domingo, 24 de março de 2024

ASSEMBLEIA GERAL DA ORDEM DOS ENFERMEIROS - SANTARÉM 2024.03.23

ASSEMBLEIA GERAL DA ORDEM DOS ENFERMEIROS
SANTARÉM – 2024.03.23


Realizou-se em Santarém uma concorrida Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros, com a agenda habitual, de apresentação do relatório e Contas do ano 2023 e Plano de Actividades e Orçamento para o exigente ano de 2024.

No início dos trabalhos o Sr. Bastonário Enf. Luís Filipe Barreira, fez uma estruturada e excelente comunicação à Assembleia, tendo apresentado e proposto um voto de louvor à anterior Bastonária Enfª. Ana Rita Cavaco, que foi aprovado por larga maioria e aclamação, registando-se contudo o voto contra do anterior Bastonário, Enf. Germano Couto, estranhamente presente nesta Assembleia.

Os documentos foram apresentados pelos membros do Conselho Directivo e respectivamente pelo Tesoureiro no mandato anterior, nos documentos de 2023.

O Plano de Actividades foi excelentemente apresentado pelo Vice-Presidente do Conselho Directivo, Enf. João Paulo Carvalho, envolvido numa solenidade, rigor e sabedoria, como se de uma aula magistral de tratasse, tocando, para além das matérias próprias de um plano, outros vectores de força foram incorporados, num Humanismo de partilha, justificando este “Plano de Actividades”como o “Esperança, Continuidade, Proximidade e Ambição, etc.” com Tolerância e num Acreditar, permanente. Um momento que não deixou ninguém indiferente, mas que com certeza, deixou incómodo o anterior Bastonário Presente na Sala.

Eis que, e quando previsto no regulamento, é aberto o momento e permitido aos presentes para intervirem, relativamente ao apresentado, pede a palavra o anterior Bastonário, Enf. Germano Couto, palavra essa que lhe é concedida.

Quando todos esperávamos que fosse fazer uma intervenção de fundo, como o estatuto que ostenta, na minha opinião, assim o obriga – Ex-Bastonário da Ordem dos Enfermeiros – vem com uma causa menor, questionando se estava previsto no orçamento a actividade e a verba necessária, face à recente alteração dos Estatutos, imposta pelo Governo cessante, alteração esta que poderá implicar eleições intercalares para alguns dos órgãos a criar e que ele não tinha visto. A resposta foi dada pelo actual Bastonário, com uma elevação e educação intocável.

Como lamento esta postura e o assunto levantado, de pequena ou nenhuma relevância, uma vez que tal situação, eventualmente, pode até nem se colocar, porque as alterações dos Estatutos podem só ser eventualmente aplicadas no próximo mandato, ou até, se a próxima Assembleia da República assim o entender, suspender, com nova revisitação legislativa, ao actual diploma. Para além disso, sendo uma “proposta de orçamento e plano de actividades”, estes podem sofrer alterações e as mesmas serem posteriormente introduzidas.

Aqui cabe-me dizer algo:

1- Penso ser uma situação nunca vista, em comparação com outras Ordens Profissionais, os anteriores Bastonários, virem colocar questões menores, numa Assembleia Geral;

2- Não cumprimentar protocolarmente o actual Bastonário;

3- Depois, ainda que tenha esse direito, não me parece que o Estatuto que carrega de ter sido Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, lhe permita e lhe fique bem, ter esta atitude de uma rubrica menor, num orçamento de mais de 9 milhões de euros.

4- Apareceu e esteve nesta Assembleia Geral, sózinho e saiu isolado. Por onde andarão os seus “Compagnons de Route ”?

5- Na minha opinião, apesar de ter sido o pior Bastonário que a Ordem dos Enfermeiros teve até ao presente, claramente, e sem querer de alguma forma insultar a Pessoa em causa, com esta atitude, perde efectivamente o Estatuto respeitoso de Ex-Bastonário, para o tornar num ser menor da Enfermagem. E a Enfermagem não precisa nem de seres nem de causas menores!

A Enfermagem de hoje, mais do que nunca, precisa é de causas maiores. Dignos pensadores e defensores de uma Enfermagem moderna, de respeito e que a respeitem, quer os parceiros quer a Sociedade. Que se imponha pelos bons motivos, pelas grandes causas, pelo humanismo e serviço nobre que presta ao próximo e ao doente, sem miserabilismos, ultrapassados no tempo e sem subserviência.

