quinta-feira, 30 de setembro de 2021

As tropelias Socialistas

As tropelias Socialistas



“Contra factos não há argumentos”.

1- Tiro no Almirantado e afundamento do “Submarino”
Que trapalhada com os Almirantes, Vice-almirante e Política!
Será que esta trapalhada toda na Marinha (Instituição de Respeito) e nas suas cúpulas, foi estratégia do Dr. António Costa, para desviar as atenções, da derrota do PS (sua própria derrota) na Câmara de Lisboa?
O Vice-almirante Gouveia é Melo, o Submarinista agora afundado, merecia este imbróglio e enxovalho?
O Sr. Ministro da Defesa já se demitiu? Sujeitou-se a ser desautorizado e enxovalhado pelo Sr. Presidente da República e Chefe Supremo das Forças Armadas e continua Ministro, é a merecer a confiança no Governo e do Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa?
E o Sr. Presidente da República, que quase era ultrapassado por esta Esquerda trauliteira, teve que em “praça pública” “puxar dos galões” e falar em 3 equívocos, ficou bem na fotografia?
Exerceu bem o seu poder de influência, declarando o que declarou na “praça pública”? Foi para pôr um travão a fundo neste “eu quero, posso é mando” do Dr. António Costa?

2- Passaram apenas 2 dias, após as “Eleições Autárquicas 2021” e foi publicado o “Relatório Ambiental Preliminar” que encerra em si as zonas de prospecção e exploração do lítio. Está publicação logo após as eleições, não leva à presunção de “cheiro a esturro”? Se este relatório fosse publicado antes das eleições, o PS ganharia em algumas Autarquias?
Está publicação nesta data, leva a pensar, que o PS, mais uma vez, quis “enganar” o Povo nas suas jogadas “debaixo da mesa”!

3- A Justiça no seu pior.
A fuga previsível é quase que anunciada de Rendeiro, mancha a Justiça e os seus operadores, mais uma vez.
A Justiça assim, é como uma teia de aranha, onde os pequenos ficam presos e os grandes furam a teia e fogem.
Que tem a dizer a Sra. Ministra da Justiça? Que pensa o Povo de tudo isto?

4- Todos estes acontecimentos, não são maquiavélicos, pensados pelo Dr. António Costa, para acelerar a remodelação governamental e desviar as atenções da (sua) derrota Socialista nas Autárquicas 2021?

Humberto Domingues
Enf. Especialista saúde Comunitária
2021.09.30

sábado, 25 de setembro de 2021

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - II

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - II



Continuação do artigo publicado em 2021.09.11

Caros Leitores, continuo hoje a escrever para falar de mim. Uma experiência vivida na primeira pessoa-Eu! No exercício de funções fui infectado com o “vírus SARS-CoV-2, tal como tantos outros Profissionais de Saúde, quer em Portugal, quer no Mundo.

Houve dias de dolorosas experiências…

Durante esta luta e resistência, só me lembrava que ainda era novo para partir, ia deixar as pessoas que mais amo para sempre – a minha Esposa, os meus Filhos, os meus Pais e o meu Irmão. Muitos Colegas estiveram presentes nestes pensamentos de despedida e de angústia. Tinha ainda tanto para viver e merecia viver mais!

Mas… a vida deu-me uma segunda oportunidade. Para além dos saberes da ciência e da medicina, uma força maior e divina esteve ao meu lado, com certeza, que me manteve vivo! Eu acredito nesta força divina!

A vivência nos Cuidados Intensivos e nos outros Serviços da ULSAM, neste internamento, obrigou-me a dar outro valor ao tempo, à noção do tempo e à vida. Um tempo mais demorado, mais marcado. Tudo passa a ser importante. O risco presente e vivido de se morrer, faz-nos estabelecer prioridades, relativizar muitas coisas e vontade de viver cada momento diferente, experiência ou situação, junto de quem amamos e queremos, com um sabor e prazer diferentes. E há tanta coisa boa para viver e desfrutar, e que na nossa correria desenfreada do dia-a-dia, nem notamos nem damos valor.

