domingo, 30 de dezembro de 2018

O LADO CERTO


O LADO CERTO

Caros Colegas ENFERMEIROS PORTUGUESES,

Ao finalizar o ano de 2018, permitam-me que republique aqui, o meu artigo de opinião - "É difícil estar no lado certo, às vezes! Os ENFERMEIROS PORTUGUESES estão!" publicado nas redes sociais e na Imprensa escrita, nomeadamente no Jornal "Correio do Minho" - Braga.

Republico-o (perdoem o atrevimento), porque entendo que estamos sempre no "lado certo", e particularmente nos anos de 2017 e 2018.

Continuo com a certeza que OS ENFERMEIROS PORTUGUESES continuarão no lado certo em 2019!

Um grande abraço a todos. Bom encerramento do ano de 2018 e um excelente 2019.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.30 - 20h00

sábado, 29 de dezembro de 2018

EXCELENTE 2019 A TODOS OS ENFERMEIROS PORTUGUESES


EXCELENTE 2019

A TODOS OS ENFERMEIROS PORTUGUESES


Mais um ano que se aproxima do fim (2018). E com isso, nasce um novo ano (2019), também!

O ano de que agora termina (2018), foi em minha opinião, um extraordinário ano, na luta, reivindicação e visibilidade para a ENFERMAGEM E ENFERMEIROS PORTUGUESES. Travaram-se várias lutas, que ainda não estão terminadas. Dizem que, pelo desgaste que os ENFERMEIROS provocaram, caiu um Ministro da Saúde. Passaram-se coisas raríssimas a nível do Governo da Geringonça!

Neste aproximar de final de ano, permitam-me que atribua os meus “globos de ouro”, a:
·         Movimento da Greve Cirúrgica;
·         Enfermeiros contribuintes, para o fundo da Greve Cirúrgica 1 e 2;
·         Sindicatos ASPE e SINDEPOR, por se colocarem ao lado dos ENFERMEIROS e decretarem a GREVE CIRÚRGICA, nos moldes em que foi decretada, merecendo aprovação do parecer da PGR;
·         ENFERMEIROS PORTUGUESES dos 5 Blocos Operatórios em GREVE CIRÚRGICA;
·         ORDEM DOS ENFERMEIROS com as suas Secções Regionais e a sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco.

Apesar dos insultos a que fomos sujeitos pela titular da pasta da Saúde, e às injúrias, afrontas, enxovalhos que nos tentam fazer e em desacreditar a nossa Classe, somos nós, ENFERMEIROS, o sustentáculo do SNS. Somos nós ENFERMEIROS que acompanhamos todo o ciclo vital do Homem. Somos nós, ENFERMEIROS, que estamos 24 sob 24 horas, 365 dias por ano, junto à cabeceira da cama. Somos nós, ENFERMEIROS, que muitas vezes, quando este ciclo vital termina, que fechamos os olhos destes pacientes, para iniciarem o caminho para a eternidade. Somos nós, ENFERMEIROS, tantas e tantas vezes que colhemos em nossos braços e ouvimos o primeiro choro dos bebés e os colocamos ao peito da Mãe. E depois damos as boas-novas aos pais que ansiosos esperam esta notícia.

Somos nós, ENFERMEIROS, que em tantos momentos, a única mão que aperta e toca o doente, os olhos que, com serenidade olhamos os outros olhos e somos, tantas e tantas vezes, os únicos ouvidos que escutamos, os pedidos, os desabafos e as últimas confissões e desejos.

Sabemos sobejamente, que os mesmos que nos aplaudem nos bastidores reconhecendo o nosso trabalho e mérito, são os mesmos que à luz dos holofotes, para poucos minutos de fama pacóvia, oca, fútil e idiota, verborreiam opiniões, carregadas de ignorância, na tentativa de amedrontar, desmoralizar e tentar dividir, o que agora está mais unido do que nunca. Até “nos” convocam para audiências na Assembleia da República!

Neste final de ano, como em tantos outros vividos, muitos de Vós Colegas, vão deixar as Famílias, a festa, a passagem do ano, para estarem de serviço, a tratar de outras pessoas, doentes. É a obrigação da nossa Profissão. Mas a realidade é que deixamos os nossos, para tratar dos outros.

2019 está aí! Já bate à porta. Teremos concerteza, muitos dias de luta, tristezas e aborrecimentos, mas teremos também dias de glória, alegria e orgulho de ser-mos ENFERMEIROS.

Caros Colegas ENFERMEIROS PORTUGUESES, o momento é de muita firmeza e de nervos de aço.

Nunca esqueçamos: “uns adoram-nos pelo que somos, outros odeiam-nos pelo mesmo motivo”.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Boas Festas e Feliz Ano Novo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.29 – 20h00
ENFERMAGEMNASLETRAS.BLOGSPOT.COM

ENTREVISTA DA SRª. BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS AO JORNAL "SOL"

ENTREVISTA DA SRª. BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS AO JORNAL "SOL"


Muito bem, Sra. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfa. Ana Rita Cavaco, para acabar o ano de 2018 com muito mediatismo e visibilidade para os ENFERMEIROS PORTUGUESES, (Com a ressalva de ainda não ter lido a entrevista).

