e de economia de meios e recursos, extraordinário. Por outro lado, o utente está em segurança, porque a vacina é-lhe administrada por um Profissional altamente qualificado, e em caso de acontecer alguma intercorrência, o Enfermeiro sabe como actuar. Por outro lado, proporciona ao Utente, comodidade, ao evitar a vinda desnecessária à Unidade de Saúde, só para vacinação, com a economia de tempo que isso possibilita.

Não duvidamos, acreditamos e reafirmamos nesta mais-valia deste serviço público, prestado pelos Enfermeiros dos CSP, no bem-estar, prevenir e cuidar das suas Populações e Comunidades, através dos Centros de Saúde, num verdadeiro serviço de proximidade e orientado pelas “guide lines” da Saúde Pública e não pressionados ou desvirtuados, por lóbis, interesses económicos mais claros ou obscuros e de riquezas/fortunas que não servem os verdadeiros interesses do Cidadão Utente, Grupos e Comunidades.

Vacine-se em segurança e atempadamente. Vacine-se pelo Seu Enfermeiro de Família.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.23

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

ASSEMBLEIA DO COLEGIO DE ENFERMAGEM COMUNITÁRIA

 ASSEMBLEIA DO COLEGIO DE ENFERMAGEM COMUNITÁRIA

ORDEM DOS ENFERMEIROS

Vai decorrer no próximo sábado a 1ª. Assembleia do Colégio da Especialidade de Enfermagem de Saúde Comunitária, no edifício da Cruz Vermelha, em Lisboa, cuja convocatória se partilha acima deste texto.

Humberto Domingues 
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.22


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

DIGNIDADE

 DIGNIDADE


Era só isto!

Obrigado!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.15

sábado, 13 de janeiro de 2024

MORREU O ENFERMEIRO JOSÉ CORREIA AZEVEDO

MORREU O ENFERMEIRO JOSÉ CORREIA AZEVEDO

EX-PRESIDENTE DO SINDICATO DOS ENFERMEIROS


Transcrevemos a mensagem deixada no site da Ordem dos Enfermeiros:

"Morreu esta madrugada, aos 87 anos, José Correia Azevedo.

Figura ímpar da história da enfermagem em Portugal, foi presidente do Sindicato dos Enfermeiros e desenvolveu um longo e profícuo trabalho sindical ao longo de décadas.

“A Enfermagem portuguesa está de luto. É uma grande perda”, lamenta o Bastonário da Ordem dos Enfermeiros. Luís Filipe Barreira acrescenta que “aprendi muito com o Enfermeiro José Azevedo e devemos-lhe uma vida de luta por melhores condições de trabalho para os Enfermeiros. Perdemos hoje um dos nossos melhores, resta-nos honrar o seu imenso legado"

Leia mais em:

”https://www.ordemenfermeiros.pt/noticias/conteudos/morreu-jos%C3%A9-correia-azevedo-figura-%C3%ADmpar-da-enfermagem-em-portugal/

#ninguemestasozinho #ordemenfermeiros

 


Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.13

2024 ANO PROMISSOR? SIM SE MUDAR DE GOVERNO E POLÍTICAS!

 2024 ANO PROMISSOR? SIM SE MUDAR DE GOVERNO E POLÍTICAS!



Estamos de volta ao contacto com os nossos leitores, para mais uma longa caminhada em 2024, ano este muito importante para Portugal e para todos nós, também! A nossa saúde é um factor e uma condição essencial, para que possamos viver, com qualidade e anos de vida, nesta nossa caminhada na vida terrena.

Uma pergunta simples: Já se vacinou contra a gripe sazonal e convid-19?

Temos assistido a uma procura e congestionamento dos Serviços de Urgência dos Hospitais, numa escalada que vem sendo “crónica”, particularmente nesta altura do ano, para além de outras. Isto é ciclo! Este ano estamos a assistir a um fenómeno aumentado, com doentes com síndrome gripal, porque a “campanha de vacinação” está a falhar.

O Ministério da Saúde, através da Direcção Executiva, entendeu e decidiu que as Farmácias passassem a vacinar a População. Esta “campanha falhada”, custa exorbitantes milhões de euros ao Orçamento e ao Estado, pago por todos nós, quando toda a vacinação era feita, e bem, nos Centros de Saúde e suas Unidades funcionais, a custos reduzidos. Mas a opção do Ministério e do Governo falhou! E os resultados estão aí! Lamentavelmente, os indicadores demonstram um aumento de mortalidade, cujos óbitos estão acima do expectável, como admitiu a Direcção Geral da Saúde (DGS). E ainda não atingimos o pico da gripe sazonal. A taxa de cobertura vacinal continua baixa! Vamos aguardar a evolução dos próximos dias, mas é assustador!

Neste sentido o final de 2023 e o início de 2024 veio demonstrar o caos no planeamento e na gestão da saúde, com doentes a recorrerem aos serviços de urgência, com tempos de espera na ordem das 8, 10, 16 e mais horas, para atendimento e a ficarem internados em macas, nos corredores dos serviços. Segundo a Comunicação Social e Familiares, até doentes oncológicos ficaram deitados no chão! Tristeza e pobreza absoluta! Este estado de coisas cria um sentimento de revolta enorme!