A Enfermagem de hoje, afirma-se pelo “para trás nunca mais” e, seguramente, não precisa de seres menores que ofusquem o trajecto, custoso mas honroso que hoje se faz, sem esquecer o que no passado outros também fizeram, e bem, pela ENFERMAGEM.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.03.24

terça-feira, 19 de março de 2024

NOVO GOVERNO! QUE MUDANÇAS PARA O PAÍS?

NOVO GOVERNO! QUE MUDANÇAS PARA O PAÍS?



Dia 10 de Março o Povo voltou às urnas e felizmente, fê-lo de uma forma pacífica e diminuindo a abstenção, o que a todos deve agradar, nesta expressão de liberdade e usufruto de um direito que a muitos custou conquistar e já lá vão quase 50 anos. A Aliança Democrática ganhou as Eleições e a direita consolidou o poder no Parlamento Português. Constituiu-se uma Assembleia da República (AR) multicolor, mais equilibrada, cujo funcionamento, em termos deliberativos, são uma incógnita a esta distância. Precisamos e estamos convictos que terá um Presidente - Dr. José Pedro Aguiar Branco - digno de ser a segunda figura do Estado Português, com grande dimensão de estadista, com elevadíssima postura moral e cívica, nada quezilento, conciliador e de diálogo, que proporcionará ordem, respeito, honorabilidade do cargo, e a “oportunidade de voz”, em igualdade de circunstância a todos os Deputados e Grupos Parlamentares, com a dignificação da representação do Parlamento, como “Casa da Democracia”.


Portugal vai ter um novo Governo, de uma aritmética que para já desconhecemos, tendo como uma certeza adquirida, que terá novas políticas e de certa maneira, novos políticos e novos decisores. Se nos é permitido pedir, nomeação de Ministros e Secretários de Estado capazes, competentes, longe dos grandes interesses particulares, privados e de corporativismos. Queremos Governantes sérios e com total entrega à causa pública. Longe de interesses, como vimos no passado, de “galambadas” e “pancadaria”.


Efectivamente, depois de uma governação socialista de 8 anos, o país está desorganizado, “desformalizado” e completamente desajustado às necessidades de crescimento económico, ao desenvolvimento e apoio ao investimento, ao empreendedorismo, à iniciativa privada, à autoridade, à responsabilização dos actores políticos e à dignidade da Escola, da Saúde, da Justiça e da Segurança Social. Oito anos de “casos e casinhos”, de vergonhas, de suspeitas de corrupção e tráfico de influencias, de perseguições a classes profissionais, de nivelamento por baixo nos rendimentos e remunerações das Famílias, com uma exagerada e insuportável carga de impostos, cheia de “taxas e taxinhas”. Eis as políticas das esquerdas e afins.

Foi neste estado que o PS deixou o País. Às esquerdas agora na oposição, espera-se delas o respeito pela voz do POVO, expressa em votos no dia 10 de Março e que se coloquem no verdadeiro lugar que a votação lhes atribuiu. A isso chama-se honestidade e coerência. Não podemos contudo esquecer já um episódio: O PS foi ao diálogo proposto pelo BE. Constatamos que o grande partido da oposição que disputa o poder, colocou-se ao nível do pequeno partido radical da esquerda, o tal de 5 deputados. É ilucidativo!

Para futuro: Na Saúde, o novo Governo e decisores políticos, vão ter um hercúleo trabalho, por um lado no cumprimento das promessas feitas, por outro lado, na percepção real das carências e desorganização que se vivem no terreno, no âmbito do SNS. Das más opções políticas tomadas, com “estados de alma” e preconceitos ideológicos e, provavelmente, de interesses corporativistas, de “clientelas” e de desresponsabilização. Estas realidades e disfunções são inúmeras: Subfinanciamento das Unidades e Hospitais, carência de recursos humanos, nomeadamente Enfermeiros e Médicos. Nas novas modalidades e de organização de serviços, com as ULS, de dimensões exorbitantes, que é impossível governar e gerir, por forma a colmatar as reais carências e dar resposta às necessidades dos utentes. A necessidade de revisitar diplomas legais que criam assimetrias abissais de incentivos à classe Médica, em detrimento do trabalho e dedicação dos Enfermeiros e outras Classes. A urgência em reunir consenso responsável e realista com Sindicatos e redesenhar as carreiras de Enfermagem e Médicas, entre outras, por forma a criar a fixação destes profissionais no SNS.