Muito obrigado.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

POLÊMICA NA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA

POLÊMICA NA MATERNIDADE ALFREDO DA COSTA

Mais uma polêmica protagonizada pela Srª. Ministra da Saúde,Profª. Doutora Marta Temido e desta feita, com a Ordem dos Médicos, sobre os "famosos" 500€/hora, na Maternidade Alfredo da Costa.

* Aguentará tantas polêmicas, a Srª. Ministra da Saúde, em ano de eleições;

* Quem fala verdade e sem mitos, a Srª. Ministra da Saúde, ou a Ordem dos Médicos?

* Serão estas polêmicas para distrair a Sociedade, e o Ministério da Saúde se vitimizar, querendo fazer crer que os "maus da fita" são os Enfermeiros, os Médicos e os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica?
A Todos, Sociedade Portuguesa e Profissionais de Saúde, o que nos reservará o futuro com estes políticos autistas, narcisistas e obcecados pelos holofotes da fama bacoca?
Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.27 - 14h00

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

OS INSULTOS QUE, ATRAVÉS DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES, FAZEM À SOCIEDADE



OS INSULTOS QUE, ATRAVÉS DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES, FAZEM À SOCIEDADE

Está a chegar ao seu epílogo, o ano, que viu em muitas páginas de jornal, telejornais, painéis de discussão, comentadores e curiosos, falaram dos ENFERMEIROS PORTUGUESES. Falaram e escreveram muito, mas pouco disseram! Disseram mentiras, tentado passa-las por verdades, repetiram afirmações desvirtuando a verdade, o conhecimento, a realidade, algumas vezes até, num tom altivo, ameaçador e desenquadrado do momento. Estas afirmações tiveram uma actriz muito especial, de seu nome Marta Temido, investida em autoritarismo, prepotência e falta de saber estar, quer como Presidente da ACSS, quer como, na passagem que está a fazer como Ministra da Saúde.

Verificamos que os vários alaridos que fizeram, foram inversamente proporcionais à verdade e ao que efectivamente se passava/passou e passa na Saúde/SNS.

Foram tantos os momentos que vimos e escutamos a desconexão que os políticos e mais altos decisores têm, em relação com o terreno e a realidade de todos os dias, num qualquer serviço de Saúde do nosso querido SNS.

Constatamos pelos vários programas de televisão, nos “Prós e Contra”, nos últimos debates e painéis sobre a GREVE CIRÚRGICA, páginas de jornais com artigos daqueles que, noutros bastidores, beneficiam das listas de espera criadas artificialmente para alimentar, egos, estruturas e organizações, falando apenas de mediatismo e da “rama dos problemas”, sem serem capazes de ir à essência das questões que afecta o SNS e os ENFERMEIROS PORTUGUESES – Desinvestimento, falta de carreira, remunerações baixas, etc.!

As televisões de Portugal são a passerelle para os políticos deixarem a sua verborreia, envolvida em muita ignorância e numa tentativa manipuladora, num esforço inglório de virar a Sociedade contra os ENFERMEIROS, tentando justificar as suas posições narcisistas, irresponsáveis e desfocadas da realidade, de um problema muito mais profundo que a GREVE CIRÚRGICA desencadeada pelos ENFERMEIROS PORTUGUESES, em cinco blocos operatórios de outros tantos centros hospitalares do País.

A Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, no exíguo palco que o Sr. Ministro da Finanças Dr. Mário Centeno lhe deixa, esforça-se de forma atrevida, para exibir quem está Ministra, quem não sabe de politica, quem não sabe entrar num campo negocial, quem questiona a legalidade de documentos emitidos por órgãos superiores da Magistratura, quem insulta os ENFERMEIROS PORTUGUESES, forçada depois a ter que pedir desculpas e a demonstrar um desnorte completo, face à necessidade de ter serenidade, capacidade de construir pontes e portas de diálogo. Mas não o seu papel é pela afronta e pelo insulto, autoritarismo e prepotência.

Precisamente por estas formas que esta Srª. Ministra, de um Governo das Esquerdas, faz aos ENFERMEIROS PORTUGUESES, afronta e insulta toda a Sociedade Portuguesa, permitindo-se que uma instituição deste mesmo ministério que tutela, ofereça 500€ por hora a um médico anestesista para assegurar serviço na Maternidade Alfredo da Costa. É este mesmo Governo que deixou ao longo de anos acumular listas de espera de cirurgias, mas também e essencialmente, de primeiras consultas de várias especialidades. É este mesmo Governo que obriga a transferência de doente, em estado grave de Lisboa para o Porto por avaria de microscópio nos Hospitais de Lisboa. É este mesmo Governo que diferencia os Cidadãos no atendimento nos cuidados de saúde primários, onde as unidades são diferentes em acessibilidade, estruturas, falta de Enfermeiros e Médicos, Psicólogos e Assistentes Sociais. É este mesmo Governo das Esquerdas que tem uma Ministra que chama “infractores e criminosos” aos ENFERMEIROS PORTUGUESES que são o sustentáculo do SNS. Estes ENFERMEIROS são filhos de muito boa gente, filhos de Famílias honradas, pais de Família que se esforçam a trabalhar imensamente, em condições esgotantes e de burnout, para poder dar as melhores condições de educação e de habitabilidade aos seus descendentes. Este mesmo Governo das Esquerdas e Estado, que dá apoio à banca falida no valor de 16,7 mil milhões de euros, mas que acumula doentes nos SU em cadeirões rotos e colchões estafados, sem respeito pela privacidade e humanidade.

