quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

UM ADEUS A 2023 ONDE AS VACAS VOLTARAM A NÃO VOAR

UM ADEUS A 2023 ONDE AS VACAS VOLTARAM A NÃO VOAR


Está a terminar o ano de 2023, que para muitos, não deixa saudades! Fica um Portugal mais dividido, mais pobre e mais desigual.


Resta-nos a esperança para 2024.


Foi um ano, no campo político, muito estranho. No campo fiscal, muito sobrecarregado para os contribuintes pagadores e cumpridores. Lembramos que foi o ano em que os Portugueses mais impostos pagaram ao Estado, decorrente das taxas e taxinhas do Governo, impostos directos e indirectos, da inflação alta, do preço do crude elevado e da valorização do dólar, face ao Euro. Para a indústria do armamento, mais um ano fabuloso, porque as guerras continuam a eclodir – Israel e Hamas/Faixa de Gaza, que eclodiu, Rússia/Ucrânia que continua e, outras guerras menos mediáticas, mas que continuam a causar inúmeras vítimas e deslocados, nomeadamente em África.


Nós, por cá, continuamos com um Governo que caiu com um Primeiro-Ministro que se demitiu por “indecente e má figura”, mas que continua na propaganda, como se nada se passasse e como se estes últimos 8 anos, não fossem Governos do Dr. António Costa. Governos das ilusões, onde nem as “vacas voadoras” prometidas pelo Primeiro-Ministro, levantaram voo! Governo com ideologias das Esquerdas, onde o nivelamento é por baixo e onde o elevador social só tem pisos negativos e, nunca para cima. Este elevador social, para os outros, que desce sempre para o piso menos um, ou menos dois, mas nunca para eles! Um Governo que divide para reinar, não respeitando nem tratando as Classes Profissionais da mesma maneira – Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Assistentes Operacionais, Professores, Polícias, Oficiais de Justiça, etc. Um Governo que fala no “diabo”, mas deixou muitos “diabos”, tais como: O “diabo” nas urgências encerradas, nas listas de espera de cirurgias e consultas das especialidades, o “diabo” nos sucessivos anos lectivos com alunos sem professores, sem aulas e uma acção social escolar diminuta, um “diabo” que deixa um país mais pobre e desigual, mais órfão e mais dependente, um “diabo” de Governo que cai, apesar da sua maioria absoluta, porque o seu Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, se demitiu por estar sob suspeita e não conseguir governar, face a tantos interesses e escândalos com o seu Chefe-de Gabinete, Ministros e Secretários de Estado. Um “diabo” na habitação que pesa enormemente na carteira dos Portugueses, impossibilitando a aquisição ou aluguer de casa a custos compatíveis, um “diabo” que não cria espectativas e esperança aos jovens recém-formados e que os obriga e vê sair do País, encontrando estes, nesse mundo lá fora, melhores condições de tal forma, que não voltarão mais a Portugal!

A esperança para 2024 assenta no vislumbre de acontecer um Governo que fale verdade aos Portugueses, que devolva a confiança, que estimule a iniciativa empresarial, a vontade de crescer, de progredir e de “agarrar” o pelotão da frente da Europa, onde já estivemos. Que o Sr. Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, cumpra e faça cumprir a Constituição da República e seja o mais alto cargo da Magistratura Portuguesa e Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, em que os Portugueses possam continuar a confiar. O garante da defesa dos interesses do Povo Português. Não queremos um Presidente cúmplice dos desvarios de um Governo, dando cobertura à desorientação que posa levar à decadência e ruina de Portugal. Um Presidente da República onde a sua palavra seja ouvida e respeitada. Na Saúde, e aqui, mais que pela igualdade, mais que pela justiça, que haja equidade no acesso dos cidadãos aos serviços e cuidados de saúde. Que os bebés passem a poder nascer na terra onde os seus Pais quiserem. Que as grávidas deixem de andar centenas de quilómetros, até encontrar uma maternidade aberta. Que os idosos deixem de ir de madrugada para a porta dos Centros de Saúde, para poderem ter direito a uma consulta. Que as contribuições, para a Segurança Social, se traduzam em reformas estáveis, duradouras e que possibilitem condições de vida condignas.

Que haja um repensar cuidadoso, mas mais exigente na atribuição do “Rendimento Social de Inserção-RSI”, para que não se gastem fortunas abissais, todos os meses, para manter vícios de quem não quer e pode trabalhar e de quem nada dá em troco à Sociedade que desconta e lhe paga tão chorudos subsídios mensais. Há pessoas e famílias dependentes destes subsídios, há anos! Se o Povo soubesse quanto se gasta mensalmente nestes RSI’s, havia uma revolução. E tantos idosos, que ao fim de uma vida de trabalho e descontos, recebem umas míseras reformas!

Que nos pilares essenciais de uma democracia e de um País desenvolvido – Saúde, Educação. Justiça e Segurança Social – possam ser desenvolvidas políticas que beneficiem e protejam as Famílias, fixem os Cidadãos no seu País e haja perspetiva de um bom futuro para os Jovens, com a vida mais desafogada para os Idosos e Classe Média, que com este socialismo de pacotilha e esta avassaladora carga fiscal, tende a desaparecer.

Desejamos quem em 2024, a saúde de cada um, possa ser a melhor. E se não fôr, acima de tudo, que não faltem Enfermeiros e Médicos nos Centros de Saúde e Hospitais. Que não faltem Professores nas Escolas e que o Ensino estabilize e dê o salto qualitativo que se pretende.