Nesta difícil e horrenda experiência, o MEDO, algo impessoal, invisível, abstrato, mas que marcou presença e que se fez sentir e me fez perceber a sua dimensão nociva e aterradora, nas suas variadas formas – obrigou-me a pensar muito e a temer sempre o pior! À pergunta se tive medo de morrer? Respondo: Sim tive! Tive muito, muito medo de morrer. E mais medo de morrer sem ter a oportunidade de me despedir de ninguém… de quem mais amo…de quem queria dizer… até um dia na imensidão… ou no céu para os crentes!

Os dias de internamento foram passando, perdendo-se a noção do tempo, se é noite ou dia. A frescura e brancura dos lençóis da cama acolhiam o meu corpo com toda a suavidade, diminuindo o impacto do mergulho da solidão de uma cama hospitalar e as dores esqueléticas que o vírus me impunha. Alguma orientação, em função das refeições, de resto, tudo é abstrato, distante, impessoal por estarmos entre paredes de vidro, isolados, na solidão dos “pis pis” das máquinas que me monitorizavam, mas sempre vigiado pelo olhar dos incansáveis Enfermeiros de turno! Algo de bom que sentia, era quando algum Profissional de Saúde, muito frequentemente me vinha “visitar”, perguntar como estava, se precisa de algo, ou dar “notícias” sobre a evolução, principalmente, após as gasimetrias.

A hora da higiene, pela manhã, era boa, porque apesar de impossibilitado de o fazer, os Colegas Enfermeiros proporcionavam o banho no leito, cama mudada, reposicionamento do corpo, e a preocupação sempre presente para proporcionar conforto físico e psíquico. Impossibilitado de me barbear, uma Colega Enfermeira, dedicou-me alguns minutos, ao barbear-me e oferecendo-me esse conforto. Todos os Profissionais extremosos e preocupados com o meu bem-estar, físico, emocional e o equilíbrio bio e psíquico.

A máscara facial de ventilação mecânica não invasiva de oxigenoterapia, “eterna companheira” destes dias dolorosos, não podia ser retirada! Apenas substituída por cânula nasal de alto fluxo, e rapidamente, por cânulas bi-nasais, quando chegava a hora da refeição. As saturações de oxigênio caíam rapidamente ao esforço com as mobilizações e posicionamentos para tomar as refeições. Após a ingestão dos alimentos, era imperativo o recolocar da máscara, sempre muito bem adaptada!

Percebia, nas rotinas, quando havia necessidade de fazer alguma punção para a gasimetria arterial, uma vez que a punção central, já se tinha perdido, por exteriorização do cateter, ao fim de alguns dias. A esperança estava sempre presente, quando este sangue arterial agora colhido, me trouxesse boas notícias e de evolução. No princípio muito poucas vezes aconteceu. Na maior parte, resultados eram estáveis, perto da linha d’água (da vida ou da morte). Às vezes sim, boas notícias, as saturações tinham melhorado 1%, 5%, 15%. Que alegria! A esperança renascia! E assim foram 11 dias nos Cuidados Intensivos.

Humberto Domingues
Enf. Especialista Saúde Comunitária
2021.09.21





quinta-feira, 23 de setembro de 2021

PEDIDO DE DESCULPAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

PEDIDO DE DESCULPAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Veiculado pelos Sindicatos de Enfermagem, na passada 3ª. feira (2021-09-21) quando os Presidentes dos Sindicatos pretendiam entregar, devidamente agendado, à Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, um caderno de reivindicações e o pedido de reabertura de negociações, foram antes disso, identificados pela PSP e, depois, veja-se o desplante desta governante, ordenando que uma Funcionária Administrativa recebesse o dito documento, no hall dos elevadores, desconsiderando a comitiva de Presidentes dos Sindicatos, os Sindicatos e depois e por fim, toda a Classe de Enfermagem, que os Sindicatos representam.

Cabe-me dizer, que eu, no lugar de algum destes Srs. Presidentes, pura e simplesmente, nestas condições, não entregava nenhum documento. E para além disso, redigia uma reclamação, no livro de reclamações do próprio Ministério. O respeito exige-se a todos, particularmente aos Governantes. Estes podem ter o poder de decisão, mas não estão acima de ninguém!

Depois, é a demonstração clara da qualidade dos Ministros que temos num Governo do PS e dos políticos de hoje que vagueiam por aí. “Canudo”/diploma podem ter, mas depois falta-lhes o saber ser, saber estar e saber fazer, seja política, diplomacia e acima de tudo, educação. Para além disso, já todos vimos e sabemos, que o nivelamento de posturas, critérios e condutas é sempre por baixo, num “chico espertismo” perturbador da mais sã convivência e respeito democrático pelas Pessoas, pelas Instituições e pelos princípios.