É este mesmo Governo das Esquerdas que por esta via, por alguns dos exemplos que atrás descrevi, insulta os Cidadãos Portugueses que vivem com dificuldades e pagam combustíveis dos mais altos, gás domestico quase ao dobro do praticado na vizinha Espanha, bens essenciais, portagens e outros bens sempre a aumentarem o custo de vida, com salários baixos e onde, por exemplo aos ENFERMEIROS, lhes criam dificuldades de actualização, progressão e obtenção de nova carreira. É este mesmo Governo das Esquerdas que deixa populações sem ajuda, onde a Protecção Civil falha deixando morrer populações queimadas, não reconstrói habitações e onde falha e demora no socorro à queda do helicóptero do INEM.

Caros Colegas ENFERMEIROS PORTUGUESES e dos Blocos Operatórios em especial, contribuintes da GREVE CIRÚRGICA 1 e 2, como vemos, até Sua Excelência o Sr. Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, apoia e veta diplomas de outras Classes Profissionais, mas nós ENFERMEIROS, só podemos contar connosco! Estamos sozinhos nesta luta. Contamos, inequivocamente com a ORDEM dos ENFERMEIROS, e nesta GREVE CIRÚRGICA, com os Sindicatos ASPE e SINDEPOR.

O ano que em breves dias nos fará companhia vai possibilitar-nos lutar, se TODOS OS ENFERMEIROS souberem estar unidos, ganhar as sucessivas “guerras”, para triunfar numa batalha final. Não vamos em discursos fúteis de Natal, nem em promessas ocas de novo ano (de várias eleições). Somos uma classe muito grande, que representa muitos votos e dos nossos familiares também. Queremos no concreto, compromisso assinado e respeito pelos princípios, pela ética e pela verdade. Não desmobilizemos! Não nos deixemos dividir. Não nos deixemos enganar, seja que fôr que queira desempenhar esse “papel de enganador” dentro ou fora da classe!

Não devemos instrumentalizar, mas devemos informar sobre a nossa luta, todos os que recebem o toque das nossas mãos, que recebem os nossos cuidados de saúde, que se despedem de nós quando têm alta, quando saem dos nossos consultórios agradecendo o controlo de glicemia, de peso ou de TA, quando vamos aos seus domicílios tratar, ouvir, escutar, administrar medicação, reconhecem o nosso valor, e por isso estão-nos gratos.

2019 está aí! Já bate à porta. Teremos concerteza, muitos dias de luta, tristezas e aborrecimentos, mas teremos também dias de glória, alegria e orgulho de ser-mos ENFERMEIROS.

Nunca esqueçamos: “uns adoram-nos pelo que somos, outros odeiam-nos pelo mesmo motivo”.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Boas Festas e Feliz Ano Novo 2019.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.26 – 22h00
ENFERMAGEMNASLETRAS.BLOGSPOT.COM

domingo, 23 de dezembro de 2018

A TODOS OS ENFERMEIROS PORTUGUESES, O MEU DESEJO DE BOAS FESTAS!



A TODOS OS ENFERMEIROS PORTUGUESES,
O MEU DESEJO DE BOAS FESTAS!

Mais um ano que se aproxima do fim. E com isso, nasce um novo ano, também!

Este ano de 2018, foi em minha opinião, um extraordinário ano, na luta, reivindicação e visibilidade para a ENFERMAGEM E ENFERMEIROS PORTUGUESES. Travaram-se várias lutas, que ainda não estão terminadas. Diz-se que pelo desgaste que os ENFERMEIROS provocaram, caiu um Ministro da Saúde.

Neste aproximar de final de ano, permitam-me que atribua as minhas escolhas, dando grande relevo a:
·         Movimento da Greve Cirúrgica;
·         Enfermeiros contribuintes, para o fundo da Greve Cirúrgica;
·         Sindicatos ASPE e SINDEPOR, por se colocarem ao lado dos ENFERMEIROS e decretarem a GREVE CIRÚRGICA, nos moldes em que foi decretada, merecendo aprovação do parecer da PGR;
·         ENFERMEIROS PORTUGUESES dos 5 Blocos Operatórios em GREVE CIRÚRGICA;
·         ORDEM DOS ENFERMEIROS com as suas Secções Regionais e a sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco.

Apesar dos insultos a que fomos sujeitos pela titular da pasta da Saúde, e às injúrias, afrontas, enxovalhos que nos tentam fazer e em desacreditar a nossa Classe, somos nós, ENFERMEIROS, o sustentáculo do SNS. Somos nós ENFERMEIROS que acompanhamos todo o ciclo vital do Homem, que estamos 24 sob 24 horas, 365 dias por ano, junto à cabeceira da cama. Somos nós ENFERMEIROS, que muitas vezes, quando este ciclo vital termina, que fechamos os olhos destes pacientes, para iniciarem o caminho para a eternidade. Somos nós ENFERMEIROS, tantas e tantas vezes que colhemos em nossos braços e ouvimos o primeiro choro dos bebés e os colocamos ao peito da Mãe. E depois damos as boas-novas aos pais que ansiosos esperam esta notícia.