Que haja mais juízes para diminuir a morosidade da justiça. Que na Segurança Social, todo o dinheiro arrecadado seja bem gerido e que não seja gasto a pagar buracos do jogo no Brasil, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para não faltar para as reformas de todos os que para lá contribuíram e não foi pouco. Que as Forças de Segurança vejam os seus poderes aumentados, para que os Cidadãos se sintam seguros, quando caminham nas cidades, vilas e aldeias e que a segurança dos Cidadãos e de Portugal, enquanto País, nunca esteja em causa.

Esperança para 2024! Voltamos com energia renovada!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.12.28

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A “NOVELA DAS GÊMEAS” E O DESVIAR DAS ATENÇÕES

A “NOVELA DAS GÊMEAS” E O DESVIAR DAS ATENÇÕES


A Política não olha a meios para atingir (quem quer que seja) os fins!


Assistimos nas últimas semanas o empolar do “caso das gêmeas” luso-brasileiras, que foram tratadas em Portugal, custando esse tratamento, uma pequena fortuna, ao que dizem. Não quero desvalorizar nada do que pudesse ter acontecido, pondo em causa a forma mais clara, legal e consentânea com as prioridades do SNS, mas que algo estranho aconteceu, isso parece que sim!


A outra questão é o “empolamento” desta “novela”, ocupando jornais, telejornais e debates com esta notícia. Isto porquê? Porque está a ser uma “sinfonia muito bem orquestrada” para desviar as atenções de outros e mais graves problemas e dificuldades que o País vive.
Ora vejamos:

A quem serve este desviar de atenções? Claramente ao Dr. António Costa e ao Governo do Partido Socialista. Um Governo de maioria absoluta que ruiu por dentro do mesmo, com episódios de corrupção, tráfico de influência, incapacidade política para governar, violência nos gabinetes ministeriais e intriga política, ao mais alto nível. E apesar de todo um ilusionismo tentado, nem as vacas conseguiram voar, como prometeu o Dr. António Costa!

Neste processo todo, interessa ao Partido Socialista “enlamear” o Presidente da República, envolvendo-o e implicando-o, na “praça pública” no caso, enfraquecendo a sua imagem e autoridade. E se dúvidas houvesse, ficou claro na entrevista do Dr. António Costa à CNN Portugal. Uma clara tentativa de ajuste de contas. Depois, cercando o Ex-Secretário de Estado da Saúde, Dr. Lacerda Sales, para poupar/proteger a Drª. Marta Temido, para não diminuir a sua candidatura à Câmara de Lisboa.

Mas esta “novela” e o ocupar o tempo nos telejornais em horário nobre, não pode servir para apagar a má gestão do Governo Socialista do Dr. António Costa. Foram oito anos de governos, em que deixaram, claramente, um país mais pobre, o SNS a ruir e a desmantelar-se, em favor da “Saúde Privada”. A Educação em estado lastimoso, como sabemos e conhecemos. A Justiça mais cara e distante do Cidadão. A Segurança Social em rotura e que não assegura reformas dignas, com claras ameaças de piorar. A Administração Interna e o SEF limitados na sua “vigilância” à entrada de imigrantes, que pode afectar a segurança do País.

Estes “episódios das Gêmeas” não podem esconder ou fazer esquecer a incompetência de inúmeros Ministros como os da Saúde, Educação, Administração Interna, do Ambiente, das Infraestruturas e da Agricultura, etc. São muitos os factos que efectivamente conhecemos e aconteceram. Não esquecemos os fogos de Pedrogão em 2017 e os que se seguiram, o caso TAP com demissões e indemnizações milionárias por explicar, o escândalo no Gabinete do Ministro João Galamba e as agressões entre os seus colaboradores. O conflito e a permanente desvalorização social com os Enfermeiros, Médicos, Professores e Oficiais de Justiça. As forças de segurança e os militares, limitados e desautorizados, nas suas intervenções. E mais arrogante ainda, as constantes alusões ao Ministério Público, tentando pressioná-lo e desacreditando-o, condicionando-o portanto, na sua actuação.

Escutamos o Dr. António Costa e os candidatos à liderança do PS (Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro) falar das dificuldades de Portugal, como se não tivessem sido Primeiro-Ministro e Membros dos últimos 3 Governos (8 anos). Parece que nada é com eles! Parece que não estiveram cá!

Não nos deixemos levar pelo desfoque da catástrofe, que foi a governação Socialista, em troco e distração com a “novela das gêmeas”, ainda que este caso seja preocupante. Os focos do palco não devem estar direccionados para este caso, mas sim para o que se passa no Portugal inteiro, com hospitais e urgências encerradas. Não podemos aceitar/tolerar, que agora, a troco de umas benesses e de aumentos de alguns euros (muito inferior à carga fiscal que pagamos), que continuemos na cauda da Europa, quando eramos um País promissor e do “pelotão da frente” da UE. Não podemos admitir uma carga fiscal brutal, para pagar desvarios e más opções do Governo, dando esmolas e proporcionando a subsidiodependência a quem pode, mas não quer trabalhar.

Não podemos esquecer, nem admitir, que a Saúde esteja cada vez mais distante dos Cidadãos. Que serviços e urgências encerradas seja o “novo normal” do SNS. Que não haja contratação de Enfermeiros e Médicos, com carreiras e remunerações dignas, consentâneas com a responsabilidade e exigência, que é tratar e cuidar de Pessoas, assegurando equipas e dotações seguras nos serviços. Não podemos admitir o permanente benefício de uns poucos, num constante prejuízo de muitos milhares.

