UM VÉU FINO E
DELICADO TRANSFORMOU-SE EM MANTO BRANCO
NAS RUAS DE LISBOA!
MARCHA BRANCA
PELA ENFERMAGEM, INUNDOU PACIFICAMENTE
AS RUAS DE LISBOA.
Numa união
indiscutível e sem precedentes, num véu fino e delicado que se transformou num espesso
manto branco em desfile pelas ruas de Lisboa, num dia especial - Dia
Internacional da Mulher - os ENFERMEIROS PORTUGUESES de todas as latitudes do
país e ilhas, dos cuidados primários, diferenciados, IPSS e unidades privadas,
marcaram presença na capital portuguesa e brindaram Lisboa na linda e nobre evocação
da Mulher, onde numa Classe Profissional como a ENFERMAGEM, grande número de
profissionais, são MULHERES. Florence Nightingale (1820-1910) a pioneira e
grande referência da Enfermagem.
Os números
rigorosos são com certeza difíceis de apurar. Falam-se de 20.000, 15.000, ou
entre 15 e 20.000 ENFERMEIROS. Os mais sépticos, em 10.000. A grande e única verdade:
foram muitos, muitos milhares, que numa forma harmoniosa, ordeira, de respeito
e com muita alegria, trajaram a rigor com camisolas onde a insígnia desta marca
foi “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM”.
Apesar do poder
político já nos ter apelidado de quase tudo, OS ENFERMEIROS PORTUGUESES demonstraram
que não são "selvagens” porque a marcha se processou dentro da normalidade,
harmonia e alegria. Não são “imorais” porque lutam pelos seus direitos, ao
abrigo das leis. Não são “ilegais” porque cumprem os preceitos legais das
greves e manifestações e, embora não estando de acordo, acatam as deliberações
dos tribunais, mas não confundem diplomas legais com meras “recomendações ou
pareceres”. Não são “criminosos" porque estão ao serviço da vida e apesar
das dificuldades de recursos humanos e materiais, não deixam os Cidadãos sem os
cuidados de ENFERMAGEM. Mas acima de tudo, têm coração, porque em qualquer
circunstância “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM”.
A “MARCHA BRANCA”
tem uma amplitude e uma dimensão enorme, que se podem resumir em 3 grandes vectores:
- O primeiro: é a demonstração de união em torno de uma Classe Profissional, que não vacilará na defesa dos seus direitos e reivindicações, no estrito cumprimento de preceitos legais, éticos e morais. E esta união, está muito acima dos Sindicatos da Classe, tendo sempre presente que a única representante de todos os ENFERMEIROS PORTUGUESES, é a sua Ordem Profissional.
- O segundo: é um sinal político de muita força, sem tibiezas associado a um silêncio estrondosamente barrulhento ou mobilização em massa, que os ENFERMEIROS PORTUGUESES estão sempre disponíveis a manifestar, para negociar as suas reivindicações com o Governo. Uma certeza porém, nada será como antes. Jamais!
- O terceiro: é um sinal de afirmação à Sociedade Portuguesa, de que os ENFERMEIROS PORTUGUESES são dos que mais e melhores qualificações possuem a nível mundial. Sustentam o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e por isso a nossa saúde e protecção, no que depender dos ENFERMEIROS, estará sempre assegurada e salvaguardada, com qualidade, conhecimento científico, responsabilidade e dedicação. Outras questões, de falta recursos materiais e humanos nos hospitais, centros de saúde e nas diferentes unidades dos cuidados primários com certeza que são responsabilidade de outros actores do xadrez político. Nunca dos ENFERMEIROS PORTUGUESES.
Nesta “Marcha
Branca” muitos sinais e mensagens foram dados. Para “consumo interno”, mas
também a comunicação social estrangeira fez eco da grandeza desta manifestação
pacífica dos ENFERMEIROS PORTUGUESES. Assim os responsáveis as saibam decifrar,
ler e interpretar. Com toda a propriedade podemos afirmar que, quando não são
veiculadas as imagens e notícias desta grandiosa e marcante “Marcha Branca” que
se passou nas ruas de Lisboa, neste dia 2019.03.08, promovido e protagonizado
este “manto branco” pelos ENFERMEIROS PORTUGUESES, algo não está bem na
democracia Portuguesa. Contrariamente ao que fez a Comunicação Social
Estrangeira. Então perguntamos: Comunicação social portuguesa manietada?
Manipulada? Comprada? Amordaçada? Que estranho e que tristeza!
Para além do
muito que se poderia escrever sobre esta “Marcha Branca” e dos sinais que daí
advém, há pelo menos dois lemas que nasceram e que vão ficar na história
contemporânea da ENFERMAGEM PORTUGUESA: “NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM” e “JUNTOS
SOMOS MAIS FORTES”.
Um bem-haja a
Todos os ENFERMEIROS PORTUGUESES por me terem possibilitado a vivência de um
dia e uma “Marcha Branca” memorável, como a do dia 8 de Março de 2019, sem
incidentes, sem atropelos à democracia, com a afirmação de valores na maior das
serenidades e lealdade com os poderes instituídos e instalados.
“NINGUÉM SOLTA A
MÃO DE NINGUÉM”
Humberto
Domingues
Enf. Espec.
Saúde Comunitária
2019.03.09. –
13h00
LINK:
Sem comentários:
Enviar um comentário