Caros Colegas ENFERMEIROS PORTUGUESES, o momento é de muita firmeza e de nervos de aço, porque os mesmos que nos aplaudem nos bastidores reconhecendo o nosso trabalho e mérito, são os mesmos que à luz dos holofotes, para poucos minutos de fama pacóvia, oca, fútil e idiota, verborreiam opiniões, carregadas de ignorância, na tentativa de amedrontar, desmoralizar e tentar dividir, o que agora está mais unido do que nunca.

Mais um Natal está aí. Muitos de vós Colegas, vão deixar as Famílias, para estarem de serviço, a tratar de outras pessoas, doentes. É a obrigação da nossa Profissão. Mas a realidade é que deixamos os nossos, para tratar dos outros.

Aos Colegas que acolheram e trataram os meus Familiares, e ainda há 15 dias e daí até agora, isso aconteceu, o meu muito obrigado pela Vossa dedicação e profissionalismo.

2019 está aí! Já bate à porta. Teremos concerteza, muitos dias de luta, tristezas e aborrecimentos, mas teremos também dias de glória, alegria e orgulho de ser-mos ENFERMEIROS.

Nunca esqueçamos: “uns adoram-nos pelo que somos, outros odeiam-nos pelo mesmo motivo”.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Bom Natal. Boas Festas e Feliz Ano Novo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.23 – 22h00

ARTIGO DE OPINIÃO - JORNAL "CORREIO DO MINHO" - BRAGA


O meu artigo de opinião publicado no Jornal "Correio do Minho" - Braga

O SNS ESTÁ DEPAUPERADO E SEM INVESTIMENTO, MAS PARA A BANCA NÃO FALTAM MILHÕES DE EUROS!


O SNS está depauperado e sem investimento, mas para a Banca não faltam milhões de Euros!

Os ENFERMEIROS PORTUGUESES continuam nas suas justas reivindicações a lutar por uma nova Carreira, por remunerações justas e ajustadas às habilitações acadêmicas e profissionais que possuem, assim como às responsabilidades que os profissionais de Enfermagem têm e assumem, quando tratam dos doentes - vidas humanas.

Para além das questões de Carreira e laborais desta Classe Profissional, também o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está depauperado, sem investimento, degradado nos equipamentos e instalações.

Até agora, este Governo de esquerda e extrema esquerda, argumenta sempre que não tem dinheiro. Que não é possível corresponder às exigências dos ENFERMEIROS.

No entanto, este mesmo Governo das esquerdas radicais, é o mesmo que gasta e injecta milhões de euros, numa banca falida. E continua sempre, a haver uma grande fatia do Orçamento de Estado, para esta Banca sorvedoura da riqueza do Nosso Portugal!

Onde isto vai parar?

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária

SAÚDE ESCOLAR: PARCEIRO IMPRESCINDÍVEL DAS ESCOLAS DE HOJE



SAÚDE ESCOLAR: PARCEIRO IMPRESCINDÍVEL DAS ESCOLAS DE HOJE

Mais um ano lectivo que se vai iniciar. Novos alunos, novos professores em alguns casos, novos desafios e implementação de novos e/ou já conhecidos projectos.
As escolas de hoje encontram-se confrontadas com novos desafios, muitas exigências e reduzidos recursos, tal como na Saúde, para dar resposta a todas as exigências que alunos, pais e encarregados de Educação e a Sociedade em geral colocam.
Numa Sociedade moderna e em permanente ebulição  e com algumas transformações, a Saúde, na sua dimensão holística, é um parceiro imprescindível, de presença obrigatória, nas Escolas de hoje e do futuro.
Fazemos Saúde Escolar há muitos anos e o balanço que fazemos destes anos todos é francamente positivo.
A Saúde Escolar evoluiu muito na forma e no conteúdo de abordagem e implementação de projectos, processos e parcerias, com presença cada vez maior nas Escolas.
As Escolas/Agrupamentos, uns mais que outros, têm sensibilidade e começam a disponibilizar espaços que facilitem a instalação do “Gabinete de Informação ao Aluno” (GIA), gabinete este que adopta nomes variados nas diversas escolas, mas em locais fora de possíveis olhares ou controle de acesso. Estes “GIAs”, cuja função essencial é proporcionar um espaço de aconselhamento e de apoio de forma transversal ao aluno e, particularmente, nas áreas da educação para a saúde e educação sexual (Lei 60/2009 de 6 de Agosto.
Pela experiência que já vivemos ao longo de muitos anos a fazer Saúde Escolar, estes espaços (GIA), são de muita utilidade nas Escolas/Agrupamentos, desde que efectivamente tenham presença de profissionais, particularmente de Saúde/Enfermeiro e que a sua divulgação junto do corpo docente, não docente e discente, seja frequente e seja incentivador da sua utilização.
Assim e neste particular a intervenção nas Escolas, através da Saúde Escolar, ganha uma prioridade visível, aceite e aceitável por todos os parceiros.
Nas Escolas está uma larga franja da população do nosso território e da nossa Comunidade. Por isso é importante pensar e nunca dissociar esta Escola da Sua Comunidade e a intervenção da Saúde no seu universo. Se “pensarmos” dentro desta Escola a saúde dos seus alunos, estaremos concerteza e inequivocamente a pensar, a intervir, a tratar/cuidar/prevenir da Saúde Comunitária e do seu Universo de Comunidade. E estas Escolas/Agrupamentos, que às vezes até podem ser de uma mesma cidade, têm universos/comunidades obrigatoriamente diferentes.
A escola de hoje é o encontro de multiculturalidades, face à globalização que vivemos, porque:
·         É o (re)encontro/descoberta(s) de valores, referências e saberes;
·         É integradora, enquanto receptadora de alunos de várias culturas, civilizações e formas de agir e pensar;
·         É socializadora e socializante para/e da sua Comunidade;
·         É educadora enquanto disponibiliza e oferece conhecimento, experiência e oportunidade/possibilidade da cultura do eu, o eu diferente e o eu social;
Assim a ESCOLA, tal como a SAÚDE, têm de ser + abertas, + integradoras, + actualizadas, + modernas. Julgamos ser estas variáveis muito importantes para poder acompanhar e intervir nestas realidades comunitárias actuais;
A Escola enquanto micro universo de uma Comunidade é um local/espaço privilegiado para a construção da personalidade, da socialização e do espaço para a manifestação de muitos afectos, tem que ter a capacidade e a flexibilidade de compreender inúmeros fenómenos que se conjugam em acontecimentos culturais, sociais e políticos, mas também, antropológicos, biográficos e biológicos. Por isso a parceria com a Saúde é crucial e indispensável, numa intervenção comunitária responsável e conhecedora.
Entendemos que a intervenção e parceria da saúde na escola potencializa:
·         A importância da literacia em Saúde;
·         A Prevenção – Os ganhos em saúde verificam-se essencialmente pela mudança de comportamentos e adopção de hábitos e estilos de vida saudáveis;
·         E aqui a Prevenção como vector importante, criará a sustentabilidade do SNS.
                                                           
