EXERCÍCIO DE DIREITOS DE LIBERDADE
No exercício de direitos, da
consciente liberdade, que esta me atribui, mas também das responsabilidades que
com ela confina o meu caminho em Sociedade, não posso ficar quieto e calado,
quando como cidadão, e como, no exercício da minha profissão – ENFERMEIRO – e pertencente a uma Classe Profissional - ENFERMAGEM - vejo e sinto atropelos aos direitos conquistados por outros, que lhes custou
muito sangue, suor e lágrimas, que hoje pode facilmente ser delapidado por
caprichos, interesses, comportamentos e posturas eticamente questionáveis.
Por isso, no
exercício pleno desta liberdade, de cumprimento das minhas obrigações, mas de
exigência do mesmo princípio, para com os outros, publico esta carta aberta,
dirigida à Entidade Reguladora da Comunicação Social.
As razões estão
expressas no documento. O Julgamento das mesmas, fica também ao Vosso dispor.
Humberto
Domingues
2019.02.04 – 21h00
"CARTA
ABERTA AO SR. PRESENTE DA ENTIDADE REGULADORA
PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL – ERC
Exmº. Senhor
Presidente da
Entidade Reguladora para
A Comunicação
Social – ERC
Dr. Sebastião
José Coutinho Póvoas
Venho por este
meio e junto de Vª. Exª. manifestar o meu desconforto e desagrado, face à forma
como vem sendo tratado o assunto da “Greve Cirúrgica” dos Enfermeiros nos
Blocos Operatórios dos Centros Hospitalares aderentes à mesma.
Consubstancio
este desconforto e descontentamento, baseado nos meus pressupostos, que
exponho:
·
A
abordagem à “Greve Cirúrgica” nos espaços noticiosos, não tem o mesmo
alinhamento, quando é ouvido/entrevistado o membro do Governo e posteriormente
os membros dos Sindicatos, ou Enfermeiros em greve ou em manifestação;
·
O
contraditório não é feito;
·
Parece-me
ser dado mais “tempo de antena” a outros Bastonários e directores de serviços,
em detrimento dos Enfermeiros, Sindicatos de Enfermagem e Bastonária da Ordem
dos Enfermeiros;
·
Quando
é entrevistado um membro dos Sindicatos de Enfermagem ou outros Enfermeiros, há
um tom altivo e condicionante, com permanentes interrupções sem deixar terminar
um raciocínio, por parte do Jornalista, quer na rádio e, principalmente, com
maior visibilidade na Televisão, indiferentemente dos canais de televisão –
RTP; SIC ou TVI;
·
Dou
como exemplo a entrevista na RTP 3, no dia 2019.02.01, a partir das 18h42,
quando a Presidente do Sindicato ASPE, estava a ser entrevistada. Mas há vários
exemplos, que acontecem nos espaços noticiosos, nos vários canais;
·
Para
além desta tentativa de condicionamento do entrevistado, por parte do Senhor
Jornalista, há claramente uma impreparação sobre o tema, sobre as reais razões
que levam à “Greve Cirúrgica” e as condições em que os ENFERMEIROS PORTUGUESES exercem
a sua actividade profissional, carreira e os motivos que os levaram a esta
forma de luta;
·
Esclarecer
que não é aos Enfermeiros que compete a programação de tempos cirúrgicos e
definição da prioridade das cirurgias;
·
Não
há, claramente, isenção no tratamento noticioso desta Greve Cirúrgica, levada a
efeito pelos Enfermeiros;
Assim, Sr.
Presidente da ERC, Dr. Sebastião Póvoas, como cidadão e como Enfermeiro, no
direito que me assiste de ser isentamente informado e tal não estar a
acontecer, e por isso assistir ao condicionamento do tratamento noticioso, pela
forma que carrega alguma ignorância e a forma tendenciosa como são tratadas as
notícias em torno da Enfermagem, em geral, e da “Greve Cirúrgica” em
particular, apelo a Vª. Exª., para que seja corrigida esta forma de fazer
notícias, de tratar a informação e não deturpar princípios éticos e
deontológicos, que os Enfermeiros e os Sindicatos têm sido escrupulosos no seu
cumprimento.
Para além disso,
a má e tendenciosa veiculação das notícias, estão a influenciar negativamente a
população e a Sociedade, criando alarmismos, que não devem nem podem ser,
carreados para os Enfermeiros, mas sim, para o Ministério da Saúde e para o
Governo.
Grato pela
atenção
O Cidadão e
Enfermeiro
Humberto José
Pereira Domingues
2019.02.02"
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