MINISTRO DA SAÚDE AUTO-APELIDOU-SE
DE “BOMBO DA FESTA”, EM 2018
Estamos já com
pleno direito no ano de 2019. O ano de 2018 foi um ano de muita convulsão
social, que se vai manter e, particularmente entre o Ministério da Saúde e as
várias classes profissionais (Enfermeiros, Médicos e Técnicos Superiores de
Diagnóstico e Terapêutica).
O ano de 2018
levou até que o “bombo da festa”, como se autoa-pelidou o ex-Ministro da Saúde,
Prof. Doutor Adalberto Campos Fernandes, caísse e viesse outro “bombo” que
facilmente assumiu essa figura pela forma torpe como avocou a pasta.
Com maior
visibilidade, as convulsões foram inúmeras, entre as quais:
·
As
negociações com os ENFERMEIROS PORTUGUESES, que já vinham de 2017, não estavam
no bom caminho, nem avançaram, contrariando os compromissos assinados pelo
governo;
·
Com
os Médicos, a coisa não foi fácil. Demissões de vários Directores de Serviço em
diferentes centros hospitalares, onde a actual Secretária de Estado da Saúde,
também se demitiu, em Gaia;
·
Ala
Pediátrica do Hospital de S. João, que levou à manifestação da Sociedade Civil
e de Sua Excelência, o Presidente da República;
·
Falta
de roupa e material de hotelaria em vários Hospitais, dado eco pela comunicação
social;
·
Falta
de camas e serviços de urgência superlotados, caso de Faro e Gaia;
·
Greve
Cirúrgica dos ENFERMEIROS dos Blocos Operatórios de 5 centros hospitalares,
apelidada de “cruel e agressiva”, levou ao adiamento de 500 cirurgias
programadas, por dia;
·
Novo
“bombo da festa”, a Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, sem postura
e elegância que o cargo exige, apelidou os ENFERMEIROS PORTUGUESES de
“infractores e criminosos”, criando mal-estar no governo, na sede do PS do Largo
do Rato e, no seu próprio gabinete, o que a obrigaria a vir pedir desculpas,
aos ENFERMEIROS.
Há já nova “GREVE
CIRÚRGICA” anunciada e programada para um maior número de blocos operatórios de
centros hospitalares. A Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido,
tem em suas mãos a chave para resolver esta greve e o descontentamento
profundo, mas com razões justificadas, que existe entre os ENFERMEIROS
PORTUGUESES. Esta chave, nem é a “requisição civil”, nem a afronta a esta
classe profissional com os insultos, insinuações, inverdades e manipulação da
comunicação social. A chave está na decisão e aplicação de medidas políticas
correctas, com a implementação de uma nova Carreira Especial de Enfermagem, que
contemple três categorias (Enfermeiro, Enfermeiro Especialista e Enfermeiro
Gestor/Director). Falta saber é se, a Srª. Ministra tem peso político para essa
implementação, ou vai estar subjugada às determinações do Sr. Ministro das
Finanças, Dr. Mário Centeno? Nivelar por baixo, não incluindo estas três
categorias é regredir naquilo que se pretende que seja uma classe profissional
digna, que é o sustentáculo do SNS.
O SNS que todos
desejamos precisa de investimento, de serenidade, de estabilidade, de
colaboradores e profissionais motivados e de quem, efectivamente, faça a gestão
da “coisa pública” e não, de horas pagas a 500€, de mentiras, de
desautorizações, de cativações ou de ser o “bombo da festa” inconsequente com o
verdadeiro diagnóstico de necessidades, há muito tempo feito e mais que
conhecido e justificado.
Quanto aos
ENFERMEIROS PORTUGUESES, é minha inabalável convicção que, tal como no passado,
assumem as suas responsabilidades no estrito cumprimento dos princípios éticos,
deontológicos e legais, mas com isso, não abdicam de responsavelmente lutar
pelos seus direitos, do reconhecimento efectivo que precisam e merecem através
de diplomas legais, emanados pelo Governo, no que à Carreira Especial de
Enfermagem, diz respeito.
Aos ENFERMEIROS
PORTUGUESES nada mais os move que não seja, a reivindicação pelos seus
direitos, por um SNS moderno, melhor apetrechado e com mais investimento e
atribuição de mais tempo e admissão de mais profissionais, para melhor atender
e tratar os cidadãos, utentes, doentes e Famílias.
Que o novo ano de
2019 traga clarividência aos governantes e decisores políticos.
JUNTOS SOMOS MAIS
FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.
Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde
Comunitária
2019.01.01 –
18h00
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