E por isso, entre muitas outras intervenções em Saúde Escolar, é preciso:
·         Potencializar as competências sócio-emocionais;
·         Potencializar a Saúde Oral e prevenção de cáries dentárias, a fim de evitar que seja uma porta de entrada para futuras patologias;
·         Potencializar os afectos e a sexualidade enquanto disciplina major de intervenção;
·         Valorização da auto-estima e a capacitação de dizer “NÃO” às pressões de grupo, ou outras;
·         Potencializar os hábitos de sono e repouso;
·         Prevenir comportamentos aditivos e alertas para o malefício destes, quando instalados;
·         Prevenção e luta contra os hábitos tabágicos e consumo de álcool, particularmente bebidas brancas e shots;
·         Prevenção de acidentes escolares e peri-escolares.

É este um campo enormíssimo e infindável de trabalho. Não podemos ser líricos perante esta realidade, mas também não podemos ignora-la. Assim, entendemos que há investimento a fazer:
·         Investimento na investigação em Saúde Escolar promovida pelas Unidades de Saúde em parceria com as Escolas;
·         Fomentar a qualificação, mas a idoneidade também, para uma intervenção capaz, abrangente e selectiva nas Escolas;
·         Articulação conjugada com as diferentes entidades do terreno (Autarquias, redes sociais, IPSS);
·         Pensar na importância do Enfermeiro nas Escolas, tal como existe o psicólogo e amanhã, talvez, o Assistente Social.

Em nossa modesta opinião, tudo o que a Saúde quiser trabalhar no âmbito da “Prevenção” e no desmistificar de “muros e barreiras” que possam parecer intransponíveis, terá que ser trabalhado a nível da Saúde Escolar onde tudo, me parece, é mais fácil, oportuno, económico e no contributo para a “construção” de cidadãos mais conscientes, conhecedores e praticantes da sã cidadania.

Bom ano lectivo!

Humberto Domingues
Enfº. Especialista Saúde Comunitária
Setembro de 2018

sábado, 22 de dezembro de 2018

GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES FAZ CAIR MÁSCARAS


GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES FAZ CAIR MÁSCARAS

À medida que se vão passando os dias da GREVE CIRÚRGICA, temos visto as mais insuspeitas individualidades a ficar sem máscaras. São inúmeras individualidades, respeitadas, como é evidente, que estão a ficar sem máscara, a mostrar a falta de preparação para comentar e discutir esta GREVE em geral e, particularmente, a real situação do SNS e dos ENFERMEIROS PORTUGUESES.

Já me referi em crónicas anteriores ao descalabro das declarações e impreparação demonstrada do Sr. Presidente da Associação de Administradores Hospitalares Dr. Alexandre Lourenço, que rapidamente se esfumou do mediatismo bacoco e fútil onde quis/tentou entrar. Pelo mesmo caminho, erróneo e errático, vai o Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Miguel Guimarães, classe prestigiada e também vítima do desinvestimento e abandono do SNS. Desde a tentativa de aproveitamento das declarações em que os Médicos poderiam operar nos blocos operatórios sem Enfermeiros, nitidamente uma casca de banana, em que caiu e se levantou algo combalido, tem deixado uma imagem de oportunista, perante a situação.

Hoje vem Sua excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, tipo flash ou selfie, falar nos Enfermeiros, mas que até agora, lhe faltou tempo para os receber em audiência, há muito tempo solicitada por estes profissionais. Deve andar abalado com a questão do GES da Sua namorada. Oh Sr. Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, só agora se lembrou dos Enfermeiros? Mas sabe Va. Exa., agora é um pouco tarde, não acha? Tanto cinismo!

