A Srª. Ministra
da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, apesar de ter formulado um pedido de
desculpas, via telefone, à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enfª. Ana
Rita Cavaco, para mim não é suficiente. Não chega! O pedido de desculpas de Vª.
Exª., têm de ser feito pela mesma via, por onde proferiu as “acusações e os
insultos”, portanto, pela Sua própria voz, via rádio TSF ou televisão. Concretamente,
foi numa entrevista à TSF/DN que chamou a todos os ENFERMEIROS PORTUGUESES
“criminosos” e que negociar com os grevistas é “beneficiar o infractor”! Como?
Se a GREVE CIRÚRGICA é legal, cumpre os preceitos legais, segundo até, o
parecer do Conselho Consultivo da PGR e, estão a ser assegurados os cuidados
mínimos, cirurgias urgentes e cirurgias oncológicas.
O gesto que teve
de ligar à Srª. Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, não chega! E não chega,
porque a agressividade manifestada contra os ENFERMEIROS, já tem episódios
anteriores. Para além disso, quando proferiu tais acusações e insultos não foi
por telefone, foi na referida entrevista à TSF/DN.
A atitude que
teve de se justificar, pedindo desculpas através de um telefonema, é uma
atitude de um ser menor, sem coragem política para o fazer aos microfones da
TSF e por isso, eticamente condenável.
Para além disso, o
problema com o qual lutamos mantem-se latente. E o que os ENFERMEIROS
PORTUGUESES desejam ver atendidas, são as propostas de uma nova carreira digna,
com 3 categorias, incluindo a de Enfermeiro Especialista, apresentadas pelos
Sindicatos que apoiam a GREVE CIRÚRGICA. É isso que está em cima da mesa.
Só nestes termos
estarão sanados os conflitos e a agressão que a Srª. Ministra da Saúde
protagonizou e dirigiu aos ENFERMEIROS PORTUGUESES.
Acrescento que,
mesmo assim, está Vossa Excelência, Sra. Ministra, ferida pela incompetência
política que demonstrou ter e que inclusivamente, foi já acusada pelo seu
camarada de partido e Presidente da Câmara de VN de Gaia, Eduardo Vitor
Rodrigues, em declarações públicas, onde disse que a Sra. Ministra devia ter
dado “uma prova de vida mais acentuada do que deu” e que teve uma atitude de
“desprendimento com arrogância” no conflito com os ENFERMEIROS
Humberto
Domingues
Enfº. Espec.
Saúde Comunitária
2018.12.18 – 16h00
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