Na Educação, não menos problemática, ao ponto de rotura a que se chegou, com Professores e Educadores desmotivados, em revolta face à contagem de tempo de serviço que lhes é recusado. Ao Subfinanciamento das Escolas, Institutos e Universidades.

Na justiça, a falta de recursos humanos, que fazem atrasar processos e num subfinanciamento associado, implicando demoras intermináveis, ao ponto de que quando é lida a sentença, poder ser legalmente correcta, mas com certeza injusta, face à reparação de danos ou absolvição, que não aconteceu em tempo útil em relação a cada processo. E portanto “não é uma justiça, justa.”

Na Segurança Social, a correcção de assimetrias e desigualdades das reformas que os idosos têm depois de uma vida de trabalho e descontos em contraponto com a atribuição do “Rendimento Social de Inserção (RSI)” a quem pode e deve trabalhar ou dar algo em troca à Sociedade e não o quer fazer! O repensar das “reservas” da Segurança Social, para que vindouros não fiquem sem reforma.

A autoridade e segurança do Estado e dos Cidadãos não pode estar em causa, mas a insatisfação que reina nas forças de segurança é enorme. As últimas manifestações de Polícias e GNR são disso evidentes. E se associarmos numa outra vertente, também, as ameaças das Forças Armadas, a situação é muito preocupante!

O novo Governo terá que fazer grandes opções, perante todo um “mapa” de desorganização e disrupções instaladas no País, nos diferentes sectores: Produtivos/agricultura, defesa, saúde, educação, justiça, economia… cumprir as promessas eleitorais do curto, médio e longo prazo, aumentar a confiança dos portugueses e acima de tudo, estabilidade politica e económico-financeira de Portugal. Não é pouco, mas é essencial! A palavra do Sr. Presidente da República, ainda que muito desgastada, vai ajudar muito na estabilidade que se pretende e deseja.

Quem quiser ir pelo caminho da politiquice, criar ruído e instabilidade, agitação social, terá que assumir esse papel e responsabilidade. Sujeitar-se-á à “sentença” do POVO.

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.03.19

sexta-feira, 15 de março de 2024

A GREVE DOS JORNALISTAS

A GREVE DOS JORNALISTAS


Estes dias em Portugal, a Comunicação Social, vive e luta pelos seus direitos.

Um dos pilares da democracia, é a Comunicação Social livre e independente!

Têm todo o direito de lutar pelas suas causas, que com certeza serão justas. Viver com 700 ou 800 euros por mês é, com certeza, muito difícil. Outras Classes Profissionais têm e vivem também, com esse mesmo problema!

Sou solidário com os Jornalista e Comunicação Social.

Mas, quando outras Classes profissionais lutaram e lutam pelas suas causas, por exemplo os Enfermeiros Portugueses, a Comunicação Social foi isenta na cobertura, divulgação e trabalho jornalístico destas causas?

Ninguém ficará, por certo, bem, com o mal do vizinho…

H. D. 2024.03.15

sábado, 2 de março de 2024

MOÇÃO E VOTO LOUVOR - ASSEMBLEIA REGIONAL NORTE ORDEM ENFERMEIROS

MOÇÃO E VOTO LOUVOR

ASSEMBLEIA REGIONAL NORTE ORDEM ENFERMEIROS

PORTO 2024.02.29


Realizou-se no passado dia 29 de Fevereiro a Assembleia Regional da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, no Auditório do Hospital da Prelada, no Porto.

Nesta Assembleia, e antes da Ordem do Dia, apresentei um voto de louvor ao Enf. João Paulo Carvalho e uma moção contra a vacinação da Gripe e Covid 19, nas Farmácias Comunitárias.

Ambos os documentos foram aprovados por unanimidade e aclamação, num universo de 119 votos.

Transcrevo se seguida os documentos supracitados:

"VOTO DE LOUVOR


Link:
https://www.ordemenfermeiros.pt/norte/noticias/conteudos/assembleia-regional-norte-aprova-louvor-a-jo%C3%A3o-paulo-carvalho/

A dimensão daquilo que somos, traduz-se muito, naquilo que acreditamos, por aquilo que fazemos para os outros e pelos outros, neste caso pela Enfermagem e pelos Enfermeiros. E que daqui fica o exemplo para os vindouros e para a Sociedade.