Depois, desde o fins-de-semana, contemplamos um desfilar pelos ecrãs das televisões, principalmente da SIC, alguns comentadores, a pavonearem-se, em que, por ignorância, distração, indicações do poder vigente, ou por influência do Dr. Ricardo Costa-Director de Informação da SIC e irmão do Sr. Primeiro Ministro, disseram barbaridades, descontextualizadas e mostrando uma verdadeira ignorância sobre a situação dos ENFERMEIROS PORTUGUESES, suas reivindicações, situações de trabalho, carências dos serviços do SNS, remunerações e carreira. E foram várias as personagens desenquadradas com a realidade: Dr. Marques Mendes, Jornalista Manuela Moura Guedes, Jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares. Valeu a lucidez do Jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho.

Hoje no parlamento, no debate quinzenal, durante a tarde, era bem visível o desconforto do Sr. Primeiro-Ministro Dr. António Costa, perante as perguntas acutilantes da oposição, quer da direita, quer mesmo dos parceiros da sua geringonça, Bloco de Esquerda e do PCP.

Mas uma insuspeitável máscara também caiu, e que me causou muita surpresa, foi a do Dr. Rui Rio, ao pedir para que os Enfermeiros “metam a mão na consciência”!!!!! Óh Dr. Rui Rio, também já tínhamos percebido a sua intenção de afundar o SNS, mas agora ficou mais claro, quando diz que o Governo deve recorrer aos privados e ao sector social, para resolver as questões das cirurgias adiadas. Se me permite, peço-lhe que se informe adequadamente, não fale de improviso do que não sabe ou conhece, e repare, isto não são números, são pessoas. Sinceramente Sr. Dr. Rui Rio, o senhor não é líder da oposição, é mais líder da decomposição!

Percebemos todos, o Vosso esforço para tentarem inverter o seguimento das coisas. Desvirtuar e enganar a Sociedade. Tentar desacreditar os ENFERMEIROS PORTUGUESES, com mentiras junto da População. Mas nós prosseguimos a nossa reivindicação e a nossa luta, pela verdade, com frontalidade, com respeito por nós, pelo SNS e pela População a quem servimos ao longo de todo o ciclo vital, seja no Natal, Carnaval ou Páscoa. Estamos com os nossos doentes 24 sob 24 horas, em qualquer circunstância ou estadio de doença, que vos flagele

Hoje e mais uma vez, com serenidade e chamando as coisas pelos nomes, na TSF, a Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfª. Ana Rita Cavaco, denunciou e clarificou a estratégia que directores de serviços, médicos-cirurgiões, Bastonário da Ordem dos Médicos, poder político e Srª. Ministra da Saúde, estão a pretender fazer. Deixo aqui o link para o ouvirem.
https://www.facebook.com/groups/329188577146725/?multi_permalinks=2160244777374420&comment_id=2160263550705876&notif_id=1544554268453042&notif_t=feedback_reaction_generic


Com estas atitudes, falta de diálogo, surdez absoluta do Governo, só levam a que os ENFERMEIROS PORTUGUESES continuem numa reivindicação objectiva, estruturada e pública. E por isso, desencadearam-se já os mecanismos com vista a uma “GREVE CIRÚRGICA 2”. A angariação de fundos já começou.

Um obrigado muito especial aos Colegas ENFERMEIROS dos Blocos Operatórios, pela coragem, afirmação e luta pela Classe de Enfermagem. Estão estes Colegas a escrever uma nova página na mui nobre e ilustre história da ENFERMAGEM PORTUGUESA. Obrigado!

JUNTOS SOMOS MAIS FORTE! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.11 – 22h30

PEDIDO DE DESCULPAS DA SRA. MINISTRA DA SAÚDE, AOS ENFERMEIROS PORTUGUESES, NÃO CHEGA!


PEDIDO DE DESCULPAS DA SRª. MINISTRA DA SAÚDE, AOS ENFERMEIROS PORTUGUESES, NÃO CHEGA!

A Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, apesar de ter formulado um pedido de desculpas, via telefone, à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfª. Ana Rita Cavaco, para mim não é suficiente. Não chega! O pedido de desculpas de Vª. Exª., têm de ser feito pela mesma via, por onde proferiu as “acusações e os insultos”, portanto, pela Sua própria voz, via rádio TSF ou televisão. Concretamente, foi numa entrevista à TSF/DN que chamou a todos os ENFERMEIROS PORTUGUESES “criminosos” e que negociar com os grevistas é “beneficiar o infractor”! Como? Se a GREVE CIRÚRGICA é legal, cumpre os preceitos legais, segundo até, o parecer do Conselho Consultivo da PGR e, estão a ser assegurados os cuidados mínimos, cirurgias urgentes e cirurgias oncológicas.

O gesto que teve de ligar à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, não chega! E não chega, porque a agressividade manifestada contra os ENFERMEIROS, já tem episódios anteriores. Para além disso, quando proferiu tais acusações e insultos não foi por telefone, foi na referida entrevista à TSF/DN.

A atitude que teve de se justificar, pedindo desculpas através de um telefonema, é uma atitude de um ser menor, sem coragem política para o fazer aos microfones da TSF e por isso, eticamente condenável.

Para além disso, o problema com o qual lutamos mantem-se latente. E o que os ENFERMEIROS PORTUGUESES desejam ver atendidas, são as propostas de uma nova carreira digna, com 3 categorias, incluindo a de Enfermeiro Especialista, apresentadas pelos Sindicatos que apoiam a GREVE CIRÚRGICA. É isso que está em cima da mesa.

