sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

CARTA ABERTA AO ANO 2023

CARTA ABERTA AO ANO 2023




Caro ano 2023, sei que ainda estás numa idade pueril, mas os dias passam depressa, chegam as semanas, que perfazem os meses. E o tempo passa tão rápido, como todos sabemos! Por isso te escrevo esta “carta aberta” e, a torno pública, com alguns assuntos que gostava de ver tratados, mitigados ou resolvidos.

Que este clima de guerra entre a Rússia e a Ucrânia e interesses, uns mais claros, outros mais obscuros e invisíveis à maior parte dos Cidadãos, se dissipe, e haja lugar à paz e se poupem vidas humanas, atropelos aos direitos humanos, violações de mulheres e crianças e libertação da escravatura e não aos massacres de povos indefesos.

Quanto ao nosso País, começaria:

Que Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, cumpra e faça cumprir a Constituição da República e seja o mais alto cargo da Magistratura Portuguesa e Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, em que os Portugueses possam continuar a confiar. Não quero um Presidente cúmplice dos desvarios do Governo, dando cobertura a uma maioria absoluta em decadência e ruinosa para Portugal. Um Presidente que deixe de ser comentador de futebol e mensageiro do Governo à Nação, num desgaste de imagem permanente e, que quando tem que falar ao País de coisas sérias, seja ouvido com o cuidado que deve ser, precisamente, e não por falar e comentar de tudo e de todos.

Percebemos a amálgama, disputa e descoordenação que vai no Governo de António Costa, mas desejamos estabilidade, que o Primeiro-Ministro governe, coordene o seu governo e esteja atento ao País. Sinta o pulsar do Portugal profundo e verdadeiro. O seu governo quase parece o big brother, porque cada semana/mês sai um membro do governo. Pedimos ao Sr. Primeiro-Ministro que não pense nem governe poucochinho, muito menos que nivele por baixo. Queremos e desejamos ambição, nivelamento responsável por cima, e sair do pelotão dos pobres da EU, em que temos vindo a cair no pelotão de trás. Portugal já é pobre e está a empobrecer ainda mais! Que o governo desta maioria absoluta ganhe maturidade e, efectivamente, governe o País e não, os interesses dos governantes e do Partido do Governo. Porque a guerra e a pandemia, não justificam tudo. Os outros países da Europa também vivem/viveram com estes males e estão com uma economia em crescendo. Há coisas “raríssimas” a acontecer com esta maioria socialista!

Que a inflação estabilize e não faça/provoque a perda de poder de compra dos Portugueses, nem “coma mais”, os baixos aumentos de salários que acontecem, porque aí com a inflação no 8 a 10%, já efectivamente, temos todos perdido poder de compra nestes últimos meses.

Na Saúde, e aqui, mais que pela igualdade, mais que pela justiça, que haja equidade no acesso dos cidadãos aos serviços e cuidados de saúde. Que os bebés passem a poder nascer na terra onde os seus Pais quiserem.

Noutra dimensão, é tempo, muito tempo já, de o Governo resolver grande parte dos problemas existentes com os Recursos Humanos da Saúde, com caracter de urgência, aos Profissionais das “Carreiras Especiais”, nomeadamente aos Enfermeiros. Julgo que Governo e Assembleia da República, estão desfocados da realidade, por isso se permitem desigualdades gritantes. Ainda na semana passada, a Assembleia da República permitiu-se discutir uma petição e recusar a igualdade dos enfermeiros em contrato de trabalho em funções públicas e os enfermeiros em contrato individual de trabalho. Depois acontece a “sangria” de Enfermeiros para o estrangeiro. Segundo a Ordem dos Enfermeiros “mais de 3000 Enfermeiros saíram de Portugal desde o início da pandemia”.

No fundo, nos pilares essenciais de uma democracia e de um País desenvolvido – Saúde, Educação. Justiça e Segurança Social – possam ser desenvolvidas políticas que beneficiem e protejam as Famílias, fixem os Cidadãos no seu País e haja prespectiva de um bom futuro para os Jovens, com a vida mais desafogada para os Idosos e Classe Média, que com este socialismo de pacotilha e esta avassaladora carga fiscal, tende a desaparecer.

Que haja um repensar cuidadoso, mas mais exigente na atribuição do “Rendimento Social de Inserção-RSI”, para que não se gastem fortunas abissais, todos os meses, para manter vícios de quem não quer e pode trabalhar e de quem nada dá em troco à Sociedade que desconta e lhe paga tão chorudos subsídios mensais. Há pessoas e famílias dependentes destes subsídios, há anos! Se o Povo soubesse quanto se gasta mensalmente nestes RSI’s, havia uma revolução. E tantos idosos, que ao fim de uma vida de trabalho e descontos, recebem umas míseras reformas!

Caro Ano de 2023, sei que posso estar a pedir muito, mas todos nós precisamos de um cheque de 450€ mensais para o Uber, nas nossas deslocações para o trabalho. E vamos precisando também, de uma indemnizaçãozinha extra de 500.000€ para equilibrar as nossas despesas e encargos, porque afinal, contribuímos tanto para os cofres do Estado e da sobrevivência da TAP, também.

Ficamos a aguardar que com o compaginar destas semanas e meses, no final deste teu mandato de 2023, possamos fazer um balanço positivo de tudo o que se viveu. Acima de tudo, que não faltem Enfermeiros e Médicos nos Centros de Saúde e Hospitais. Que não faltem Professores nas Escolas. Que haja mais Juízes para diminuir a morosidade da Justiça e que na Segurança Social, todo o dinheiro arrecadado seja bem gerido, para não faltar às reformas, de todos os que para lá contribuem, e não é pouco!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2023.01.12

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