Fiz este preambulo, para apresentar a proposta de um voto de louvor e o deixar à consideração da Mesa, de o aceitar e, coloca-lo à votação.

Falo-vos do Enf. João Paulo Carvalho, enquanto Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.

· Pelo trabalho desenvolvido, pela agregação de Pessoas em torno da Enfermagem e Seus Profissionais;

· Pelo esforço de estar sempre presente, quando era convidado ou quando a causa implicava a Sua presença, apoio ou defesa dos Colegas, sempre pela Enfermagem;

· Por ter um pensamento próprio, de muita sabedoria e conhecimento, de firmeza, mas agregador;

· Conciliador de conflitos, olhando sempre para o benefício do todo e não a pequenez da parte;

· Pelo legado, enorme, que deixou, enquanto Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros;

· Pelo exemplo de honra, lealdade, frontalidade, dedicação à Enfermagem, amizade e companheirismo, que são dele, estes valores e boas características humanas, e que lhe reconheço;

Por tudo isto, permita-me Sr. Presidente da Mesa que proponha o presente Voto de Louvor, a ser votado na presente Assembleia e em caso de aceitação e aprovação, que o mesmo seja dado a conhecer a Todos os Enfermeiros e à Comunicação Social.

Porto, 29 de Fevereiro de 2024

O Proponente
Enf. Humberto Domingues"


Link:

"MOÇÃO

Devido à formação científica e qualificação elevadíssima e pela dedicação, profissionalismo e preocupação incessante dos seus Profissionais, particular e essencialmente dos Enfermeiros, são o garante que, o SNS, preste a assistência aos Cidadãos que dele dependem e recorrem, em grande maioria os mais desfavorecidos, porque não têm outros meios que lhes possam facultar os cuidados de saúde que tanto necessitam e que aqui encontram.

Portugal sempre foi um exemplo para a Europa e para o Mundo, com altas taxas de vacinação das populações e o que esta mais-valia implica e representa, no âmbito da Saúde Pública e da protecção das Comunidades, produzido todo este hercúleo trabalho, por Enfermeiros, que são os que mais sabem de vacinação;

Esta minha moção, que deixo à disposição de quem a quiser subscrever, foi por mim apresentada na Assembleia do Colégio de Enfermagem Comunitária, tendo sido aprovada por unanimidade e tendo sido difundida pelo newsletter da Ordem dos Enfermeiros e vai no sentido de:
· Face ao número de óbitos registados entre Dezembro/23 e Janeiro de 2024;

· Face à baixa taxa de cobertura de vacinação contra a Gripe Sazonal e Covid-19, em comparação com indicadores verificados em anos transatos, em épocas homólogas;

· Face à passagem também da vacinação contra a Gripe Sazonal e Covid-19, para as Farmácias Comunitárias em detrimento dos CSP e de todas as suas Unidades Funcionais;

· Repudiar veementemente, todo o mediatismo perante a insensatez e o infeliz momento de vacinação, da Srª. Directora-Geral da Saúde, Dr. Rita Sá Machado numa Farmácia Comunitária, em detrimento dos Serviços Públicos, particularmente, dos CSP.

· Perguntas a colocar:
  • Quem vacinou a Srª. Directora-Geral da Saúde?
  • Foi um Farmacêutico?
  • Um Técnico de Diagnóstico e Terapêutica do ramo Farmacêutico?
  • Ou foi um Enfermeiro?
  • Se não foi um Enfermeiro, terá noção a Srª. Directora-Geral do que é usurpação de funções, juridicamente falando?
Estando numa, Assembleia da Ordem dos Enfermeiros, entendo ser este o local próprio como Enfermeiro, de manifestar este repúdio, tristeza e descontentamento pela desastrosa gestão política, nesta campanha de vacinação atrás referida, em detrimento, como se tem verificado, dos Serviços Públicos e neste particular, dos Cuidados de Saúde Primários.

Porto, 29 de Fevereiro de 2024

O Proponente
Enf. Humberto Domingues
Membro da OE nº. 10167"

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2024.03.02

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