Face à insatisfação manifestada pelos Presidentes dos Sindicatos e que teve grande eco nas redes sociais, porque a Comunicação Social está subsidiada pelo Governo e por isso não pode divulgar estes casos de má educação e falta de respeito, porque se o fizerem, lá vai a subvenção dos 15 milhões que os compraram e calaram, os Enfermeiros tem-se manifestado em endurecer as lutas.

Hoje, segundo o que li de um Presidente de um destes Sindicatos, foi recebido um pedido de desculpas de uma Assessora da Sra. Ministra da Saúde, pelo ocorrido no dia 21, na recepção no Ministério da Saúde.

Penso mais uma vez, que este acto de pedido de desculpas, não produzido pela Srª. Ministra da Saúde, é outro desrespeito, “embalado” num cinismo, falta de educação e falsa humildade.

Os Sindicatos não podem aceitar este pedido de desculpas! A Srª. Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, se ainda lhe restar alguma dignidade como pessoa e como governante, terá de ser ela a verbalizar este pedido de desculpas, acompanhado com a recepção da Comitiva Sindical, no seu gabinete. Menos que isto não é aceitável, nem tolerável!

Isto é brincar com coisas sérias. É um desrespeito total pelas Instituições e pelas pessoas que as representam! Para além disso é mais uma vez o Governo do PS a desrespeitar a Classe Profissional dos Enfermeiros.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2021.09.23

sábado, 11 de setembro de 2021

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - I

O QUE O SARS-COV-2 E A COVID-19 ME FIZERAM! - I


Caros Leitores, hoje escrevo para falar de mim. Uma experiência vivida na primeira pessoa-Eu!

No exercício de funções fui infectado com o “vírus SARS-CoV-2, tal como tantos outros Profissionais de Saúde, quer em Portugal, quer no Mundo.

Após uma noite mal dormida e com sintomas do gênero de uma gripe forte, fiz o teste nesse mesmo dia e no dia seguinte tinha o resultado confirmado: “positivo para SARS-CoV-2”. Recolhimento ao domicílio e vigilância sobre os sintomas e estado de saúde.

Passados dois dias, recorro à urgência para reavaliação face a ligeiras queixas, não de “falta de ar” (dispneia), mas aumento da temperatura corporal. Feito RX torax e gasimetria arterial, os resultados apresentaram-se “normais” e portanto, sem razões para internamento, mas a necessária vigilância.

Seguiram-se 4 dias sem melhoras nenhumas, noites mal dormidas, uma actividade cerebral enorme e a temperatura corporal na ordem dos 38 a 39º, embora sem queixas de dispneia. Perante este estado de coisas, recorro ao S.U. de onde já não saí, ficando internado. O percurso depois foi demorado e doloroso, com passagem por vários serviços – Medicina critica, Cuidados Intensivos, Cuidados Continuados e finalmente, ao fim de 3 semanas, alta hospitalar.

A experiência mais assustadora:

Numa das noites nos Cuidados Intensivos “senti que ia partir desta vida terrena”, que ia morrer! Uma experiência horrenda! Uma personagem só com a face em caveira e o frontal do crânio, com uma cabeleira enorme e preta para trás, com um vestido negro, estende-me o braço direito, só em ossos, e com a ossada da mão direita, chama-me para junto dela, à entrada de um túnel negro, muito escuro e longo, com figuras também horrendas, bizarras e assustadoras, que esvoaçavam e outras estavam fixas nas paredes. As investidas eram grandes, e eu a tentar defender-me! Depois de muita resistência da minha parte, numa luta esgotante, e muita insistência da “personagem aterradora” que me queria levar, esta atira-me pequenos panfletos em forma rectangular de cor violeta escura, brilhante. Assustador! Terrorífico! Nunca antes vivido. Depois afasta-se de mim, numa atitude e “sorriso” de escárnio, menosprezo, assustador e ameaçador. Imagem horrenda!

