sexta-feira, 4 de outubro de 2024

AS INCONGRUÊNCIAS DA OPOSIÇÃO

AS INCONGRUÊNCIAS DA OPOSIÇÃO


Temos assistido a um discurso a toda a força, incongruente, das oposições de esquerda, dirigido ao actual Governo, em funções desde Abril/2024 – negociação, discussão e votação do Orçamento de Estado.


Problemas há-os, com certeza! Mas muitos dos problemas e dificuldades que o Governo e a Sociedade Portuguesa estão a sentir e a viver, são uma consequência de anos e anos a fio, da governação do PS e Esquerdas em geringonça em quase 9 anos, desde 2015 a 2024.

Todos se lembram das cativações, da falta de investimento, da falta de estímulo e remunerações adequadas na Administração Pública. Foi um desbaratar de dinheiro público, decorrente de uma carga brutal de impostos, sem respostas efectivas e mudanças estruturais do País, que eram urgentes e necessárias.

Na Educação são as dificuldades sistémicas de início de anos lectivos e mobilidade de Professores, com alunos sem aulas. É um problema de hoje? NÃO! Felizmente tem o Governo um Ministro da Educação à altura da resolução dos reais problemas do sector.

Na Justiça são as lacunas decorrentes da falta de Oficiais de Justiça que dificultam todo um processamento de documentos, processos e julgamentos, onde Juízes e Procuradores estão afundados em mega-processos. O problema das penitenciárias e prisões tornou-se agora mais visível, com as 5 fugas em Vale de Judeus, que levanta questões preocupantes sobre os reais problemas, desinvestimentos e lotação das penitenciárias. É um problema de hoje? NÃO!

Na Saúde são as dificuldades do encerramento de urgências, porque são mais mediáticas. Mas as dificuldades e problemas são estruturais! E não conjunturais, como querem fazer parecer. Há aqui associada a questão de gestão, que por cascata ou bola de neve, agrava as dificuldades e falta de resposta às necessidades do Cidadão. Poderíamos, sem conta, desfiar aqui as “reais imagens” de um filme interminável. Num esforço titânico, vemos a Ministra da Saúde a dar resposta a inúmeros problemas e a mobilizar recursos para a resolução de tantos outros.

A muitos interessa e constroem um discurso miserabilista, para que o actual Governo, em funções desde Abril de 2024, seja o culpado de anos e anos a fio de falta de investimento e de não se preocupar na resolução de carências existentes. Interessou aos Governos das Esquerdas e das Geringonças renacionalizar a TAP, tornando-a num poço sem fundo, onde os contribuintes colocaram 3,2 mil milhões de euros, sem retorno. Na operação EFACEC com Isabel dos Santos e Acionistas, onde a operação já vai em 500 milhões de euros de prejuízos, com possibilidade de chegar aos 600 milhões. A CP que não larga as linhas e os carris vermelhos, em prejuízos avultados, são outro exemplo.

Perante um cenário, que o actual Governo encontrou e em que Portugal ficou, com muitos dos serviços da Administração Pública em escombros, tenta num curto espaço de tempo atalhar e resolver graves problemas e lacunas. Mas em muitos dos casos, não vai ser possível dar resposta. Os recursos são escassos, as verbas e o orçamento é curto e estes problemas de recursos humanos, de carreiras e de remunerações tem décadas de desvalorização e deficit e não se resolvem em meses.

Mas as oposições de esquerda e alguma direita descontextualizada, continua triunfante nos seus discursos onde tudo parece mau e, ocos na substância, sem assumir culpas e responsabilidades, não contribuindo com propostas válidas, credíveis e construtivas e com isso, diminuindo o ruído, que mais não é do que “soundbite” populista e eleitoralista. Ouvimos também, agora, discursos acalorados, de consumo interno, na tentativa de afirmar lideranças, as mais diversas afirmações sobre o Orçamento de Estado. As exigências são algumas com a pressão do “cedes ou voto contra o OE”! Mas a quem interessa eleições antecipadas, agora? A nossa Sociedade, penalizada com uma carga fiscal brutal e maus serviços públicos “perdoaria” e toleraria aos Partidos e Presidente da República, outra dissolução da Assembleia da República e eleições? Será que a oposição quer governar sem ganhar eleições? Por onde andava Pedro Nuno Santos, o PS e as Esquerdas durante quase 9 anos de governação, nos problemas da Saúde, da Habitação, da Segurança Social, da Justiça e Educação? Estarão a pensar, mesmo, em Portugal e nos Portugueses?

Enfim… É a espuma dos dias, para quem tenta sobreviver e manter-se à tona de números e sondagens duvidosas.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.10.07

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