Só nestes termos estarão sanados os conflitos e a agressão que a Srª. Ministra da Saúde protagonizou e dirigiu aos ENFERMEIROS PORTUGUESES.

Acrescento que, mesmo assim, está Vossa Excelência, Sra. Ministra, ferida pela incompetência política que demonstrou ter e que inclusivamente, foi já acusada pelo seu camarada de partido e Presidente da Câmara de VN de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, em declarações públicas, onde disse que a Sra. Ministra devia ter dado “uma prova de vida mais acentuada do que deu” e que teve uma atitude de “desprendimento com arrogância” no conflito com os ENFERMEIROS

Humberto Domingues
Enfº. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.18 – 16h00

MINISTRA DA SAÚDE DESNORTEADA COM A GREVE CIRÚRGICA, INSULTA ENFERMEIROS PORTUGUESES


MINISTRA DA SAÚDE DESNORTEADA COM A GREVE CIRÚRGICA, INSULTA ENFERMEIROS PORTUGUESES

Ouvi com atenção as declarações da Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, numa entrevista à TSF e DN, onde apelidou de “criminoso e beneficiar o infractor”, caso negociasse com os Sindicatos que decretaram e apoiam a GREVE CIRÚRGICA dos ENFERMEIROS PORTUGUESES de Bloco Operatório.
Estas declarações são a demonstração do desnorte, da impreparação e da incompetência que a Srª. Profª. Doutora Marta Temido tem para Ministra da Pasta da Saúde.
Estas declarações são um desrespeito completo pelos ENFERMEIROS PORTUGUESES. Assim, a actual Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, não tem mais condições para negociar com os ENFERMEIROS, nem tão pouco para continuar na pasta.
Como ENFERMEIRO e como cidadão honrado, não lhe admito, nem à Ministra da Saúde, nem a Srª. Profª. Doutora Marta Temido, esse tipo de epitáfios, juízo de valor insultuoso, ofensivo e difamatório. Para além de tudo, confere este tipo de declarações e insinuações, o consagrado no Código Penal Português, ou seja, é crime!

Assim, apelo:
·         À Ordem dos Enfermeiros, através da Srª. Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, uma posição firme e de repúdio veemente, por mais este insulto da Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, aos ENFERMEIROS PORTUGUESES, e desencadear uma queixa-crime contra esta cidadã;
·         A Todos os Sindicatos, ASPE, Enfª. Lúcia Leite E SINDEPOR, Enf. Carlos Ramalho, por serem os Sindicatos que apoiam a GREVE CIRÚRGICA, mas também o SE, Enf. José Azevedo e o SEP, Enf. José Carlos Martins, uma posição firme, e queixa-crime contra a Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, pelas declarações proferidas;
·         A todos os Movimentos e Associações de ENFERMEIROS, uma posição veemente de repúdio por estas declarações da Srª. Ministra da Saúde;
·         Ao Senhor Primeiro Ministro um pedido de demissão desta governante, porque efectivamente, não tem já condições para permanecer no cargo e levar a bom porto, qualquer tipo de negociações, porque insultou os ENFERMEIROS PORTUGUESES e quebrou um princípio de confiança, lealdade e boa-fé, tendo o feito através de juízo de valor, insulto e de insinuações;
·         Ao Senhor Presidente da República que tome conhecimento de mais este incidente/acidente com mais um Ministro deste Governo da Geringonça, porque são mais que repetidos.

Já não bastava o momento de luto e de tristeza, pela morte de uma Equipa do INEM (Enfermeira e Médico) e dois pilotos tripulantes do Helicóptero do INEM, para vir agora esta Senhora insultar os ENFERMEIROS PORTUGUESES!

Volto a dizer-lhe Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, não lhe admito de forma nenhuma que me insulte a mim e à minha Classe Profissional, porque todos os dias me levanto cedo e permaneço até para além do meu horário, tal como tantos outros Colegas, para com honra, dignidade e responsabilidade exercer a minha profissão de ENFERMEIRO, que abraço com honra e prazer. Há limites e linhas vermelhas que não se podem pisar, muito menos ultrapassar, e a Srª. Ministra da Saúde, ultrapassou tudo e todos. Por isso só lhe resta pedir a demissão porque não tem mais condições para permanecer no lugar. Não há segunda oportunidade.

Humberto Domingues
Enfº. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.16 – 18h00

DESNORTE DE POLÍTICOS PERANTE A GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES


DESNORTE DE POLÍTICOS PERANTE GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES

As televisões de Portugal têm servido de passerelle para os políticos deixarem a sua verborreia, envolvida em muita ignorância e numa tentativa manipuladora, num esforço inglório de virar a Sociedade contra os ENFERMEIROS, tentando justificar as suas posições narcisistas, irresponsáveis e desfocadas da realidade, de um problema muito mais profundo que a GREVE CIRÚRGICA desencadeada pelos ENFERMEIROS PORTUGUESES, em cinco blocos operatórios de outros tantos centros hospitalares do País.

