quarta-feira, 23 de outubro de 2024

PREVENÇÃO É COM VACINAÇÃO!

PREVENÇÃO É COM VACINAÇÃO!


A vacinação, na nossa perspectiva, é a forma mais barata, mais simples, mais potente e com melhores resultados, no combate às doenças/infecções “clássicas”, antigas e dos nossos tempos modernos, que afectam/podem afectar o Ser Humano.




Iniciou-se já o período de vacinação sazonal contra a Gripe e associado a este período, a vacinação e reforço contra a Covid-19.

O grande referencial de vacinação em Portugal é o Plano Nacional de Vacinação (PNV) implementado em 1965 e chegou até aos dias de hoje, com as alterações e correções normais de um mecanismo que precisa de actualizações com base na investigação científica, no tipo de bactérias e vírus que circulam e infectam o Ser Humano e na própria mutação destes micro-organismos. Paralelamente à mutação vírica, a investigação e as novas moléculas que potenciam o efeito preventivo das vacinas tentam prevenir ou amenizar os efeitos nefastos destas infecções. Assenta este Plano em 5 princípios básicos, mas de uma consistência bem estruturada, até aos dias de hoje: “Universalidade, destinando-se a todas as pessoas que em Portugal tenham indicação para vacinação; Gratuitidade, para o utilizador; Acessibilidade; Equidade; Aproveitamento de todas as oportunidades de vacinação.”


Portugal é um dos países do mundo, onde as taxas de cobertura por vacinação são mais elevadas, em consequência da dedicação, experiência e trabalho desenvolvido pelos Enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e dos Médicos de Saúde Pública. Lembrar aqui as brigadas de vacinação, em que os Enfermeiros percorriam as escolas a vacinar os alunos, iam aos domicílios vacinar os adultos e até administrar medicação/tuberclostáticos no combate à tuberculose pulmonar. Hoje, nos Centros de Saúde, a vacinação acontece integrada nas consultas de Enfermagem de Saúde Familiar e na Saúde Pública, nas consultas do viajante. Todo um vasto e complexo trabalho, desde a logística de armazenar e transportar as vacinas (sejam elas mortas ou vivas) numa rede de frio adequada às características de cada vacina, os excipientes próprios, que se desenvolve muito eficiente e eficazmente, onde a disciplina major deste sucesso, inquestionavelmente, é a Enfermagem de Saúde Comunitária, servindo nos locais próprios e adequados a tal magnitude de serviço público. Associam-se a este trabalho os Enfermeiros das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), que administram na Comunidade, nos domicílios e em “Estrutura Residencial para Pessoas Idosas” (ERPI), um grande número de doses, evitando assim deslocações desnecessárias dos Utentes, às Unidades de Saúde.


Neste novo mundo global, com longínquas distâncias entre localidades, ainda que geograficamente recônditas, tudo se torna próximo, perante uma mobilidade tão rápida e acentuada, onde vírus e bactérias podem ser transportados no hospedeiro e que pode trazer efeitos e consequências epidemiológicas gravosas para as diferentes Sociedades/Comunidades que não estejam imunizadas. Perante tão evidente realidade, é inequívoca a importância da vacinação, no combate a estes contágios e infecções, por muito que haja a “nova filosofia anti-vacinas”.


Sabemos que os CSP, a Enfermagem Comunitária e a Saúde Pública, são eficientíssimos mas missões e campanhas de vacinação que levam a cabo. Se outros exemplos não forem tão visíveis e mediáticos, vejam o quão foi eficiente, de dimensões nunca vista, a vacinação contra COVID-19. Porque acreditamos na capacidade e competência dos Enfermeiros Portugueses e na mais-valia dos CSP, tivemos a oportunidade de dizer pessoalmente à Srª. Ministra da Saúde, que não concordávamos com a vacinação nas Farmácias.

Voltando aos princípios básicos em que assenta o PNV. Há um princípio inequívoco e, provavelmente, o grande pilar do sucesso das altas taxas de cobertura vacinal, que é o aproveitamento de todas as oportunidades para vacinar. Não temos dúvidas, o sucesso está aqui! Sempre que o Cidadão utente se dirige ao Centro de Saúde ou Unidade Funcional e tem consulta de Enfermagem, ou faz algum tipo de contacto com o Enfermeiro de Família, este consulta o seu processo clínico, avalia o “seu estado vacinal registado” e em caso de alguma falta de vacina, propõe ao utente vaciná-lo, naquele momento, mesmo que este contacto aconteça até, no seu domicílio. Este procedimento responsável, esta proximidade e esta atitude profissional, possibilita uns cuidados de saúde de prevenção e de economia de meios e recursos, extraordinário. Por outro lado, o utente está em segurança, porque a vacina é-lhe administrada por um Profissional altamente qualificado, e em caso de acontecer alguma intercorrência, o Enfermeiro sabe como actuar. Por outro lado, proporciona ao Utente, comodidade, ao evitar a vinda desnecessária à Unidade de Saúde, só para vacinação, com a economia de tempo que isso possibilita.