Houve dias de dolorosas experiências…Durante esta luta e resistência, só me lembrava que ainda era novo para partir, ia deixar as pessoas que mais amo para sempre – a minha Esposa, os meus Filhos, os meus Pais e o meu Irmão. Muitos Colegas estiveram presentes nestes pensamentos de despedida e de angústia. Tinha ainda tanto para viver e merecia viver mais!

Os dias vividos nos Cuidados Intensivos, com os pulmões bastante infectados, com saturações de oxigénio muito baixas foram muito dolorosos. A incerteza de melhoras pairava… Vivi grande parte destes dias com a máscara de oxigénio em ventilação não invasiva permanentemente colocada, sempre muito bem apertada e ajustada à cabeça e à face com “tiras elásticas” para evitar fugas e perdas de O2 e assegurar uma ventilação eficaz e mais altas saturações de oxigénio, Ao fim de pouco tempo, torna-se incômoda e até dolorosa. Foi algo difícil de suportar. Após vários dias de uso desta mâscara, houve zonas da face que ficaram magoadas pelo apoio e aperto que suportaram, apesar da colocação de materiais de protecção e prevenção de feridas. Foram vários dias de permanência no leito, que cada vez se foram tornando mais dolorosos e desconfortáveis, em qualquer decúbito, apesar dos cuidados que me foram prestados de prevenção de escaras. A mobilização na cama era dolorosa. Dores articulares e musculares, astenia… perda de muita massa muscular, falta de ânimo… Os levantes do leito para o cadeirão, começaram por ser tímidos devido à falta de ar (dispneia) com os movimentos, mas também toda a funcionalidade músculo-esquelética estava debilitada, comprometida e por isso, não funcional. O medo de não mais recuperar… a impossibilidade de andar a pé, pelo próprio pé, estava muito presente. Associado a tudo isto, a incapacidade para a higiene pessoal diária, de forma autônoma. O padrão de sono alterado. No início, custa ouvir todos aqueles “pis pis” das máquinas que nos monitorizam. Depois habituamo-nos. Quando acontece o primeiro banho de corpo inteiro no duche, pelo próprio pé, apesar de vigiado para prevenção de quedas… uma grande conquista! Qual pudor, qual pensamento… constrangimento… algum… mas vamo-nos habituando, também.

Nesta difícil e horrenda experiência, o MEDO, algo impessoal, invisível, abstrato, mas que marcou presença e que se fez sentir e me fez perceber a sua dimensão nociva e aterradora, nas suas variadas formas, obriga-nos a pensar muito e a temer sempre o pior! A minha Família esteve sempre presente nos meus pensamentos. Fisicamente não era possível estarem comigo. Apenas a minha esposa pode estar, numa fugaz visita, (num momento para se despedir de mim até à eternidade) e por ser Técnica Superior de Saúde na Instituição Hospitalar. Tive muito, muito medo de morrer. Sim tive! E mais medo de morrer, ainda, sem ter a oportunidade de me despedir de ninguém… de quem mais amo…

Mas… a vida deu-me uma segunda oportunidade. Para além dos saberes da ciência e da medicina, uma força maior e divina esteve ao meu lado, com certeza, que me manteve vivo! Eu acredito nesta força divina!

No dia da alta hospitalar, ver o meu filho mais velho na portaria do hospital para me trazer para casa, foi uma sensação indescritível. Voltar a ver os meus Pais, a minha casa e sentir o abraço dos meus Filhos e Esposa, foi/é extraordinário e difícil de explicar. Ainda hoje o é!

Pensei muito, muito na minha Família. Pensei muito na minha Avó já falecida, que foi uma estrelinha que também me protegeu. Pensei em Deus, na Srª. de Fátima e em S. Pedro de Varais (Santo da minha Freguesia). Acredito que houve uma força maior, algo divino, que me protegeu.

P.S. – Uma palavra de agradecimento ao Sr. Director, Dr. Paulo Monteiro, do Jornal “Correio do Minho”, que manteve a sua disponibilidade para retomar a colaboração e publicação das minhas crónicas, interrompidas desde Janeiro/2021, devido à Covid-19.

Humberto Domingues
Enf. Especialista Saúde Comunitária
2021.09.10

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS

DESAFIOS PARA A MINISTRA DA SAÚDE E SNS Nas diferentes épocas sazonais, como é o caso do Verão, o Ministério da Saúde está sempre sob “pro...