DESNORTE DE POLÍTICOS PERANTE
GREVE CIRÚRGICA DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES
As televisões de
Portugal têm servido de passerelle para os políticos deixarem a sua verborreia,
envolvida em muita ignorância e numa tentativa manipuladora, num esforço
inglório de virar a Sociedade contra os ENFERMEIROS, tentando justificar as
suas posições narcisistas, irresponsáveis e desfocadas da realidade, de um
problema muito mais profundo que a GREVE CIRÚRGICA desencadeada pelos
ENFERMEIROS PORTUGUESES, em cinco blocos operatórios de outros tantos centros
hospitalares do País.
Os políticos
andam perdidos, desnorteados, a dizer asneira atrás de asneira, o que é preocupante,
porque demonstram a sua total ignorância sobre o que é a ENFERMAGEM, OS
ENFERMEIROS, O SISTEMA DE SAÚDE (SS) E O SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (SNS), uma
disciplina geral que tem muito de gestão e de economia da saúde, e que eles não
dominam, nem um pouco. O Governo Socialista e da Geringonça colocaram a sua
influência e máquina a trabalhar com inúmeros “actores”, emissários e
estafetas, desde deputados nacionais a eurodeputados, veja-se a Drª. Ana Gomes
completamente perdida e a meter os pés pelas mãos, ao emitir opinião. E o Dr.
Manuel Pizarro, desavergonhado e cínico, persiste na senda de destruição da ENFERMAGEM,
continuando-se a ouvir os maiores dislates pela boca de tal criatura.
Estes políticos parecem
letrados, na rádio, na televisão, em artigos de opinião, com jornalistas e
comentadores a acompanharem neste desfile de ignorância, imprecisão e má-fé,
não possibilitando o contraditório, de ouvir no mesmo momento os ENFERMEIROS,
os Dirigentes Sindicais que apoiam a Greve (ASPE E SINDEPOR) ou os Membros da
Ordem dos Enfermeiros.
A Srª. Ministra
da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido acompanha este desnorte, numa linguagem
incendiária, insultuosa e provocadora, mas que face à dimensão da sua
“agressividade” e insultuosa verborreia, teve de recuar e pedir desculpa aos
ENFERMEIROS PORTUGUESES, porque a reacção foi tanta, de tal forma e de tantos sectores,
que não teve outro remédio. Pediu-se e mantem-se o pedido de demissão desta
governante.
O certo é que,
com este desnorte, esta onda de informação velhaca, comprada e desfocada da
verdade, tentando manipular a opinião pública, tem-se demonstrado que esta
GREVE CIRÚRGICA, está no bom caminho. Está a conseguir os objectivos e colocou o
Ministério da Saúde, o Governo e os políticos afundados num mar de dúvidas,
ignorância e falácias. E aqui não há escolha entre direita ou esquerda, PSD ou
BE, PS ou PCP. Todos amolgados pela realidade da GREVE, que agora só lhes
ocorre questionar a proveniência do fundo conseguido! E esta, hein?
A razão desta
GREVE CIRÚRGICA dos ENFERMEIROS é um, entre os vários problemas que hoje assola
o Serviço Nacional de Saúde (SNS), causado pelos diversos governos e políticos,
da direita à esquerda, nos sucessivos momentos em que estiveram no poder e
governaram o país, desinvestindo neste serviço, criando cativações,
desvalorizando os Recursos Humanos, de entre outras classes profissionais de
altíssima qualidade, competência e formação, os ENFERMEIROS PORTUGUESES.
Esta GREVE
CIRÚRGICA, pela sua forma e magnitude, está a atingir os beneficiários de
chorudos prémios de produção (tipo linha de montagem de fábrica), que não vão
ser alcançados no final do ano, e por isso, criam e motivam raiva, fantasias,
falsas verdades, “fake news”, para perverter o sentido da GREVE.
De salientar que
apesar da GREVE estar a decorrer deste 22 de Novembro às cirurgias programadas,
as cirurgias oncológicas, cirurgias de urgência e serviços mínimos, estão a ser
assegurados, conforme acordado com o tribunal arbitral. Daí as manipulações,
inverdades e um sem número de insultos que têm sido direccionados aos
ENFERMEIROS PORTUGUESES, porque os políticos não estão a conseguir parar esta
força que está em crescendo. O poder político e alguns “lobbies” montaram uma
campanha, que está em andamento, de descrédito, suspeição, intriga, ilegalidade
em desfavor dos ENFERMEIROS PORTUGUESES.
Por fim, façamos
uma reflexão:
·
Todos questionam a GREVE CIRÚRGICA DOS
ENFERMEIROS PORTUGUESES.
·
Questionam o financiamento, o tempo, a forma,
sem fundamento, é claro. Até o insuspeitável PCP, pela voz do “camarada
Jerônimo” questiona e, o seu braço armado para a Enfermagem, o SEP, nem
aparece;
Mas:
·
Ninguém questiona o que levou os ENFERMEIROS
PORTUGUESES a este ponto de rotura;
·
Ninguém questiona a degradação do SNS,
materiais obsoletos e instalações em péssimo estado de conservação;
·
Ninguém questiona os permanentes adiamentos de
cirurgias por material avariado e/ou falta de manutenção, falta de camas, falta
de vagas em cuidados intensivos ou intermédios;
·
Ninguém questiona, neste momento, os tempos de
bloco operatório, não aproveitados, nomeadamente nos turnos da tarde. Porque
será?
·
Ninguém questiona as listas de espera, com anos
de atraso, não só para cirurgias, mas também para primeiras consultas, das
diferentes especialidades;
·
Curioso, nem os doentes, cidadãos e Famílias
questionam a falta de tempo e falta de ENFERMEIROS para os cuidar, os ouvir e
escutar, quer nos internamentos, quer no domicilio;
Não questionar a falta de ENFERMEIROS e a degradação do SNS, de
hospitais e Centros de Saúde, há razão para exigir melhor cuidados de saúde,
mais domicílios e mais reabilitação dos doentes? Julgo, sinceramente, que não!
Os ENFERMEIROS são os únicos profissionais que acompanham todo o
ciclo vital do Homem, e que em caso de doença, estão todos os dias 24 sob 24
horas, 365 dias por ano, junto dos nossos cidadãos doentes. Disso não há a
menor dúvida e pode ser constatado, mesmo em períodos de greve.
JUNTOS SOMOS MAIS
FORTES! Assim o queiramos e saibamos sê-lo.
Humberto
Domingues
Enf. Espec. Saúde
Comunitária
2018.12.17 – 22h00
Sem comentários:
Enviar um comentário