ENFERMEIROS REELEGERAM, INEQUIVOCAMENTE,
ANA RITA CAVACO PARA BASTONÁRIA
A
Enfª. Ana Rita Cavaco foi reeleita para Bastonária da Ordem dos Enfermeiros,
largamente confirmada nas urnas, com 65,97% dos votos, reforçando o resultado
obtido na eleição do anterior mandato. Esta vitória tem uma outra grandeza e
por isso com maior expressividade, porque a abstenção diminuiu bastante, aumentando
a base de apoio com o triplo de votos recebidos.
No
primeiro mandato que agora termina, inovou e afirmou a importância da Ordem dos
Enfermeiros. Liderou e trouxe novamente para a agenda política e para a
actualidade os problemas e dificuldades que afectam a maior Classe Profissional
do sector da Saúde. Tentou a ponte, a pacificação e a união dos Sindicatos em
torno de alguns problemas dos Enfermeiros, mas os Sindicatos, acantonados nas
suas directivas partidárias e discursos esgotados, não estiveram à altura deste
desafio.
A
Enfª. Ana Rita Cavaco, enquanto Bastonária, foi incômoda para o poder político,
encarou os problemas e as injustiças de frente, quer com o Governo, quer com os
Deputados, dirigindo-se sempre na primeira pessoa, às inverdades e
desvirtuações que lhe foram dirigidas, “desmontando” as manipulações e
esclarecendo as leituras enviesadas por outros (propositadamente). Daí a
perseguição e a tentativa de destruição e descrédito da sua pessoa e imagem. Tão
alto e assertivo foi este protagonismo, que fragilizou um Governo e uma
Ministra da Saúde, que para demonstrar o seu autoritarismo e poder, apenas teve
uma forma para tentar silenciar a Bastonária, instaurando uma Sindicância à
Ordem dos Enfermeiros. Mas nem assim o conseguiu!
Pensamos
que o próximo mandato da Srª. Bastonária Enfª. Ana Rita Cavaco e da Ordem dos
Enfermeiros, continuará a ser a linha da inovação, da defesa intransigente e no
empoderamento dos Enfermeiros, na esfera dos poderes, deveres e estatutos da
Ordem, de parceira imprescindível, caso o Governo e o Ministério da Saúde assim
queiram. E penso que é um erro político, não o querer.
Haverá
com certeza, muito trabalho a realizar no próximo mandato, no âmbito dos
poderes e competências da Ordem dos Enfermeiros, mas também em diálogo e
proximidade com todos os outros “actores” no âmbito da Saúde e da Sociedade
Civil.
Com
certeza que a Ordem quererá demonstrar e reforçar ainda mais a importância e
intervenção dos Enfermeiros no SNS. A importância da Enfermagem no cuidar em
saúde, nas suas diversas dimensões, no SNS, na área Social, no Privado/Particular,
IPSS’s. A afirmação da Enfermagem e a sua imprescindibilidade no cuidar em
saúde e na colocação do seu saber, das novas especialidades e das novas
competências acrescidas, ao serviço dos Portugueses, para que daí possam
receber melhores cuidados de saúde. A aceitação e o cumprimento das dotações
seguras dos/nos Serviços, sejam eles nos Hospitais e Cuidados Primários do SNS,
ou nas IPSS’s, Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados ou nos
Hospitais privados, é imprescindível para que daí decorram cuidados com
qualidade e segurança que todos desejamos, para doentes e profissionais.
Há
questões de fundo, ainda pendentes, do mandato anterior no Ministério da Saúde
e que merecem continuidade de negociação real, efectiva, a chegada a consenso e
que urge resolver. Muitos destes assuntos são da esfera sindical, mas outros
têm a ver com a regulação, dignificação, valorização e reconhecimento dos
Enfermeiros e esta área, é claramente da intervenção da Ordem.
Esperamos
sinceramente que esta eleição, bem sustentada nas urnas, que expressa muitíssimo
a vontade dos Enfermeiros, desenvolva a capacidade de reconhecimento e de
diálogo de outros, para um encontro de interesses que se traduza numa realidade
efectiva para benefício do SNS, dos Cidadãos, do Poder Político e dos
Enfermeiros, também.
A verdade dos
números confirmou que não pode haver nenhuma causa maior se não se estiver
orgulhosamente com os Enfermeiros.
Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
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