A carga fiscal aumentou brutalmente e o benefício que os Cidadãos recebem em troca, nos serviços que lhe são oferecidos, como atrás referimos, são maus, desajustados, tardios e distantes.

O Portugal das “contas certas” é um País adiado, mais pobre, desigual, ou se quisermos, mais igual, pela pobreza que se vive. É o eterno nivelamento por baixo do Partido Socialista e das Esquerdas, promovendo a pobreza e a subsidiodependência em vez de prosperidade, progresso, riqueza, valorização social e respeito pelas gerações mais velhas e por quem trabalha, numa Sociedade livre e com menos Estado.

Infelizmente, temos um poder político frágil, que nos envergonha e que desvaloriza e desclassifica as Instituições que nos servem. Não quero, para mim, nem para o meu País, um tipo de política e políticos desavergonhados, irresponsáveis para com Portugal e os Portugueses, fragmentando até a imagem da Bandeira Portuguesa, e que se servem em proveito próprio, em prejuízo dos Cidadãos. Não quero Isso. Não quero, NUNCA!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.12.13

domingo, 3 de dezembro de 2023

O EQUÍVUCO DAS VACINAS NAS FARMÁCIAS VAI CUSTAR 11,5 MILHÕES EUROS

O EQUÍVUCO DAS VACINAS NAS FARMÁCIAS VAI CUSTAR 11,5 MILHÕES EUROS


A Direcção Executiva do SNS (DE-SNS), em nossa opinião, está prestes a cometer um erro gravíssimo, com implicações futuras, que se desconhecem e cujo impacto negativo que podem ter, são uma incógnita! Administração de vacinas nas Farmácias? Um erro clamoroso!


Sabemos que Portugal tem uma altíssima taxa de cobertura, de todas as vacinas, particularmente, as do Plano Nacional de Vacinação (PNV). Já agora, recordemos também, a vacinação Covid-19, onde os Enfermeiros foram os grandes responsáveis pelo sucesso e cobertura alcançados.


Por muito que outros a queiram chamar sua, esta altíssima taxa de vacinação alcançada, deve-se exclusivamente ao trabalho, dedicação entrega e profissionalismo dos Enfermeiros. Até porque faz parte das suas atribuições e competências. Este vasto trabalho traduzido no acto de vacinar, cuidado e dedicação, tem o seu expoente ao longo de todo o ciclo vital do Ser Humano, desde os primeiros dias de vida, até à hora da partida, “fornecendo imunização”, prevenindo doenças e possibilitando bem-estar ao longo da vida das Pessoas.


Quem possa pensar que administrar uma vacina, é “só” o facto de puncionar, está muito enganado. Quando o Enfermeiro/a vacina, olha para o utente (bebé, criança ou adulto)/doente/Pessoa e “cliente”, de uma forma abrangente e completa, ainda que não verbalizada. Faz-se uma avaliação sistémica.

Com esta decisão, temo muito seriamente que, a taxa de cobertura nacional diminua vertiginosamente e possa pôr em risco, perigo/questão, todo um investimento e trabalho do passado e a própria “imunidade de grupo”, ao diminuir o número de indivíduos vacinados.

Nesta atitude/decisão há um viés, desfoque e até de desonestidade intelectual, ao pretender-se passar a vacinação da difteria e tétano para as Farmácias e mais, poderem vir a “efectuar intervenções terapêuticas em situações ligeiras”. Por onde anda a Ordem dos Médicos? Sejamos honestos e claros! Não é a administração de vacinas, retiradas aos Cuidados de Saúde Primários e encaminhadas para as Farmácias, que vão libertar profissionais e tempo para dar resposta nas urgências hospitalares, nos serviços de obstetrícia ou nas cirurgias ou consultas de especialidade. Puro engano!

Esta intenção da Direcção Executiva é mais uma forma de desmantelar o SNS, numa área (CSP) que funciona em pleno e com resultados/indicadores visíveis, mensuráveis e evidentes. Estão aos olhos de todos! Com certeza (colocamos a dúvida), outros interesses, lóbis e capturas sobre a Direcção Executiva do SNS, estarão a impor esta decisão, que não favorece a segurança e interesses dos Cidadãos?

Já escrevemos anteriormente e voltamos a fazê-lo: “Esta questão merece uma reflexão responsável. Com esta medida, está a tirar-se o atendimento dos Cidadãos, onde tem que ser feito, que é nos Centros de Saúde e respectivas Unidades Funcionais. Depois, pôr-se profissionais, nomeadamente “Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia” a administrar/injectar as vacinas, sem a preparação adequada (com formação on-line de várias horas, ao que dizem) e sem capacidade de actuação e resposta no caso de reação anafilática (que pode causar morte), em que seja necessária punção venosa, administração de outra medicação e antídotos e suporte básico, imediato ou avançado de vida. Respostas, estas, que existem nos Centros de Saúde, com actuação imediata e com experiência, de Enfermeiros e Médicos, que esses sim, têm formação e é da sua competência actuar e administrar medicação endovenosa. Parece-nos haver aqui, ilegalidade nesta decisão e usurpação de funções, por parte de “Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia”, que não faz parte das suas competências profissionais, a administração de produtos e terapêutica por punção, seja ela dérmica, endovenosa ou intramuscular. Interessa perguntar: há aqui um procedimento que patrocina a falta de segurança na prestação dos cuidados ao Cidadão. Quem é o responsável ou responsáveis por esta decisão? E o Ministério da Saúde está a patrocinar esta ilegalidade?