Não duvidamos, acreditamos e reafirmamos nesta mais-valia deste serviço público, prestado pelos Enfermeiros dos CSP, no bem-estar, prevenir e cuidar das suas Populações e Comunidades, através dos Centros de Saúde e Unidades Funcionais, num verdadeiro serviço de proximidade e orientado pelas “guide lines” da Saúde Pública e não pressionados ou desvirtuados, por lóbis, interesses económicos mais claros ou obscuros e de riquezas/fortunas que não servem os verdadeiros interesses do Cidadão Utente, Grupos e Comunidades.

Vacine-se em segurança e atempadamente. Vacine-se com um Enfermeiro.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.10.23

terça-feira, 22 de outubro de 2024

INTERVENÇÃO 42º. CONGRESSO DO PSD - BRAGA - 19 E 20.10.2024

INTERVENÇÃO 42º. CONGRESSO DO PSD

BRAGA - 19 E 20.10.2024

Na qualidade de Congressista, e afirmando-me, sempre, como Enfermeiro, fiz a seguinte intervenção nesta reunião magna do PSD, partido do qual sou militante.


"Exmº. Senhor Presidente do Congresso
Exmº. Senhor Presidente do PSD e Primeiro Ministro de Portugal
Senhores Congressistas e Senhores Observadores

Sou Humberto Domingues, Enfermeiro de Profissão de Viana do Castelo.
A razão de me dirigir a Todos Vós é para reconhecer:
  • O esforço
  • A dedicação política
  • A existência de diálogo político
  • A disponibilidade de agenda
concretizando-se numa diferença política:
  • De respeito;
  • De ouvir e de escutar;
  • De decidir;
De resolver problemas da Classe de Enfermagem e o acordo com os 5 Sindicatos. Uma realidade.
  • Das cirurgias oncológicas e consultas da Especialidade já realizadas;
  • Das indicações e normas para mais cedo se iniciar o rastreio do cancro da Mama. Flagelo que nos atormenta, particularmente nas Mulheres e que se está a registar em faixas etárias cada vez mais baixas;
Uma dedicação de registar e louvar da Srª. Ministra da Saúde, Profª. Ana Paula Martins.


Muito do que não foi feito em 8 anos, e Vocês srs. Congressistas e Observadores sabem que é uma realidade, em parcos 6 meses, são já uma realidade na resposta e valorização do SNS - Um pilar, um baluarte da nossa democracia.


Mas há ainda muito para fazer e melhorar, Srª. Ministra da Saúde, Sr. Pimeiro-Ministro, e sei que estão imbuídos desta preocupação, nomeadamente:
  • Na valorização, reconhecimento e investimento nos CSP, que é a porta de entrada no SNS;
  • Na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados - Curta, média e longa duração;
  • Resolução de Problemas decorrentes da dimensão das recentes ULS, e pensar numa perspectiva menos hospitalocentrica, mais direccionada para os CSP;
  • Na valorização das Especialidades de Enfermagem, nomeadamente, na Saúde Materna e Obstetrícia. E aqui, sim, uma mudança de paradigma;
  • Consagrar às UCC, Unidades Funcionais dos CSP, um Decreto-Lei em vez da Portaria vigente há longos e longos anos, cria uma descriminação gritante e negativa.
O futuro será risonho, mas trabalhoso, Sr. Primeiro-Ministro.
  • Os Enfermeiros agradecem a valorização de carreiras e vínculos;
  • O empenho a dedicação e a visão política para o nosso reconhecimento;
E agradeço, se me permite, no fundo este atrevimento, a elevação e o sentido de estado da Srª. Ministra da Saúde e do Sr. Primeiro-Ministro, em tratar dos assuntos da Saúde.

Viva a Social Democracia.
Viva Portugal.
Viva Todos nós, que damos azo, corpo e vida ao PSD e às preocupações da nossa Sociedade.
Muito Obrigado!"

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.10.22

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Dia Mundial da Saude Mental -10 de Outubro

DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL

10 de Outubro


Não facilitemos nesta área importantíssima da nossa Saúde, Equilíbrio e Vida.


Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.10.10

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

AS INCONGRUÊNCIAS DA OPOSIÇÃO

AS INCONGRUÊNCIAS DA OPOSIÇÃO


Temos assistido a um discurso a toda a força, incongruente, das oposições de esquerda, dirigido ao actual Governo, em funções desde Abril/2024 – negociação, discussão e votação do Orçamento de Estado.


Problemas há-os, com certeza! Mas muitos dos problemas e dificuldades que o Governo e a Sociedade Portuguesa estão a sentir e a viver, são uma consequência de anos e anos a fio, da governação do PS e Esquerdas em geringonça em quase 9 anos, desde 2015 a 2024.

Todos se lembram das cativações, da falta de investimento, da falta de estímulo e remunerações adequadas na Administração Pública. Foi um desbaratar de dinheiro público, decorrente de uma carga brutal de impostos, sem respostas efectivas e mudanças estruturais do País, que eram urgentes e necessárias.

Na Educação são as dificuldades sistémicas de início de anos lectivos e mobilidade de Professores, com alunos sem aulas. É um problema de hoje? NÃO! Felizmente tem o Governo um Ministro da Educação à altura da resolução dos reais problemas do sector.

Na Justiça são as lacunas decorrentes da falta de Oficiais de Justiça que dificultam todo um processamento de documentos, processos e julgamentos, onde Juízes e Procuradores estão afundados em mega-processos. O problema das penitenciárias e prisões tornou-se agora mais visível, com as 5 fugas em Vale de Judeus, que levanta questões preocupantes sobre os reais problemas, desinvestimentos e lotação das penitenciárias. É um problema de hoje? NÃO!

Na Saúde são as dificuldades do encerramento de urgências, porque são mais mediáticas. Mas as dificuldades e problemas são estruturais! E não conjunturais, como querem fazer parecer. Há aqui associada a questão de gestão, que por cascata ou bola de neve, agrava as dificuldades e falta de resposta às necessidades do Cidadão. Poderíamos, sem conta, desfiar aqui as “reais imagens” de um filme interminável. Num esforço titânico, vemos a Ministra da Saúde a dar resposta a inúmeros problemas e a mobilizar recursos para a resolução de tantos outros.

A muitos interessa e constroem um discurso miserabilista, para que o actual Governo, em funções desde Abril de 2024, seja o culpado de anos e anos a fio de falta de investimento e de não se preocupar na resolução de carências existentes. Interessou aos Governos das Esquerdas e das Geringonças renacionalizar a TAP, tornando-a num poço sem fundo, onde os contribuintes colocaram 3,2 mil milhões de euros, sem retorno. Na operação EFACEC com Isabel dos Santos e Acionistas, onde a operação já vai em 500 milhões de euros de prejuízos, com possibilidade de chegar aos 600 milhões. A CP que não larga as linhas e os carris vermelhos, em prejuízos avultados, são outro exemplo.

Perante um cenário, que o actual Governo encontrou e em que Portugal ficou, com muitos dos serviços da Administração Pública em escombros, tenta num curto espaço de tempo atalhar e resolver graves problemas e lacunas. Mas em muitos dos casos, não vai ser possível dar resposta. Os recursos são escassos, as verbas e o orçamento é curto e estes problemas de recursos humanos, de carreiras e de remunerações tem décadas de desvalorização e deficit e não se resolvem em meses.

Mas as oposições de esquerda e alguma direita descontextualizada, continua triunfante nos seus discursos onde tudo parece mau e, ocos na substância, sem assumir culpas e responsabilidades, não contribuindo com propostas válidas, credíveis e construtivas e com isso, diminuindo o ruído, que mais não é do que “soundbite” populista e eleitoralista. Ouvimos também, agora, discursos acalorados, de consumo interno, na tentativa de afirmar lideranças, as mais diversas afirmações sobre o Orçamento de Estado. As exigências são algumas com a pressão do “cedes ou voto contra o OE”! Mas a quem interessa eleições antecipadas, agora? A nossa Sociedade, penalizada com uma carga fiscal brutal e maus serviços públicos “perdoaria” e toleraria aos Partidos e Presidente da República, outra dissolução da Assembleia da República e eleições? Será que a oposição quer governar sem ganhar eleições? Por onde andava Pedro Nuno Santos, o PS e as Esquerdas durante quase 9 anos de governação, nos problemas da Saúde, da Habitação, da Segurança Social, da Justiça e Educação? Estarão a pensar, mesmo, em Portugal e nos Portugueses?

Enfim… É a espuma dos dias, para quem tenta sobreviver e manter-se à tona de números e sondagens duvidosas.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.10.07

POBREZA ENVERGONHADA

POBREZA ENVERGONHADA Não é fácil escrever, nem fazer uma reflexão sobre este tema, sem que coloquemos a questão: E se fosse eu? E se fosse...