Os políticos andam perdidos, desnorteados, a dizer asneira atrás de asneira, o que é preocupante, porque demonstram a sua total ignorância sobre o que é a ENFERMAGEM, OS ENFERMEIROS, O SISTEMA DE SAÚDE (SS) E O SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (SNS), uma disciplina geral que tem muito de gestão e de economia da saúde, e que eles não dominam, nem um pouco. O Governo Socialista e da Geringonça colocaram a sua influência e máquina a trabalhar com inúmeros “actores”, emissários e estafetas, desde deputados nacionais a eurodeputados, veja-se a Drª. Ana Gomes completamente perdida e a meter os pés pelas mãos, ao emitir opinião. E o Dr. Manuel Pizarro, desavergonhado e cínico, persiste na senda de destruição da ENFERMAGEM, continuando-se a ouvir os maiores dislates pela boca de tal criatura.

Estes políticos parecem letrados, na rádio, na televisão, em artigos de opinião, com jornalistas e comentadores a acompanharem neste desfile de ignorância, imprecisão e má-fé, não possibilitando o contraditório, de ouvir no mesmo momento os ENFERMEIROS, os Dirigentes Sindicais que apoiam a Greve (ASPE E SINDEPOR) ou os Membros da Ordem dos Enfermeiros.

A Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido acompanha este desnorte, numa linguagem incendiária, insultuosa e provocadora, mas que face à dimensão da sua “agressividade” e insultuosa verborreia, teve de recuar e pedir desculpa aos ENFERMEIROS PORTUGUESES, porque a reacção foi tanta, de tal forma e de tantos sectores, que não teve outro remédio. Pediu-se e mantem-se o pedido de demissão desta governante.

O certo é que, com este desnorte, esta onda de informação velhaca, comprada e desfocada da verdade, tentando manipular a opinião pública, tem-se demonstrado que esta GREVE CIRÚRGICA, está no bom caminho. Está a conseguir os objectivos e colocou o Ministério da Saúde, o Governo e os políticos afundados num mar de dúvidas, ignorância e falácias. E aqui não há escolha entre direita ou esquerda, PSD ou BE, PS ou PCP. Todos amolgados pela realidade da GREVE, que agora só lhes ocorre questionar a proveniência do fundo conseguido! E esta, hein?

A razão desta GREVE CIRÚRGICA dos ENFERMEIROS é um, entre os vários problemas que hoje assola o Serviço Nacional de Saúde (SNS), causado pelos diversos governos e políticos, da direita à esquerda, nos sucessivos momentos em que estiveram no poder e governaram o país, desinvestindo neste serviço, criando cativações, desvalorizando os Recursos Humanos, de entre outras classes profissionais de altíssima qualidade, competência e formação, os ENFERMEIROS PORTUGUESES.

Esta GREVE CIRÚRGICA, pela sua forma e magnitude, está a atingir os beneficiários de chorudos prémios de produção (tipo linha de montagem de fábrica), que não vão ser alcançados no final do ano, e por isso, criam e motivam raiva, fantasias, falsas verdades, “fake news”, para perverter o sentido da GREVE.

De salientar que apesar da GREVE estar a decorrer deste 22 de Novembro às cirurgias programadas, as cirurgias oncológicas, cirurgias de urgência e serviços mínimos, estão a ser assegurados, conforme acordado com o tribunal arbitral. Daí as manipulações, inverdades e um sem número de insultos que têm sido direccionados aos ENFERMEIROS PORTUGUESES, porque os políticos não estão a conseguir parar esta força que está em crescendo. O poder político e alguns “lobbies” montaram uma campanha, que está em andamento, de descrédito, suspeição, intriga, ilegalidade em desfavor dos ENFERMEIROS PORTUGUESES.

Por fim, façamos uma reflexão:
·         Todos questionam a GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES.
·         Questionam o financiamento, o tempo, a forma, sem fundamento, é claro. Até o insuspeitável PCP, pela voz do “camarada Jerônimo” questiona e, o seu braço armado para a Enfermagem, o SEP, nem aparece;
Mas:
·         Ninguém questiona o que levou os ENFERMEIROS PORTUGUESES a este ponto de rotura;
·         Ninguém questiona a degradação do SNS, materiais obsoletos e instalações em péssimo estado de conservação;
·         Ninguém questiona os permanentes adiamentos de cirurgias por material avariado e/ou falta de manutenção, falta de camas, falta de vagas em cuidados intensivos ou intermédios;
·         Ninguém questiona, neste momento, os tempos de bloco operatório, não aproveitados, nomeadamente nos turnos da tarde. Porque será?
·         Ninguém questiona as listas de espera, com anos de atraso, não só para cirurgias, mas também para primeiras consultas, das diferentes especialidades;
·         Curioso, nem os doentes, cidadãos e Famílias questionam a falta de tempo e falta de ENFERMEIROS para os cuidar, os ouvir e escutar, quer nos internamentos, quer no domicilio;

Não questionar a falta de ENFERMEIROS e a degradação do SNS, de hospitais e Centros de Saúde, há razão para exigir melhor cuidados de saúde, mais domicílios e mais reabilitação dos doentes? Julgo, sinceramente, que não!

Os ENFERMEIROS são os únicos profissionais que acompanham todo o ciclo vital do Homem, e que em caso de doença, estão todos os dias 24 sob 24 horas, 365 dias por ano, junto dos nossos cidadãos doentes. Disso não há a menor dúvida e pode ser constatado, mesmo em períodos de greve.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.12.17 – 22h00

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

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