Parece-nos também, que este assunto muito sério, está a ser tratado com alguma ligeireza e falta de planeamento adequado, para com tempo, suprir estas necessidades e não, resolvê-las, passando por cima e de pleno desrespeito pelas competências próprias das profissões, definidas por Lei. Com estas decisões, passa a estar, claramente, em causa a segurança dos Cidadãos. Estão desprotegidos!”

Noutra dimensão: Não seria/será mais sensato investir os cerca de 11,5 milhões de euros, nos CSP, do que esta “manobra arriscada” de por as Farmácias a vacinar? É que estes 11, 5 milhões de euros, saem dos impostos que o Cidadão paga! Estamos claramente a constatar um desvio de recursos do SNS/CSP para as Farmácias/sector privado. Os Cidadãos não questionam isso? Com este valor de verbas – 11,5 milhões de euros – facilmente nos pode levar a pensar, como hipótese, em negócios menos claros, corrupção ao mais alto nível, ou outros interesses mais obscuros que podemos, eventualmente, vislumbrar!

Não tenhamos dúvidas, a administração de vacinas nos Centros de Saúde é mais segura, mais barata e cujos indicadores sempre demonstraram um trabalho de excelência com efeitos e resultados mais que consolidados

A promoção e a protecção da Saúde são matérias demasiado importantes, como grandes vectores de força no âmbito da Saúde Pública, assumindo-se como um compromisso, que não pode ser delapidado com ideias voláteis, de circunstância, sem fundamentação sustentada, aparente e de convencimento.

Atrevo-me a colocar a hipótese: Parece que o Sr. Director Executivo do SNS, Dr. Fernando Araújo e o Sr. Ministro da Saúde, Dr. Manuel Pizarro, poderão saber muito de hospitais e gestão hospitalar, mas ficam bem visíveis as suas limitações na gestão da Saúde Pública e dos CSP, com estas medidas.

Caro Cidadão, não ponha a sua segurança em risco. Só quem está habilitado profissionalmente e com competência própria, reconhecida por Lei e pela Academia, é que pode administrar medicação, pelas diferentes vias, nomeadamente, vacinas. Caso contrário, estamos a falar de usurpação de funções, que não pode ser patrocinada pelo Governo nem pelo Estado. Em caso de intercorrências anafiláticas (que podem levar à morte), só os Profissionais habilitados (Enfermeiros e Médicos) são capazes de intervir e reverter.

Caro Cidadão, vacine-se em segurança no Centro de Saúde e por um Enfermeiro!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.29

terça-feira, 28 de novembro de 2023

CARTA ABERTA AO MINISTRO DA SAÚDE - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ENFERMEIROS DE CUIDADOS SAÚDE PRIMÁRIOS

CARTA ABERTA AO MINISTRO DA SAÚDE

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ENFERMEIROS DE CUIDADOS SAÚDE PRIMÁRIOS


Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.28

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

PUBLICAÇÃO CONSTITUIÇÃO GRUPO TRABALHO INTERNATO ESPECIALIDADE ENFERMAGEM

PUBLICAÇÃO CONSTITUIÇÃO GRUPO TRABALHO INTERNATO ESPECIALIDADE ENFERMAGEM 


Foi hoje publicado em Diário da República o Despacho do Ministro da Saúde, para a constituição de um Grupo de Trabalho, com vista à criação do internato para as especialidades de Enfermagem.

Humberto Domingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária

2023.11.22

terça-feira, 21 de novembro de 2023

COMUNICADO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS - VACINAÇÃO NAS FARMÁCIAS

 COMUNICADO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS  - VACINAÇÃO NAS FARMÁCIAS 


Caro Cidadão, não ponha a sua segurança em risco.

Só quem está habilitado profissionalmente e com competência própria, reconhecida por lei e pela academia, é que pode administrar medicação, pelas diferentes vias, nomeadamente, vacinas.

Em caso de intercorrencias, só os Profissionais habilitados, são capazes de intervir.

Vacine-se em segurança, por um Enfermeiro.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.22

AS DESORIENTAÇÕES DA DIRECÇÃO EXECUTIVA DO SNS

 AS DESORIENTAÇÕES DA DIRECÇÃO EXECUTIVA DO SNS




A Direcção Executiva do SNS e a gestão Socialista, no seu melhor!
O Dr. Fernando Araújo parece não perceber e ter noção da agressão, desmantelamento e erro que está a tomar/provocar, perante/nos Cuidados de Saúde Primários (CSP).

É preciso "levantar rancho"!

Sindicatos, Ordens dos Enfermeiros e Médicos, Associações dos CSP, das UCC, da Saude Familiar, das USF, etc. precisam de se unir e tomar posição pública, perante este descalabro de afirmações, atitudes e vontades.

NÃO DEIXEM DESMANTELAR O SNS!