Portanto, em síntese, pelo que conhecemos, a decisão da Direcção Executiva e Ministério da Saúde, de pôr as Farmácias comunitárias a vacinar, ao que parece, quando muitos davam certezas, falhou estrondosamente. O Médico Dr. Filipe Frões, afirmou à Comunicação Social que “a maioria das pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), tinha gripe e não tinha vacinação”. Este Médico fez um paralelo de comparação com a taxa de cobertura vacinal de 2019 e diz que “na faixa etária acima de 60 anos era superior a 70% e este ano, com dados preliminares, a cobertura é de 62%”.

Convém lembrar que, a questão da gripe sazonal, provocada pelo vírus Influenza, associada a outras comorbilidades, que as pessoas idosas possuem, cria uma situação preocupante, de grande debilidade, dependência e que potencialmente aumenta o risco de morte, e por isso, a taxa de óbitos é elevada. Registar que neste ano de 2024, entre 1 e 7 de Janeiro, foi o período em que ocorreu mais óbitos, quando comparado com os últimos 3 anos. Há registo de mais 1700 óbitos no espaço de 16 dias. Daí a razão, de se colocar a questão do planeamento atempado, e de uma “campanha de vacinação” massiva, como os Cuidados de Saúde Primários (CSP) sabem fazer muito bem, e onde se deveria vacinar toda a População, para prevenir “males maiores” e a imunidade de grupo poder funcionar. Parece-me oportuno adoptar o uso da mascara facial, para evitar circulação e contágios do vírus.

Todas estas questões, dificuldades, embaraços e atrasos, não são questões do foro técnico ou erros dos seus Profissionais de Saúde. São más decisões políticas, falta de planeamento e erros políticos. São opções políticas erradas! É inconcebível que se crie uma Direcção Executiva com custos orçamentais brutais, cujo nome é apenas diferente, mas na essência, é o segundo Ministério da Saúde, no Porto e, o primeiro Ministério da Saúde em Lisboa, com dois Secretários de Estado, todo o seu staff, mais outras chefias e inúmeros cargos de nomeação política, em contraponto com o que se vê pelo país fora, onde se encerram urgências, maternidades e serviços essenciais e de proximidade ao Cidadão. Não se admitem, antes pelo contrário, deixam-se sair/fugir, Enfermeiros e Médicos do SNS. As carências de pessoal são evidentes, as dotações seguras dos serviços estão por cumprir e respeitar. Ouvimos todos os dias os cidadãos utentes a queixarem-se, com as reais dificuldades que vivem e sentem no seu dia-a-dia, no entanto, vamos ouvindo o Partido Socialista e o seu Governo dizer, que está tudo melhor. Está tudo bem! Um congresso do PS a vangloriar-se do passado. Sim, um passado que todos vimos e sentimos, de má gestão e corrupção, de destruição da saúde e desmantelamento do SNS, de destruição da Educação, da Justiça e inúmeras dificuldades no presente e para o futuro na Segurança Social, para não falar da Administração Interna, Polícias e GNR.

Infelizmente, estamos a viver momentos muito difíceis e delicados, fruto de um desgoverno, de um adiar decisões, de falta de planeamento e de uma irresponsabilidade major deste Ministério da Saúde e Governo Socialista (8 anos), onde se desmantelou o SNS, tornou a Saúde distante e frágil dos Portugueses e teima em propagandear facilidades sustentadas em mentiras e incertezas, que a todos nós, nos afectará.

Se em 8 anos de Governo, e uma maioria absoluta, não foi o Partido Socialista capaz de melhorar e oferecer soluções na Saúde, na Educação, na Justiça, o que terá agora, mais, para dar, enganando, e oferecendo a frase gasta “agora é que vai ser! Vai ser? Sim, se mudarmos de Governo e de políticas de esquerda, velhas e gastas! Porque de outra forma, votando nos que estão, o desmantelamento da Bandeira Portuguesa, de Portugal e dos serviços conquistados com a Democracia, vão sucumbir à política da mordaça, da perseguição e do compadrio, praticado pelo Partido Socialista

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.10

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

PERGUNTA: O QUE FARIAS PELA VISIBILIDADE

PERGUNTA: O QUE FARIAS PELA VISIBILIDADE



Coloquei esta pergunta nas minhas páginas do Facebook e em vários grupos, a seguinte pergunta:

Caro Colega Enfermeiro, o que faria para retomar a nossa luta na valorização da classe?

Muitas respostas foram dadas. Algumas delas estúpidas e outras muito engraçadas.

Humberto Domingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária

2024,01.11

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

TOMADA DE POSSE ORGÃOS ORDEM DOS ENFERMEIROS

TOMADA DE POSSE ORGÃOS ORDEM DOS ENFERMEIROS



No passado dia 19 de Dezembro de 2023, na Sala Tejo, do Altice Arena, do Parque das Nações, tomaram posse os diferentes Orgãos Nacionais e Regionais da Ordem dos Enfermeiros, empossando o Enf. Luís Filipe Barreira como Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.




Deixo também aqui o registo da posse e constituição do Colégio de Enfermagem Comunitária, ao qual pertenço.




Bom mandato

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.01.08

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...