quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

MINISTRO DA SAÚDE AUTO-APELIDOU-SE DE “BOMBO DA FESTA”, EM 2018




MINISTRO DA SAÚDE AUTO-APELIDOU-SE DE “BOMBO DA FESTA”, EM 2018

Estamos já com pleno direito no ano de 2019. O ano de 2018 foi um ano de muita convulsão social, que se vai manter e, particularmente entre o Ministério da Saúde e as várias classes profissionais (Enfermeiros, Médicos e Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica).

O ano de 2018 levou até que o “bombo da festa”, como se autoa-pelidou o ex-Ministro da Saúde, Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, caísse e viesse outro “bombo” que facilmente assumiu essa figura pela forma torpe como avocou a pasta.

Com maior visibilidade, as convulsões foram inúmeras, entre as quais:
·         As negociações com os ENFERMEIROS PORTUGUESES, que já vinham de 2017, não estavam no bom caminho, nem avançaram, contrariando os compromissos assinados pelo governo;
·         Com os Médicos, a coisa não foi fácil. Demissões de vários Directores de Serviço em diferentes centros hospitalares, onde a actual Secretária de Estado da Saúde, também se demitiu, em Gaia;
·         Ala Pediátrica do Hospital de S. João, que levou à manifestação da Sociedade Civil e de Sua Excelência, o Presidente da República;
·         Falta de roupa e material de hotelaria em vários Hospitais, dado eco pela comunicação social;
·         Falta de camas e serviços de urgência superlotados, caso de Faro e Gaia;
·         Greve Cirúrgica dos ENFERMEIROS dos Blocos Operatórios de 5 centros hospitalares, apelidada de “cruel e agressiva”, levou ao adiamento de 500 cirurgias programadas, por dia;
·         Novo “bombo da festa”, a Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, sem postura e elegância que o cargo exige, apelidou os ENFERMEIROS PORTUGUESES de “infractores e criminosos”, criando mal-estar no governo, na sede do PS do Largo do Rato e, no seu próprio gabinete, o que a obrigaria a vir pedir desculpas, aos ENFERMEIROS.

Há já nova “GREVE CIRÚRGICA” anunciada e programada para um maior número de blocos operatórios de centros hospitalares. A Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, tem em suas mãos a chave para resolver esta greve e o descontentamento profundo, mas com razões justificadas, que existe entre os ENFERMEIROS PORTUGUESES. Esta chave, nem é a “requisição civil”, nem a afronta a esta classe profissional com os insultos, insinuações, inverdades e manipulação da comunicação social. A chave está na decisão e aplicação de medidas políticas correctas, com a implementação de uma nova Carreira Especial de Enfermagem, que contemple três categorias (Enfermeiro, Enfermeiro Especialista e Enfermeiro Gestor/Director). Falta saber é se, a Srª. Ministra tem peso político para essa implementação, ou vai estar subjugada às determinações do Sr. Ministro das Finanças, Dr. Mário Centeno? Nivelar por baixo, não incluindo estas três categorias é regredir naquilo que se pretende que seja uma classe profissional digna, que é o sustentáculo do SNS.

O SNS que todos desejamos precisa de investimento, de serenidade, de estabilidade, de colaboradores e profissionais motivados e de quem, efectivamente, faça a gestão da “coisa pública” e não, de horas pagas a 500€, de mentiras, de desautorizações, de cativações ou de ser o “bombo da festa” inconsequente com o verdadeiro diagnóstico de necessidades, há muito tempo feito e mais que conhecido e justificado.

Quanto aos ENFERMEIROS PORTUGUESES, é minha inabalável convicção que, tal como no passado, assumem as suas responsabilidades no estrito cumprimento dos princípios éticos, deontológicos e legais, mas com isso, não abdicam de responsavelmente lutar pelos seus direitos, do reconhecimento efectivo que precisam e merecem através de diplomas legais, emanados pelo Governo, no que à Carreira Especial de Enfermagem, diz respeito.

Aos ENFERMEIROS PORTUGUESES nada mais os move que não seja, a reivindicação pelos seus direitos, por um SNS moderno, melhor apetrechado e com mais investimento e atribuição de mais tempo e admissão de mais profissionais, para melhor atender e tratar os cidadãos, utentes, doentes e Famílias.

Que o novo ano de 2019 traga clarividência aos governantes e decisores políticos.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2019.01.01 – 18h00

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