NÃO DEIXEM DESTRUIR OS CSP!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.20

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ELEIÇÕES PARA ORDEM DOS ENFERMEIROS MANDATO 2023 - 2027

ELEIÇÕES PARA ORDEM DOS ENFERMEIROS
MANDATO 2023 - 2027








MENSAGEM AOS NORTENHOS

Caros Colegas NORTENHOS,

Ontem viveu-se mais uma noite memorável da História recente da Nossa Ordem dos Enfermeiros. É certo, também, que não teve aquele sabor especial, porque “antes de o ser, já o era”.

Agradeço a Todos os Colegas, o Bom acolhimento que sempre me deram e dedicaram.

Permitam-me no entanto, sem desprimor por nenhum Colega, que fale e enalteça o nosso Presidente, Enf. João Paulo Carvalho.

Vi sempre nele, um Homem com pensamento próprio, agregador de Pessoas/Colegas, conciliador de conflitos, olhando sempre para o benefício do todo e não a pequenez da parte. Vamos ter saudades João Paulo, JP para os Amigos.

À nova Equipa liderada pelo Sr. Enf. Miguel Vasconcelos, muitas, muitas felicidades. A herança é grande, mas tendes talento, arte e engenho, para prosseguir o legado, o sucesso, a união de Todos, com as diferenças de cada um!

É um orgulho ser NORTENHO e viver os momentos felizes e de companheirismo, que a noite de ontem nos brindou.

GRANDE, GRANDE abraço a Todos.

Humberto Domingues – 2023.11.16

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

NÃO NOS TOMEM POR TONTOS! NÃO DESTRUAM O QUE RESTA DE DIGNIDADE DO ESTADO!

NÃO NOS TOMEM POR TONTOS!

NÃO DESTRUAM O QUE RESTA DE DIGNIDADE DO ESTADO!


Assistimos, via televisão, Comunicação Social e Redes Sociais, ao escândalo político – “Operação Influencer” – que tem inúmeras “raízes” e variáveis e que chegou ao mais restrito, elevado e núcleo duro do Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, concretamente, Chefe de Gabinete deste, levando à sua detenção. Tudo isto se torna mais grave e alarmante, quando no Gabinete do Chefe de Gabinete foi encontrado “dinheiro vivo”, na ordem dos cinquenta e sete mil euros, disperso em envelopes e em caixas. De onde teria vindo tanto “dinheiro vivo”? De negócios com Angola? De consultadorias? Ou outras coisas que possamos suspeitar, apenas suspeitar? Pois…


Depois, todo o resto da trama que o Ministério Público investigou, escutou e levantou e, levou a constituir arguidos, detenções e buscas. De tal forma grave foi/é tudo isto, que desencadeou a demissão do Primeiro-Ministro e toda a crise política daí decorrente. Imagens degradantes foram passando na televisão. Um Ministro, constituído arguido em cujas buscas domiciliárias, segundo a Comunicação Social, foi encontrada “substância proibida” (embora em pequena quantidade, para consumo próprio, que não representa crime), a passear o seu cão, em calças de pijama, pela rua da cidade onde mora. (Aqui, a minha repulsa por este tipo de jornalismo e de devassa da vida privada). Apesar de arguido, apesar dos escândalos anteriores, apesar de todo um historial que não abona nada em seu favor, continuou Ministro do Governo da República. Não se demitiu e ninguém o demitiu, em tempo oportuno. Foi até à Assembleia da República na sexta-feira, defender o OE/2024, dizendo, em tom provocatório, que era Ministro da República e por isso estava a defender os investimentos da “sua pasta”, afirmando até, que não se demitia! Mas esta firmeza durou apenas até segunda-feira. Depois de toda a polémica, pressão mediática e triste cenário, finalmente apresentou a demissão e, de forma desavergonhada, afirma, “entender que não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha para o exercício das funções”.


No serão de sábado, assistimos ao Dr. António Costa, num descartar, mais uma vez, de amigos e de responsabilidades e, de abusivamente usar o Palácio de S. Bento, para a sua comunicação e campanha, tentar culpabilizar e ensaiar justificativos de vária ordem, até contra o Ministério Público. Faltam-me adjectivos para qualificar a postura do Sr. Primeiro-Ministro demissionário! Haja algum pudor, Dr. António Costa!


Assistimos também, a um Governador do Banco de Portugal, Prof. Mário Centeno, numa entrevista ao “Financial Time” a assumir que recebeu um convite para chefiar o Governo, nesta crise que se instalou, a convite do Sr. Presidente da República e do Sr. Primeiro-Ministro! O Sr. Presidente da República em comunicado desmentiu-o. E o Governador teve que vir desmentir-se a si próprio e admitir que não recebeu nenhum convite do Sr. Presidente da República. Que vergonha! Que descrédito! Que malabarista! E vejam só, um Governador de um Banco Central, a prestar-se a estes “desempenhos”. Coloca-se a pergunta: Com que credibilidade, este “mentiroso”, vai continuar a presidir ao Banco de Portugal? Com que autoridade se vai apresentar na Europa, perante os outros Governadores e perante o Banco Central Europeu?

As Instituições que são constituídas por muitas Pessoas sérias, dedicadas, insuspeitas e honradas, são afectadas e muito, por este “modus operandi” destes políticos. Temos assistido a um desmoronar da credibilidade e idoneidade das instituições do Estado em Portugal, pela péssima intervenção dos políticos governantes que as põem ao serviço deles e dos partidos, não olhando a meios. E o Partido Socialista quer-se assumir como “dono disto tudo”, com comportamentos censuráveis, degradando a confiança, reputação e o respeito que as Instituições merecem e deveriam ser preservadas. É que nada escapa, nesta escalada de polvo, chegando até aos Tribunais e Ministério Público, tentando descredibilizá-los. Há comportamentos éticos e morais reprováveis!

Para quando, a retoma de um comportamento de exigência, por parte da nossa Sociedade? Sentimos todos nós, comuns Cidadãos e contribuintes indefesos, mas sérios nas nossas obrigações com o fisco e no respeito com o Estado, que não estamos a salvo desta carga fiscal, sem retorno, de péssimos serviços públicos, onde estes Governos Socialistas destruíram a Escola Pública, a Saúde/SNS, a Justiça e a Segurança Social, promovendo a subsidiodependência e tornando os Portugueses mais pobres e indefesos, perante tamanha arrogância e desrespeito.

Queremos ter e olhar para as Instituições, para o Estado, para o Primeiro-Ministro, para o Presidente da Assembleia da República, para o Presidente da República e para os Tribunais, não com veneração, mas com respeito, não queremos um desempenho de vulgaridade, mas de elevação. Que estes intérpretes da Política e da Magistratura tenham um desempenho, não comum, mas de distinção, de verdadeira representação com brilho, com classe, com dignidade e ímpares na actuação. Infelizmente, em muitos dos casos, tal não acontece!

Estamos a viver, não uma crise política, mas sim, uma crise de regime e de valores!

Não destruam mais, o pouco que já resta da dignidade e independência de algumas Instituições do Estado.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.15

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

CANDIDATO A BASTONARIO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS - HOJE DIRIJO-ME A SI

CANDIDATO A BASTONARIO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS
HOJE DIRIJO-ME A SI


As Ordens Profissionais são “Associações Públicas Profissionais” que na sua organização e estrutura associativa regulam e representam as respectivas profissões, num quadro de normas técnicas próprias enquadradas em princípios e regras deontológicas específicas e rigorosas, associado a um regime disciplinar autónomo.


A Ordem dos Enfermeiros, uma das maiores em Portugal, tem registado e representa mais de 84.000 Enfermeiros.


O Governo do Dr. António Costa, na actual legislatura de maioria absoluta, e num enviesamento de leituras e a “coberto” da UE, decidiu intervir no estatuto das Ordens Profissionais, querendo limitar a sua independência, gestão e procedimentos próprios. Como a Ordem dos Enfermeiros, pela voz da sua Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco, se tornou incômoda aos interesses instalados e à realidade que se vive na Saúde, também não fugiu a esta intervenção/”restruturação” administrativa/legislativa, fazendo no entanto sentir, ao Sr. Presidente da República, a existência de “erros graves” numa nova Lei feita pelo Governo.


O mandato (2º. Mandato) da Enfª. Ana Rita Cavaco, enquanto Bastonária, está a chegar ao fim. O Seu legado é imenso. A sua intervenção, presença, perseverança e pertinácia deixaram marca. Jamais o tempo apagará a Sua dádiva e luta pela dignidade no tratamento e na oportunidade da Enfermagem Portuguesa. Obrigado Srª. Bastonária, Enfª. Ana Rita Cavaco.

Nos dias 13 a 15 de Novembro decorrerá o acto eleitoral e vai ser eleito novo Bastonário e novos Corpos Sociais da Ordem dos Enfermeiros. Lembrar que, por irregularidades de processo e prazo de entrega, comunicado pela Comissão Eleitoral, só uma lista vai a votos, a todos os órgãos a nível nacional e nas diferentes secções regionais e Açores. Na Madeira concorrem duas listas aos Orgãos Regionais. Por isso, me dirijo a Si, Sr. Candidato a Bastonário Enf. Luís Filipe Barreira.

Nestes últimos 8 anos, como nunca o tinham feito, os Enfermeiros ganharam alma, ganharam voz, ganharam visibilidade e assumiram essa responsabilidade, também com o seu contributo. Certo é que a perseguição e o insulto nunca tiveram o pendor agressivo que os Governos Socialistas dirigiram aos Enfermeiros, como agora. A luta foi grande e continuará. Apesar desta triste realidade, alguns ainda andam perdidos no tempo e no espaço, à procura de um norte no seu permanente desnorte, manifestando-se em artigos de opinião ou redes sociais, com cheiro a bafio, entranhados em sindicatos ao serviço de outros mandarins, que não Enfermeiros, daí o desconforto, as atitudes de traição e o silêncio ensurdecedor que produzem.

O SNS vive momentos difíceis, fruto de um desinvestimento, de uma gestão descuidada e incapaz, da secundarização que os últimos três Ministros da Saúde lhe atribuíram. Sem Enfermeiros não há SNS, nem nenhum outro Serviço e/ou Sistema de Saúde. Mas também não será, nunca, por falta de contributos, responsabilidade e parceria destes Profissionais, que o SNS morrerá, porque os Enfermeiros já muito deram e continuarão a dar à Saúde, ao País e ao SNS, para o salvar.

Assim, Sr. Candidato a Bastonário, Enf. Luís Filipe Barreira, me dirijo para dizer que, os Enfermeiros esperam muito de Si. Esperam a mesma dedicação, a mesma representação, a mesma coragem e frontalidade, a mesma clarividência sobre os problemas, contributos e soluções para o Sistema de Saúde, a mesma colaboração institucional com quem a quiser aceitar. Sei que está perfeitamente preparado e à altura do desafio institucional da Ordem dos Enfermeiros e da representação de cada Enfermeiro, por mais anônimo que ele seja. Os Enfermeiros por Si representados, saberão respeitar as Instituições, o Poder Político investido, os Tribunais e a mais alta Figura da Magistratura de Portugal. Sabemos também, que não tolerará a subalternidade que alguns querem atribuir e impor, a falta de voz, a perseguição visível ou mais encapotada, a desvalorização social, a dedicação e a dignidade do nosso trabalho. Jamais nos deixaremos iludir com “contos de sereias” ou gestos de afectos ou selfies, porque esses são oportunistas, populistas, falsos e efêmeros.

O desafio tem uma dimensão magnânima, mas pelo conhecimento que tem da Enfermagem e dos diferentes serviços – público, privado e social – pela forma ponderada e de bom senso que coloca nas decisões, pelo trabalho que já desenvolveu na própria Ordem, pela Equipa que constituiu, sei que está à altura do desafio. E os Enfermeiros também estão e saberão dizê-lo! Certo e inequívoco é que o pensamento, as propostas e o pragmatismo da Ordem dos Enfermeiros, não devem ser ignorados nem desperdiçados, pelo Governo, pelo Estado ou Privados e Social, sob pretexto de um qualquer pensamento ideológico, estados d’alma ou preconceitos, porque com isso, perdemos todos, principalmente o Cidadão doente.

É minha convicção que após o dia 15 de Novembro, todos os Enfermeiros se sintam dignificados e respeitados pela escolha da maioria dos seus Pares e prossigam com honra e dedicação, o grande desígnio que a nossa profissão tem: Cuidar de Pessoas, Famílias e Comunidades, estar ao Serviço da Vida, serem leais com os Cidadãos, com as Instituições e com o País, exigindo respeito, igualdade do tratamento e reconhecimento pelo nosso imenso contributo e cuidados de saúde, que nos momentos de limitações, de doença e de fragilidade, prestamos e primamos pela presença, a quem dela precisa, porque os Enfermeiros, efectivamente, “nunca deixam ninguém sozinho”.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.11.01

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

A MENTIRA COMO FERRAMENTA DE ALGUNS GESTORES

A MENTIRA COMO FERRAMENTA DE ALGUNS GESTORES

O uso da mentira é tão mais grave, quando usada pelos dirigentes das instituições, com enfase na Saúde, para atenuar ou desviar os fracassos da sua gestão ou opções e incapacidades, particularmente na gestão de Recursos Humanos.

Humberto Domingues

Enf.Espec. Saúde Comunitária 

2023.10.27

sábado, 21 de outubro de 2023

30 ANOS - CURSO SUPERIOR ENFERMAGEM

30 ANOS - CURSO SUPERIOR ENFERMAGEM 








A felicidade de poder comemorar com os Colegas, 30 anos do meu/nosso Curso Superior de Enfermagem.

Já lá vão 30 anos...

Foi lindo!

Abraço a Todos.

HumbertoDomingues

Enf. Espec. Saúde Comunitária 

2023.10.21

ORGULHOSAMENTE COM OS ENFERMEIROS CANDIDATURA AO COLEGIO DA ESPECIALIDADE ENFERMAGEM DE SAÚDE COMUNITÁRIA

 ORGULHOSAMENTE COM OS ENFERMEIROS 

CANDIDATURA AO COLEGIO DA ESPECIALIDADE ENFERMAGEM DE SAÚDE COMUNITÁRIA 




Pela seriedade e transparência de um processo, afirmando com lealdade, honorabilidade e responsabilidade, merece o meu aplauso a este comunicado e ao caminho definido pela candidatura "OrgulhosamentecomosEnfermeiros". Quando as regras estão bem definidas e são do conhecimento de Todos e, por isso mesmo, públicas, nada mais a dizer.

Humberto Domingues 
Enf. Espec. Saúde Comunitária 
2023.10.21

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

A ILUSÃO DO ORÇAMENTO NÃO RETIRA DIFICULDADES NA SAÚDE

A ILUSÃO DO ORÇAMENTO NÃO RETIRA DIFICULDADES NA SAÚDE


A narrativa ilusória e socialista do Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, os dos Srs. Ministros das Finanças, Dr. Fernando Medina e da Saúde Dr. Manuel Pizarro continua e querem enganar os Portugueses dizendo que, com mais dinheiro para a Saúde, resolvem os problemas deste sector! Estão enganados e a enganar! Isto é desviar a atenção e o foco das reais limitações e condições de trabalho.


Vejamos: os Hospitais têm dívidas monstruosas, os Centros de Saúde vivem dificuldades idênticas, face ao desinvestimento e cativações de vários anos anteriores de governação socialista. Hoje deparamo-nos com a oferta de serviços, instalações e equipamentos exíguos e depauperados. Ao grande património do SNS, que são os seus Profissionais, as diferentes administrações e governos, prejudicaram sempre, nomeadamente, os Enfermeiros e Médicos, provocando o abandono do SNS por parte destes. E hoje temos serviços limitados e encerrados e, o mais grave ainda, o não cumprimento das dotações seguras, nos que estão abertos, infelizmente para doentes e profissionais. O burnout, o desgaste, a desmotivação e o cansaço, instalam-se e o risco de acidente “espreita”.

Apesar de um orçamento de ilusão, “vendido e imposto” com lindas palavras e exemplos frouxos que não convencem, é no global, para além da Saúde, um Orçamento de Estado que dá com uma mão, e tira com a outra. E o Cidadão mais indefeso e com recursos limitados, é quem mais sente, toda esta agressividade fiscal e falta de resposta às suas necessidades, que o Estado deveria assegurar com efectividade: A Justiça caríssima, a Educação com os problemas que todos conhecemos nos sucessivos anos lectivos, na Segurança Social, com reformas baixíssimas onde se premeia quem não quer trabalhar, à boa moda Socialista e, na Saúde o que conhecemos, o que aqui vamos relatando e que sentimos no dia-a-dia: múltiplos constrangimentos a nível de instalações, material de consumo clínico e, de Recursos Humanos. Ele não estimula nem beneficia as carreiras dos Profissionais, particularmente dos Enfermeiros. Está subjacente mais uma descriminação negativa entre as várias classes Profissionais.


Como prova do não investimento nos Recursos Humanos e do não reconhecimento por parte do poder político, vejamos o que a Assembleia da República e os Senhores Deputados votaram, na passada 5ª. Feira-12 de Outubro, decorrente de uma petição com cerca de trinta e duas mil assinaturas, referente ao “risco e penosidade da profissão de Enfermagem” dando origem a dois projectos lei e dois projectos de resolução, a saber: “Projecto de Lei do BE-Criação de um estatuto de risco e penosidade para os profissionais de saúde”; Projecto d
e Lei do CH-“Reconhece a profissão de enfermeiro como de desgaste rápido e permite a antecipação da idade da reforma para os 55 anos”; Projecto de Resolução do PSD-“Recomenda ao Governo que defina o enquadramento legal geral das profissões de desgaste rápido e a sua regulamentação”; Projecto de Resolução do PCO-“Definição e regulamentação de um regime laboral e de aposentação específico para os Enfermeiros”. Pois bem, todos os projectos foram chumbados pelo Partido Socialista!


Recordam-se que no período da “pandemia e pós-Pandemia”, entre todos os Profissionais de Saúde, na sua maioria Enfermeiros, foram chamados de heróis, reconheciam o risco em que diariamente se trabalhava (e se continua a trabalhar), enfim, um manancial de afirmações, palmas e reconhecimentos. Vejam que, cinicamente até, o Dr. António Costa “dedicou a final da champions” aos Profissionais de Saúde. Mas quem se viu e estava nas bancadas, eram precisamente o Sr. Primeiro-Ministro e os Membros do seu Governo, porque os Profissionais de Saúde estavam nos Centros e Saúde e Hospitais a cuidar e tratar dos doentes e suas Famílias, minimizando o sofrimento e dando resposta e prestando cuidados de saúde, muitas vezes em exaustão.

Os problemas e dificuldades que se vivem e avolumam no SNS, não se resolvem “atirando dinheiro para cima” como diz o Sr. Ministro da Saúde, com mais 1,2 milhões de euros, nem com Direcções Executivas, com estatutos aprovados um ano após iniciar funções, onde se vão distribuir lugares pela “família Socialista”. Os problemas do SNS são estruturais e não conjunturais. São problemas de organização, de gestão e de valorização de Todos os seus Profissionais e não só, de alguns! Os Hospitais foram feitos para terem serviços abertos e de resposta à População e não para serem ou estarem encerrados.

À pergunta, se o Sr. Ministro Dr. Manuel Pizarro não sabe/entende de saúde? A resposta é simples: claro que entende de Saúde, não entende é de “Gestão em/da Saúde”! E como ele, tantos outros decisores políticos dos diferentes quadrantes, também não entendem!

Com a greve dos Médicos o SNS vive momentos de desagregação. Se os Enfermeiros partirem também para a greve, o SNS cai em escombros. Não há orçamento que o salve! De ter em atenção também, as situações de pobreza e exclusão social, que se podem agravar, com as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde.

Deixar bem frisado que, o estado em que se encontra o SNS, jamais poderá ser culpa dos seus Profissionais, mas sim, responsabilidade do Governo, porque não dá resposta nem condições e decide unilateralmente quando decide e, decide mal!

Temo que a muito breve prazo/tempo, quando o comum Cidadão “acordar” desta “letargia e embalo” socialista, possa não ter Enfermeiros para o tratar com dignidade, ética e deontologia, possa não ter cuidados de saúde no domicílio, seja administrada medicação por “pessoas” não credenciadas para o efeito, com os riscos inerentes, etc. Aí temo que possa ser tarde a reacção, porque, dinheiro para seguros de saúde, nem todos têm e sujeitar-se-ão a um SNS descaracterizado, limitado nas intervenções e sem respostas reais e efectivas ao Cidadão, à Família e à Comunidade. Segundo a Ordem dos Enfermeiros, nos últimos 12 anos, emigraram 27360 profissionais e Portugal precisa neste momento de 30.000 Enfermeiros.

Apesar destas realidades, assistimos a uma desunião dos Sindicatos de Enfermagem, onde não conseguem criar uma agenda comum de reivindicações e de luta, em favor da Classe e dos seus associados. Que falta de profissionalismo, de ambição e de capacidade política e de influência para colocar na agenda do dia e na Comunicação Social esta triste e demolidora realidade! Até quando? Até quando? Precisam-se dirigentes sindicais com coragem e amor à causa!

Com o país neste nível de governação e no estado social em que se encontra, o futuro pode ser muito sombrio.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária 
Pós-Graduado Gestão Unidades Saúde
2023.10.18

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...